Vítimas dos tiros são de Pernambuco e estavam na cidade há quatro dias. Dois homens são mortos e três baleados durante assalto a grupo de trabalhadores pernambucanos, em Pacatuba.
Kilvia Muniz/ SVM
Criminosos invadiram uma casa onde estavam sete trabalhadores naturais de Pernambuco, assaltaram os homens e em seguida atiraram em cinco deles, matando duas pessoas. O crime ocorreu no Bairro Alto São João, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, na noite desta segunda-feira (30).
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Segundo um dos sobrevivente, que levou um tiro na perna, ele e os colegas são naturais do município de Tabira e trabalhavam viajando, oferecendo serviços de restauro de fotos e esculpindo lápides de sepulturas. O grupo estava hospedado há quatro dias no imóvel que foi invadido por cinco homens armados.
“Eles chegaram e entraram todos encapuzados, anunciaram que era um assalto. Levaram a gente para um quarto, mandaram deitar. […] Pegaram tudo, celular, documentos, carteira. Só a roupa do corpo mesmo que eles deixaram”, disse um sobrevivente.
Trabalhadores estavam a cerca de quatro dias hospedados em residência que foi invadida por criminosos.
Kilvia Muniz/ SVM
Ainda segundo a testemunha, os criminosos indagaram se os trabalhadores faziam parte de uma facção criminosa, o que foi negado por todos. Mesmo assim, os suspeitos pegaram dois deles e levaram para outro cômodo.
“Eles deixaram nós cinco para dentro do quarto e levaram os outros dois. Aí nós escutamos quando um gritou e começaram os disparos. O outro tentou fugir, entrou no quarto que a gente estava e eles [criminosos] começaram a efetuar vários disparos nele, que acertaram eu e os outros”, relatou o trabalhador.
Dos sete pernambucanos, dois morreram no local, três foram baleados e outros dois não foram atingidos pelos tiros.
Os feridos foram socorridos ao Hospital Municipal de Pacatuba e em seguida transferidos ao Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Após o atendimento, eles receberam alta.
Primeira vez no Ceará
Entre os sobreviventes, está o pai de um jovem de 21 anos, que foi assassinado. Conforme o homem, era a primeira vez que o filho viajava ao Ceará para trabalhar com ele.
“Ele nunca tinha vindo, não, pra cá, não. […] É um serviço que a gente vem e volta para Itabira. […] Dessa vez ele tava lá sem fazer nada, eu decidi ir pra trazer ele pra vender, né? Mas eu botei ele pra trabalhar mais eu, ao meu lado. Infelizmente, aconteceu, né?”, falou o pai de um dos mortos.
Ainda conforme o homem, ele e os colegas já tinham costume de pegar encomendas na cidade cearense.
“Essa questão de facção eu sabia que tinha, mas nós éramos acostumados a vir pra cá. Tem mais de dois anos que nós trabalhamos aqui nessa região e nunca aconteceu isso”, disse trabalhador.
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