9 de janeiro de 2025

Cuidadores são afastados após denúncia de bullying e uso de arma de choque contra crianças de abrigo no interior de SP

Boletim de ocorrência foi registrado em fevereiro, em Fernandópolis (SP). Ministério Público e Conselho Tutelar foram acionados para investigar supostas violência psicológica e agressão; local acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Casa Cofasp em Fernandópolis (SP)
Reprodução/Google Street View
Dois cuidadores foram afastados do trabalho após uma denúncia de bullying e de uso de arma de choque contra crianças acolhidas por um abrigo em Fernandópolis, no interior de São Paulo. Um boletim de ocorrência foi registrado em fevereiro.
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Segundo apurado pelo g1, uma das cuidadoras, de 58 anos, teria ofendido diversas vezes uma criança, de sete anos, chamando-a de obesa e dizendo que atrapalharia a adoção da irmã. A criança foi ouvida pelo Conselho Tutelar e continua abrigada. A suspeita, por sua vez, negou o caso.
Outro cuidador, de 27 anos, também foi denunciado porque teria usado uma arma de choque contra um adolescente de 12 anos. A vítima foi ouvida pelo Conselho Tutelar e confirmou que foi agredida uma vez e fugiu da instituição para a casa do pai.
Conforme apurado pela reportagem, o suspeito confessou que levava a arma de choque para o abrigo. Ele foi advertido, porém, negou a agressão.
O Ministério Público (MP) também foi acionado e confirmou ao g1 que investiga a violência psicológica e a agressão. Disse que ingressou com um pedido de medidas protetivas, que foi deferido pelo Juízo da Infância e Juventude da Comarca de Fernandópolis.
“Assim que tomou conhecimento dos fatos, o Ministério Público ingressou com pedido de medidas protetivas de urgência em favor das crianças e adolescentes acolhidos, requerendo o afastamento dos cuidadores suspeitos da instituição de acolhimento”, diz o MP.
O g1 também questionou a instituição de acolhimento. Em nota, a Casa Cofasp disse que os cuidadores ficarão afastados até a conclusão das investigações.
O local cuida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, sem que tenham cometido infrações. Eles são acolhidos por meio de determinação judicial e permanecem na casa temporariamente, em tempo integral, enquanto se buscam alternativas de retorno ao convívio familiar ou família substituta, a partir de guarda ou adoção.
A Polícia Civil de Fernandópolis também vai investigar os crimes.
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