17 de janeiro de 2025

De Lélia González a Alcione: mulheres negras recebem homenagem em pinturas para revitalizar escola de Campinas

Mudanças começaram pela mudança do nome da Emef Maria de Fátima Faria Área, em homenagem a uma professora que foi vítima da Covid-19. Projeto de revitalização de escola em Campinas conta com ajuda de voluntários; entenda
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria de Fátima Faria Área, no Jardim das Bandeiras, em Campinas (SP), está sendo revitalizada por voluntários do projeto da Fundação Educar, durante esse sábado (15).
Na ação, os jovens e a comunidade pintam e transformam o visual do ambiente escolar. Na iniciativa, homenagens a mulheres negras de destaque serão pintadas em portas.
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Antes, a escola era chamada de General Humberto de Souza Mello, mas passou a ser intitulada de Maria de Fátima Faria Área, em homenagem a uma professora que foi vítima da Covid-19.
Com a mudança do nome, a comunidade passou a debater uma transformação que também se refletisse nos muros, painéis e corredores. Ao todo, cerca de 150 voluntários doaram a sua força de trabalho para revitalização.
Sem qualquer tipo de patrocínio, além da mão de obra cedida, todo o material utilizado (como as tintas) é fruto de doações de pessoas e empresas do bairro.
A palavra gentileza é pintada no muro do colégio, em homenagem a professora
Reprodução/EPTV
👩🏿 O que será mudado? A escola receberá um logo novo, criado e desenhado a partir da perspectiva dos estudantes, além da pintura de todo o pátio, e das portas das salas de aula, em que serão feitas homenagens a mulheres negras de destaque no mundo. Veja quem será homenageada, e em qual porta do colégio:
🚪 Sala 1: Alcione (Música)
🚪 Sala 2: Glória Maria (Jornalista)
🚪 Sala 3: Zezé Mota (Atriz)
🚪 Sala 4: Fernanda Garay (Jogadora de Vôlei)
🚪 Sala 5: Jaqueline Goes (Cientista)
🚪 Sala 6: Lélia González (Professora/Ativista)
🚪 Sala dos Professores: Djamila Ribeiro (Filósofa)
🚪 Secretaria: Carolina Maria de Jesus (Escritora)
Muros verdes e lisos eram parte do ambiente antes da revitalização
Academia Educar
🎨 Como funciona o projeto? A iniciativa propõe que os adolescentes escolham um colégio de ensino público, e façam uma ação com toda aquela comunidade escolar para compreender as mudanças que serão necessárias, e a partir daí, transformar o ambiente físico.
🤔 Como é feita a escolha? Uma vez por ano, os jovens da Academia Educar selecionam uma escola pública para realizar a intervenção. Para isso, é feita uma votação interna entre as escolas que enviaram vídeos para a seletiva.
Após a decisão, é feita uma visita na instituição escolhida, para a reconhecer a individualidade do ambiente, e conversarem com a comunidade a fim de identificar os desejos e as possibilidades de transformação do espaço.
Ele é viabilizado Fundação Educar o viabiliza, com o investimento social da Companhia DPaschoal, que realiza iniciativas dentro da educação e da cidadania, como uma estratégia de transformação social, que estão segmentados em cinco eixos:
Educar para o protagonismo
Educar para ler
Educar para empreender
Cooperar com o social
Ser educar
O objetivo final é garantir que os participantes se reconheçam como protagonistas de suas vidas e de suas comunidades, desenvolvendo habilidades e tornando-se agentes de mudança para um futuro melhor.
Ativa desde 2009, a iniciativa atuou em mais de 100 escolas e comunidades em Campinas e em Patrocínio (MG).
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