Demandas da cidade foram abordadas na série de debates do g1. Participaram os candidatos Átila Jacomussi (União Brasil), Marcelo Oliveira (PT), Sargento Simões (PL) e Zé Lourencini (PSDB). Candidatos à Prefeitura de Mauá (SP) participam de debate no estúdio do g1 em São Paulo
Fábio Tito/g1
O debate promovido pelo g1 nesta sexta-feira (30) entre candidatos à Prefeitura de Mauá foi marcado por inúmeras trocas de acusações entre o atual prefeito, Marcelo Oliveira (PT), e o ex-prefeito Atila Jacomussi (União), além de propostas para melhoria da merenda e ampliação da Guarda Municipal.
Átila Jacomussi (União Brasil), Marcelo Oliveira (PT), Sargento Simões (PL) e Zé Lourencini (PSDB) participaram do debate, que foi transmitido ao vivo, de São Paulo, pelo site, YouTube e TikTok.
Acompanhe a cobertura completa do debate
O g1 convidou candidatos a prefeito de partidos, coligações ou federações que contam com 5 ou mais representantes no Congresso Nacional (deputado federal ou senador), obedecendo às regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de debates nesta eleição.
As regras foram apresentadas e aceitas por representantes dos candidatos em reuniões realizadas na sede da TV Globo em São Paulo.
O debate teve 5 blocos de perguntas, sendo 3 deles com temas determinados (Educação, Segurança e Saúde) e 2 com temas livres. No último bloco, os candidatos fizeram as considerações finais.
Escolas e merenda
O primeiro bloco abriu com perguntas sobre educação. O tema foi abordado de forma acusatória entre o atual prefeito, Marcelo Oliveira (PT), e o ex-prefeito Atila Jacomussi (União).
Os quatro candidatos, entretanto, apontaram a importância da merenda e da garantia de vagas nas creches.
O candidato petista defendeu os feitos de sua gestão, afirmou que a cidade tinha sido abandonada pela administração anterior, chamou Atila de ‘prefeito Pinóquio’ e, por fim, prometeu construir cinco novas escolas.
“Você continua fazendo a mesma coisa que faz na cidade, mentindo para o povo. É o grande Pinóquio de Mauá, você não entregou uniforme, não deixou 2 mil crianças na escola, foram mais de 4000 que você deixou lá. Quem reformou as escolas fui eu, as 38 escolas. Quem construiu duas escolas, inclusive vão nos entregar uma escola amanhã, no sábado, na Vila Assis, foi nós que estamos apresentando projeto de cinco escolas, uma em cada região.”
Atila rebateu as acusações: “Eu coloquei criança na escola, eu entreguei escola, eu entreguei o Fiec e vou entregar o Fiec do Jardim Zaira e quero dizer pro senhor aqui, na minha época era merenda de qualidade, não tinha superlotação de escola como acontece no Luiziane e, principalmente, cuidei dos professores.”
O tucano Zé Lourencini disse que irá investir no ensino profissionalizante para que as crianças “não ficarem nas mãos do tráfico” e na qualidade da merenda escolar.
“Tem que ter uma merenda de qualidade para as nossas crianças, barriguinha cheia, pensa melhor, e vimos que o nosso povo tem essa defasagem e essa necessidade. Por isso, o conselho da merenda, que foi uma coisa que deu tanto trabalho em Mauá, um deu trabalho lá, os outros também que eu não quero criticar ninguém aqui, mas você tem dois olhos pra ver e dois ouvidos para ouvir e tirar as conclusões.”
O candidato Sargento Simões (PL) afirmou que as pessoas não vão mais precisar “mendigar para conseguir vagas em creches”, caso seja eleito.
“Nós vamos zerar as vagas das filas das creches. Isso é simples, Mauá hoje joga fora R$ 25 milhões de por mês através de funcionários fantasmas e corrupção, nós vamos zerar esse problema.”
A merenda também pautou o segundo bloco, quando os candidatos podiam fazer perguntas sem um tema pré-definido.
Guarda Municipal
No terceiro bloco, os candidatos tiveram que apresentar propostas na área da segurança pública e falar especificamente sobre a Guarda Municipal.
O candidato Atila Jacomussi (União) voltou a atacar o atual prefeito Marcelo Oliveira (PT), a quem diversas vezes definiu como ‘prefeito homeoffice’.
Entre uma estilingada e outra, ele comentou sobre propostas e disse que irá instalar bases móveis da GCM em alças do Rodoanel, nos principais centros comercias, e investirá em polícia motorizada.
“Nós vamos trazer de volta a instalação das bases fixas nas alças do Rodoanel, além de tudo isso, vou trazer o Bairro Seguro, o Ponto Seguro e, mais do que isso, vou implementar o Detecta na cidade. Ampliar o programa Muralha Paulista.”
