Cidade abriu nesta sexta (23) série de debates do g1. Participaram os candidatos Gesiel Duarte (Republicanos), José de Filippi Jr (PT), Márcio da Farmácia (Podemos) e Taka Yamauchi (MDB). Candidatos à Prefeitura de Diadema no estúdio do g1 em São Paulo
Fábio Tito/g1
O debate promovido pelo g1 nesta sexta-feira (23) entre candidatos à Prefeitura de Diadema foi marcado por acusações de desinformação entre os candidatos, propostas para a saúde e educação, além do combate aos pancadões na cidade – tema mais abordado.
Gesiel Duarte (Republicanos), José de Filippi Jr (PT), Márcio da Farmácia (Podemos) e Taka Yamauchi (MDB) participaram do debate, que foi transmitido ao vivo, de São Paulo, pelo site, YouTube e TikTok.
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O g1 convidou candidatos a prefeito de partidos, coligações ou federações que contam com 5 ou mais representantes no Congresso Nacional (deputado federal ou senador), obedecendo às regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de debates nesta eleição.
As regras foram apresentadas e aceitas por representantes dos candidatos em reuniões realizadas na sede da TV Globo em São Paulo.
O debate teve 5 blocos de perguntas, sendo 3 deles com tema determinado (Saúde, Segurança, Educação) e 2 com tema livre. No último bloco, os candidatos fizeram as considerações finais.
Segurança pública
O primeiro bloco abriu com o tema da segurança pública e os candidatos passaram boa parte do tempo discutindo medidas para coibir os chamados pancadões, bailes que avançam pela madrugada em diversos bairros do município.
O candidato Taka Yamauchi (MDB) perguntou como o atual prefeito e candidato à reeleição, Filippi (PT), pretende fazer para solucionar o problema e combater o que ele definiu como “cifra negra” do crime organizado para se referir à porcentagem de crimes não solucionados ou punidos.
Na resposta, Filippi alertou o adversário sobre a expressão de cunho racista e defendeu os feitos de sua gestão.
“Candidato eu vou exigir que você respeite através da linguagem e do vocabulário. Não se deve falar cifra negra, é uma palavra que leva a uma posição de agressão aos nossos descentes. Essa palavra já foi removida de muito tempo do vocabulário, nós estamos atuando na segurança com muita dedicação e eu tenho alegria de dizer que Diadema tem o menor índice de homicídios da Grande São Paulo nesse semestre.”
“A questão do pancadão, quando nós chegamos, existiam 20 lugares com pancadão. Hoje, existem diversas áreas da cidade que nós conseguimos através do programa “Paz e Proteção” a redução ou a eliminação desse barulho depois das 23 horas.”
Quando questionado sobre o assunto, Taka afirmou que pretende aumentar ampliar o número de guardas municipais e criar a ROTAM (Guarda Motorizada).
“Primeiro, a gente vai trazer Diadema Segura, um conjunto de ações aqui para a nossa cidade, para aumentar o efetivo em 60%, trazer novamente de volta para a cidade, e proteger você, cidadão”, disse.
Já o candidato Gesiel Duarte (Republicanos) defendeu que os os pancadões representam “uma desordem na cidade” e disse que irá atuar em parceria com o governo estadual.
“A nossa ideia é, em parceira com o governo do estado, né? Juntamente com a SSP, onde eu tive a oportunidade de conhecer o sistema Detecta, e implantarmos efetivamente o sistema detecta na cidade, como se Diadema fosse um BBB ali, vai saber quem entrou, quem tá saindo, quem entrou acompanhado.”
O candidato do Podemos, Márcio da Farmácia, também prometeu ampliar o efetivo da GCM e acusou o candidato Gesiel Duarte de ser desinformado.
“Prefeiturável, você é desinformado. A força tática continua em Diadema ainda. Vai estudar! É importante você estudar. Mas, de qualquer maneira, saiba que nós estamos com pulso firme porque o rigor com a guarda municipal, inclusive, valorizar os nossos guardas porque o salário é muito ruim dos nossos guardas municipais. Nós vamos valorizar a ação salarial e aumentar o patrulhamento nas cidades, inclusive, nas escolas para que a gente possa trazer qualidade de vida na segurança”.
