4 de outubro de 2024

Corpo de Cid Moreira é escoltado pela Guarda de Honra da PM ao chegar ao Palácio Guanabara para velório

Enterro será em Taubaté, em SP. Jornalista morreu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos. Corpo do jornalista Cid Moreira será velado no Palácio Guanabara
A Guarda de Honra da Polícia Militar escoltou o corpo de Cid Moreira para o velório do jornalista, que morreu nesta quinta (3), aos 97 anos. A pedido da família, parte da cerimônia, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, será reservada. A previsão era abrir para o público às 10h.
O caixão chegou à sede do governo do RJ pouco antes das 8h. Seis homens da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar, que cuida da segurança do palácio, levaram o corpo até o salão reservado para a despedida.
O corpo de Cid já tinha sido velado em uma cerimônia na noite desta quinta-feira (3) no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, um distrito de Petrópolis.
O corpo de Cid será enterrado na sua cidade natal, em Taubaté, no interior de São Paulo. Ainda não se sabe a data e em qual cemitério será a cerimônia de despedida.
“Ele falou pra mim que ele quer ser enterrado em Taubaté. Ficar perto da primeira esposa, da filha que foi, do neto que foi, já conversei com os queridos deles que estão lá, já vão providenciar”, conta a viúva Fátima Sampaio.
O prefeito de Petrópolis, onde ele vivia, declarou luto oficial de 3 dias.
“Cid Moreira tinha um carinho por Petrópolis, em especial por Itaipava, lugar que ele escolheu para morar nos últimos anos”, afirma a nota.
Corpo de Cid Moreira chega ao Palácio Guanabara para o velório
Catharinna Marques/g1
Velório do jornalista Cid Moreira no Palácio Guanabara
Reprodução
Homenagem de apresentadores
Os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, lembraram das características e qualidades do colega Cid Moreira, de 97 anos.
Bonner, que sucedeu a Moreira em 1996, na reformulação do JN, lembrou da voz marcante do veterano que imortalizou com os bordões ‘Mister M’ e ‘Jabulani’. Por sua vez, Vasconcellos destacou a capacidade de conciliar quem tinha ideias opostas.
“Quem não lembra do Cid falando: ‘Jabulaaaani!'”, lembrou o atual editor-chefe do JN, durante entrevista ao RJ1.
‘O rosto do telejornalismo brasileiro’, diz Bonner sobre Cid Moreira
“O Cid, depois que saiu do Jornal Nacional, conseguiu ser marcante de outras formas, até com certo humor. Como participação no Fantástico. A voz do quadro do Mister M, quem não lembra? (Ele foi) A voz que imortalizou o nome de uma bola de futebol, durante a Copa do Mundo, em 2010, na África, do Sul”, lembra Bonner.
Cid apresentou Jornal Nacional por 26 anos — e, daquela bancada, imortalizou o “Boa noite” no imaginário do público.
Renata Vasconcellos salientou que o veterano no JN passava uma formalidade e ao mesmo tempo um sorriso de garoto.
“Eu gostaria de destacar uma qualidade do Cid que é muito rara e maravilhosa: a capacidade de conciliar características opostas. Ele tinha toda a formalidade, o peso que o cargo de apresentador do Jornal Nacional exige, a sobriedade, a seriedade”, destaca Renata.
“Mas, ao mesmo tempo com um olhar carinhoso, um sorriso quase maroto, de garoto, uma alma leve. E ele conseguia passar isso, ao mesmo tempo. Isso fazia com que os brasileiros se identificassem e se sentissem seguros na imagem de uma pessoa íntegra e ao mesmo tempo humana”, emenda ela.
GIF fotos do Cid Moreira
TV Globo

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