25 de dezembro de 2024

Crise na Venezuela repercute no meio político partidário brasileiro

Partido dos Trabalhadores classificou a eleição na Venezuela como ‘democrática e soberana’. Lula afirmou que o PT não fala pelo governo e tem o direito de se manifestar como partido. PT se refere a Maduro como presidente reeleito; Pacheco e partido de Alckmin reagem
A crise na Venezuela teve repercussão no meio político partidário brasileiro. Na noite de segunda-feira (29), o PT divulgou uma nota em que se refere a Maduro como presidente reeleito.
O Partido dos Trabalhadores classificou a eleição na Venezuela como “democrática e soberana”. Declarou “a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”.
Na entrevista na manhã desta terça-feira (30) à Rede Matogrossense, o presidente Lula afirmou que o PT não fala pelo governo e tem o direito de se manifestar como partido.
Crise na Venezuela repercute no meio político partidário brasileiro
Reprodução/TV Globo
“O Partido dos Trabalhadores reconheceu, de verdade, a nota do Partido Trabalhador reconhece o povo… Elogia o povo da Venezuela pelas eleições pacíficas que houveram. E, ao mesmo tempo, ele reconhece que o colégio eleitoral lá, o tribunal eleitoral, já reconheceu o Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não. Então, tem um processo. Sabe, não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a terceira guerra mundial, não tem nada de anormal. Tem uma eleição, tem uma pessoa que disse que teve 50%, teve outra pessoa que disse que teve 40%. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz”, disse Lula.
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O PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, foi em direção contrária ao PT. Também na internet, o presidente do partido, Carlos Siqueira, condenou o que chamou de violações dos direitos humanos e democráticos perpetradas pelo regime chavista e classificou o governo como uma ditadura.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, declarou em nota:
“Em uma democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegure a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza”.
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