8 de outubro de 2024

Criança tem convulsão após ser agredida com socos e ter cabeça batida em mesa dentro de sala de aula: ‘Me sinto de mãos atadas’, diz mãe

Agressões ocorreram na Escola Municipal ‘Getúlio Vargas’, em Sorocaba (SP), na terça-feira (1º). Criança, de sete anos, tem apresentado desmaios repentinos, vômitos e rigidez facial desde então. Prefeitura apura o caso. Criança foi agredida por alunos da mesma sala de aula
Arquivo pessoal
Uma família registrou um boletim de ocorrência após uma criança, de sete anos, sofrer uma convulsão ao ser agredida por outros alunos dentro de uma escola em Sorocaba, no interior de São Paulo. Em nota, a prefeitura afirmou que o caso está sendo apurado pela Secretaria de Educação (Sedu).
Conforme o boletim de ocorrência, a agressão ocorreu na Escola Municipal “Getúlio Vargas”, na Vila Santa Terezinha, região central da cidade, na terça-feira (1º). A mãe alega que a menina foi espancada por três alunos da mesma sala.
“Eles bateram na minha filha, com socos na cabeça e na barriga, além de puxões de cabelo. Bateram a cabeça dela contra uma mesa da sala de aula. Ela voltou para casa completamente assustada e com medo, tanto que passou uma base de maquiagem para esconder os roxos”, relata.
Ainda segundo a mãe, a menina começou a passar mal depois que voltou da escola e precisou ser levada ao hospital. Entre os sintomas, ela apresentou rigidez, deformação facial, vômitos e até chegou a ter convulsão.
“Ela ficou toda torta, rígida, babando e vomitando. Ela teve uma convulsão. Eu a socorri e encaminhei ao Pronto Atendimento (PA). No dia seguinte, ela foi transferida ao Hospital Regional. Ela tinha muita falta de ar. De início, achavam que ela estava com uma intoxicação alimentar devido às lesões estarem escondidas”, explica.
Parte das lesões foi registrada pela mãe. Nas imagens, é possível ver que a criança está com um dos dentes solto, além de apresentar manchas roxas ao redor da boca (assista abaixo).
A criança chegou a ser liberada do hospital, no entanto, precisou voltar por apresentar desmaios frequentes, vômitos e dores nas regiões das agressões. Exames estão sendo realizados para descobrir o que tem causado os incômodos.
“Estamos exigindo exames para saber o que ela tem. Precisamos saber o motivo das dores no peito, na cabeça, da falta de ar, de todos os sintomas. Ela está sendo medicada, no soro, raio-x e etc. O médico chegou a acionar o Conselho Tutelar contra a escola”, comenta.
Criança de sete anos é agredida dentro de escola em Sorocaba
Briga por lugares na sala de aula
Ao g1, a mãe revela que as agressões foram descobertas somente no hospital, após um relato da filha confirmando o acontecido. Durante a conversa, ela explicou que o motivo da briga teria sido uma disputa por lugares na sala de aula.
“O médico viu os machucados e perguntou a ela o que havia acontecido. Ela revelou que foi agredida pelos alunos por conta de um lugar na cadeira. Minha filha sempre senta na carteira da frente por não ter uma visão muito boa e usar óculos. Elas não queriam que ela sentasse ali de forma alguma”, conta a mãe.
“No hospital, foi diagnosticado que ela convulsionou devido ao impacto que a cabeça dela sofreu ao ser empurrada contra a mesa, além do roxo no entorno da boca. Ela disse que a professora estava na sala durante todo o momento e não prestou nenhum tipo de socorro”, complementa.
Crises de ansiedade
A mãe conta que, desde o ocorrido, a filha tem passado por momentos de medo e ansiedade frequentes. A partir de agora, a mulher afirma que irá buscar justiça pelo que aconteceu.
“Minha filha anda muito ansiosa, assustada, com medo. Ela fica apavorada com barulhos de gritos, de porta batendo. Eu me sinto de mãos atadas, agredida, ofendida. Minha filha vai à escola para ter um diploma e volta para casa com um boletim de ocorrência. Queria estar sentindo a dor no lugar dela. Este processo não era da minha filha”, lamenta.
Em nota, a Prefeitura de Sorocaba afirmou que teve conhecimento do ocorrido por meio de canais extraoficiais e que a família foi acolhida e encaminhada à Rede de Proteção Municipal. Segundo a Secretaria de Educação, o caso ainda está sendo apurado para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
*Colaborou sob supervisão de Ana Paula Yabiku
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Mais Notícias