Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) afirma que problemas ocorridos em 2023 não devem ocorrer neste ano. Produção da corda do Círio 2024 permanece no Pará.
Divulgação
A corda do Círio de Nazaré será produzida integralmente pela segunda vez no Pará. Material é diferente do sisal, que era usado nos anos anteriores. A Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) afirmou que problemas ocorridos em 2023 não devem ocorrer neste ano.
A corda foi doada novamente pela empresa Castanhal Companhia Têxtil (CTC) e será usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões: Círio e Trasladação. Feita de malva e juta, a corda ganhou um novo protótipo e foi testada e aprovada pela DFN.
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O diretor de procissões, Antônio Sousa, disse que é natural que a corda, feita de um material diferente do sisal, seja aprimorada a cada ano até ficar ideal para as procissões.
“Temos uma corda com atracações das argolas mais resistentes que a do ano passado. São essas argolas que são presas nas estações e onde se concentra a maior força. Tivemos o cuidado de tomar todas as providências para que os incidentes ocorridos ano passado não se repitam”, afirmou.
A corda utilizada nas procissões tem 800 metros de comprimento dividida em duas partes de 400 metros, com 60 milímetros de diâmetro. Ela já é adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
A previsão é que a entrega da corda pela CTC ocorra no início de setembro, informou a DFN.
Como é feita a corda do Círio
Até 2022 a corda era produzida em Santa Catarina e feita de sisal, uma fibra vegetal muito dura e resistente. Em 2024, a corda foi produzida por uma composição de fibras de malva e juta, todas elas plantadas e cultivadas na região Amazônica.
Esta nova composição fica mais macia ao toque das mãos, pela presença da malva, sem, no entanto, perder resistência, em razão dos fios de juta.
O processo de transformação em fios envolve muitos os estágios de fabricação, desde a colheita até a produção final.
Histórico
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla do Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la.
Os animais foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.
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