O candidato Marcelo Oliveira (PT) rebateu as acusações e classificou Atila como “prefeito ficha suja”. Durante sua gestão, Atila foi preso duas vezes pela PF. Na primeira, por suspeita de desvio em licitações de merenda escolar. Na segunda, suspeito de cobrar propina mensal de nove empresas de diferentes ramos.
O petista voltou a defender os feitos de seu governo e disse que pretende ampliar o efetivo da GCM.
“Eu vou dizer que encontrei a cidade totalmente sucateada, a base da GCM com pedido de despejo, as viaturas sucateadas, os guardas sem uniforme, quando fala aqui da base fixa, só fez na campanha, ele não tinha guarda para enganar o povo e colocou a base fixa. Nós voltamos a base fixa agora trabalhando com a policia integrada com a policia civil e a PM, ela fica no horário de pico de manhã e fica no horário de pico a tarde.”
Zé Lourencini (PSDB) também prometeu ampliar as bases da guarda e disse que irá investir em monitoramento por câmeras na cidade.
“Aumentar o GCM e colocar essas bases nos lugares estratégicos da cidade para que essas pessoas não pode se evadir da cidade. E trazer um monitoramento com tecnologia, monitoramento na cidade, as câmeras para verificar o que está acontecendo na nossa cidade.”
Já o candidato Sargento Simões (PL) disse que irá ampliar o número de guardas, e que eles poderão escolher a área em que desejam atuar.
“Nós vamos chamar os guardas municipais aprovados em concursos anteriores, a partir do dia 1° de janeiro, e nós vamos colocar o guardar para colocar onde ele quer trabalhar, porque hoje atropa está desanimada. Eu sou técnico em segurança publica e pós graduado em segurança privada. Com sargento Simões prefeito, a cidade vai estar muto mais segura.”
Embate e direito de resposta
No final do terceiro bloco, Marcelo Oliveira (PT) pediu um direito de resposta após se sentir ofendido pelo candidato Atila (União).
Durante fala sobre propostas na segurança, Atila afirmou que Marcelo “passou pano” para um vereador investigado à época por suposta prática de crime sexual. O caso foi arquivado por não encontrar indícios nem vítima.
“O candidato tem que ter mais respeito com as pessoas. Nunca foi assessor meu. Ele foi investigado pelo Ministério Publico e foi absolvido. Vossa excelência é muito leviano”, afirmou.
Saúde
No último bloco, os candidatos tinham que falar sobre os planos para a área da saúde. Três deles abordaram propostas principalmente para o atendimento às mulheres.
O ex-prefeito Atila (União) prometeu um centro de referência oncológico na cidade.
“Inclusive, o AME vai ser o hospital dia, já estamos preparando, encaminhei dois novos mamógrafos pra lá. Nós vamos ter um centro de referência da saúde da mulher e do combate ao câncer de mama e colo do útero”.
Marcelo Oliveira se ateve ao que já foi implementado, e afirmou que a saúde da mulher será prioridade em uma possível nova gestão.
“Nós zeramos a fila de mamografia, quando eu coloquei o mamógrafo dentro do Hospital Nardini e fiz parceria com a Clínica Chá, a mulher que chega na unidade de saúde, dento de 15, 20 dias ela já faz esse exame”.
“Nós vamos implementar a policlínica, que nós vamos trabalhar para melhorar e muito a questão dos exames, terá 166 salas, teremos ressonância magnética com prioridade para a saúde da mulher na nossa cidade”.
O candidato do PL, Sargento Simões, prometeu criar o Hospital da Mulher. “Nós vamos fazer o hospital da mulher, que cuide especificamente da mulher, porque a mulher merece ser cuidada, né?”
O candidato do PSDB, José Lourencini, defendeu que a cidade tenha um Instituto Médico Legal (IML) próprio e investimento em atendimento para casos de Transtornos do Espectro Autista (TEA).
“A maior prioridade que tem é a saúde, é onde a gente vai trabalhar pesado”. “Penso em estadualizar o Nardini, trazer um hospital estadual que nem o Mário Covas, que nem o Serraria em Diadema, porque o Nardini atende 20% da população que não é de Mauá, é de Ribeirão Pires, de Rio Grande da Serra, de uma parte da Zona Leste, é referência no Rodoanel.”
Veja as considerações finais de cada candidato:
Átila Jacomussi (União Brasil)
Átila Jacomussi (União Brasil) faz suas considerações finais
Marcelo Oliveira (PT)
Marcelo Oliveira (PT) faz suas considerações finais
Sargento Simões (PL)
Sargento Simões (PL) faz suas considerações finais
Zé Lourencini (PSDB)
Zé Lourencini (PSDB) faz suas considerações finais