15 de novembro de 2024

Corpo de delator do PCC executado em aeroporto de SP é enterrado na Zona Sul de São Paulo neste domingo


Cerminônia é restrita à família. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto à luz do dia, na sexta-feira (8), na área e desembarque de Cumbica. Ele era investigado por envolvimento com o PCC e havia firmado um acordo para delatar crimes da facção e de policiais. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto na sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Montagem/g1Reprodução/TV Globo e Rede Record
O corpo do empresário e delator do PCC Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado no aeroporto de Guarulhos (SP), está sendo enterrado neste domingo (10) no Cemitério Parque Morumby, na Zona Sul de São Paulo.
Gritzbach levou 10 tiros na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo na sexta-feira (8), segundo registro da Polícia Civil de São Paulo.
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A cerimônia de despedida é restrita à família e não houve velório para evitar exposição dos familiares da vítima.
Com 38 anos, Antonio Gritzbach foi alvejado à luz do dia, por volta das 16h, na saída da área de desembarque do Terminal 2 por dois homens que desceram de um carro preto.
Até a publicação desta reportagem, os autores estavam foragidos.
Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos
De acordo com o registro policial, foram ao menos 29 disparos, de calibres diversos. Gritzbach foi atingido por 4 tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito (região localizada entre a cintura e a costela).
Duas armas foram apreendidas pela polícia: um fuzil e uma pistola. As duas estavam próximo ao local em que o carro foi abandonado, a pouco mais de 7 km do aeroporto, ainda em Guarulhos.
Até a última atualização desta reportagem, não havia confirmação pericial de que foram elas as usadas no crime.
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Armas apreendidas após o assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos.
Divulgação
Gritzbach era investigado por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e, em março, havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro.
Nos depoimentos, o empresário acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de exigir dinheiro para não o implicar no assassinato de um integrante do PCC (Anselmo Santa, o Cara Preta).
Além disso, forneceu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalharam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
PMs que fariam escolta alegaram falha em carro para não estar no local
O Ministério Público de São Paulo afirma que ofereceu mais de uma vez segurança ao empresário e que ele sempre recusou a proteção.
O empresário, então, contratou 4 seguranças, todos policiais militares.
Nenhum dos 4, porém, estava com Gritzbach no momento do assassinato.
Segundo depoimento de 2 deles, um dos carros em que iriam buscar Gritzbach e a namorada no aeroporto – o casal voltava de Maceió – teve um problema na ignição. O outro, ainda de acordo com os policiais, estava com quatro pessoas, e teve de fazer meia volta para deixar um dos ocupantes em um posto de combustível.
Investigadores desconfiam dessa versão (leia mais). Uma das linhas de investigação do DHPP é que os seguranças teriam falhado de forma proposital.
Infográfico mostra áreas do corpo de Antônio Vinicius Gritzbach atingidas por tiros
g1
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