Corpo de Bombeiros foi acionado e efetuou a retirada do corpo, nesta quarta-feira (9). Corpo de Franklins Pinheiro de Souza, de 37 anos, que estava desaparecido após um deslizamento de terra no porto
Reprodução
O corpo de Franklins Pinheiro de Souza, de 37 anos, que estava desaparecido após um deslizamento de terra no porto, às margens do Rio Solimões, em Manacapuru, no interior do Amazonas, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (9). A informação foi confirmada pela família ao g1.
O acidente ocorreu na tarde de segunda-feira (7), no Porto da Terra Preta, que recebe um grande fluxo de pessoas diariamente. Além de Franklins, uma criança também desapareceu no acidente e segue sendo procurada. Outras 10 pessoas ficaram feridas no deslizamento.
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A Marinha do Brasil informou que o corpo foi encontrado pela Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental nas proximidades do porto. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e fez a retirada do corpo da água.
O corpo de Franklins foi levado para o necrotério de Manacapuru e aguarda a chegada do Instituto Médico Legal (IML) para retirada, segundo a família.
O governo do Amazonas informou que o acidente deixou um adulto e uma criança desaparecidos. A criança foi identificada como Leticia Correia de Queiroz, 6 anos, que teve a casa levada pelo deslizamento do barranco. Segundo a família, na hora, ela estava com dois irmãos mais velhos, que conseguiram se salvar. As buscas pelas duas vítimas tinham sido retomadas nesta quarta (9).
Além disso, 10 pessoas ficaram feridas no desmoronamento. Segundo a última atualização do governo estadual, todas foram encaminhadas ao Hospital Regional Lázaro Reis, no município, com escoriações. Oito vítimas já receberam alta, enquanto duas continuam em observação.
Deslizamento de terra destrói parte do Porto da Terra Preta em Manacapuru
Deslizamento
Um deslizamento de terra abriu uma cratera na orla de Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, e engoliu parte do Porto da Terra Preta, na tarde da segunda-feira, 7 de outubro.
À Rede Amazônica, Fábio Sabbá afirmou que o local, onde funcionava o porto e abriu uma cratera, não é adequado para receber uma estrutura daquele tipo.
“Terra preta de indígenas é um solo de origem antrópica. Não é adequado para construção desse tipo, como um porto, mas é excelente para plantio. É como se você fosse fazer um aterro para sua casa, rodovia, e usasse materiais que vão ser degradados, decompostos ao longo do tempo. Com o tempo, ele vai se decompondo e criando vazios lá dentro”, explicou.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), que iniciou a coleta de provas e orientou a implementação de medidas urgentes para garantir assistência a todas as vítimas.
Segundo a Prefeitura de Manacapuru, a tragédia não foi mais grave porque a cidade estava em ponto facultativo após as eleições municipais, realizadas no domingo (6), resultando em menor movimentação no porto em comparação a dias normais.
O DNIT, responsável pela fiscalização da estação hidroviária próxima ao acidente, sinalizou a área, alertando pra que as pessoas mantenham distância.
Uma equipe de técnicos também saiu de Brasília a caminho do município pra fazer uma análise geológica do terreno e também analisar o impacto na estrutura do porto. A Marinha informou ainda que vai instaurar um inquérito pra apurar o acidente.
Duas pessoas estão desaparecidas após deslizamento de margem do Rio Solimões