No segundo bloco, o tema foi livre. Os candidatos abordaram a questão da taxa do lixo, voltaram a debater sobre segurança pública, fazer ataques sobre incompetência nas áreas da gestão pública nas quais já atuaram e também falaram sobre propostas para a saúde.
Saúde
O candidato do MDB, Taka Yamauchi, foi questionado sobre o assunto e disse ser contra a construção de um hospital na cidade. Ele defendeu convênios com a rede privada e usou o tempo para atacar o candidato petista e atual prefeito.
“Exame sem demora, para que através das clinicas e hospitais particulares, nós possamos fazer convênios, para que, a preço de custo, dos horários onde tem ociosidade, a gente possa zerar as filas aqui da nossa cidade e, acima de tudo, trazer uma AME para que essa falta de carinho com a cidade que o atual prefeito, que a atual gestão tem, ela possa ser acolhida.”
Márcio da Farmácia (Podemos) prometeu investir em um laboratório para exames. “Nós vamos entregar um laboratório de análises para o nosso município, para que a gente não precise sair da cidade para ser atendido. Vai ser atendido em diadema a com dignidade e saúde de respeito em Diadema.”
Já Gesiel Duarte (Republicanos) defendeu a construção de um centro específico para atendimento de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e prometeu construir o hospital de Diadema em parceria com o estado e a União.
“Você que nos assiste que é mãe ou pai com um filho autista, nós temos no nosso plano de governo a construção do centro de referência de Transtorno do Espectro Autista para dar o atendimento que essa população merece. (…) Nós vamos criar, construir, o centro de referência TEA para dar dignidade e apoio às famílias.”
“Nós faremos o hospital na cidade. É o compromisso que eu tenho com os moradores de diadema para dar uma saúde de qualidade, um atendimento digno, nós faremos, sim, um hospital com a parceria com o governo do estado e, possivelmente, com o governo federal.”
O candidato petista reconheceu a necessidade de um hospital na cidade e disse que terá apoio do presidente Lula para viabilizar tal investimento.
“Eu tenho plena convicção que nós precisamos avançar, mas para avançar precisa de um hospital novo que já tem recurso do presidente Lula assegurado R$ 300 milhões”.
Para o terceiro bloco, o tema sorteado foi habitação. O quarto bloco o tema foi novamente livre.
Escolas
No último bloco antes das considerações finais, os candidatos apresentaram as propostas para educação.
O candidato Gesiel Duarte (Republicanos) defendeu reformar as escolas ao invés de empenhar recursos na construção de novos equipamentos.
Já o Márcio da Farmácia (Podemos) disse que irá implementar ensino integral no município. “Nós vamos fazer ensino integral, colocando cultura, esporte, junto com a educação”.
Já o candidato Taka Yamauchi usou o tempo para criticar o que chamou de ideologia de gênero nas escolas municipais e defendeu o ensino de “português e matemática”. “Eu, meu posicionamento é claro: eu sou contra a ideologia de gênero, descriminalização contra as drogas.”
O atual prefeito e candidato à reeleição, Filippi (PT) disse que a educação na cidade “rima com pedagogia e não com ideologia”. E disse que sua gestão ampliou o número de creches e reformou escolas.
“Nós inauguramos cinco novas creches quando o governo passado fechou cinco creches. Nós reformamos as 60 escolas de uma vez porque nós chegamos durante o período de pandemia e logo depois que encerrou o período de pandemia no final de 21, nós tínhamos 60 escolas em total abandono e nós fizemos em três a quatro meses parceria com as nossas diretoras e reformamos todas elas. Colocamos parquinhos nas escolas, fizemos um plano de novos uniformes. Enfim, as crianças estão muito felizes em Diadema.”
Veja as considerações finais de cada candidato:
Gesiel Duarte (Republicanos)
Gesiel Duarte (Republicanos) faz suas considerações finais
José de Filippi Jr (PT)
Filippi Jr (PT) faz suas considerações finais
Márcio da Farmácia (Podemos)
Márcio da Farmácia (Podemos) faz suas considerações finais
Taka Yamauchi (MDB)
Taka Yamauchi (MDB) faz suas considerações finais