Decisão do STJ também é favorável a um dos policiais presos durante a Operação Transformers. Há menos de 10 dias, os dois tiveram que retornar à Casa de Custódia da Polícia Civil, mas devem ser soltos novamente. Delegado Rafael Gomes em Juiz de Fora
Polícia Civil/Divulgação
O delegado Rafael Gomes, que deu entrada na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte, há menos de 10 dias, deve ser novamente solto após obter liminar pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Conforme o STJ, a decisão foi proferida nesta sexta-feira (23) em favor de Rafael e de Thiago Nazário Machado, policial civil que também foi alvo da Operação Transformers, realizada em outubro de 2022. Eles são suspeitos de participação em um esquema de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração veicular em Juiz de Fora e região.
Com a nova decisão, do desembargador Otávio de Almeida Toledo, Rafael Gomes terá a prisão preventiva substituída por medidas cautelares, como o comparecimento mensal em juízo, o recolhimento domiciliar noturno e a manutenção do afastamento de suas funções públicas.
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Em ambos os casos, a decisão do STJ foi comunicada à 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora, a quem cabe tomar as providências em relação ao cumprimento da decisão.
A publicação das decisões está para prevista para a próxima segunda-feira (26). O g1 fez contato com as defesas de Rafael Gomes e Thiago Nazário, mas ainda não recebeu retorno. O espaço segue aberto.
Além dos dois, a desembargadora Paula Cunha e Silva havia pedido novamente a prisão preventiva dos dois e outros quatro policiais no dia 13 de agosto. A princípio, os outros quatro permanecem presos em Belo Horizonte.
Abastecimento de entorpecentes para traficantes
De acordo com o MPMG, que realizou a operação, o grupo preso na Operação Transformers seria responsável pelo fornecimento e abastecimento de entorpecentes para traficantes da Zona da Mata.
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O processo indica que eles possam ter movimentado quase R$ 1 bilhão em cinco anos. Além disso, as investigações duraram aproximadamente 2 anos e mostraram que a organização criminosa tinha estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela:
logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;
setor financeiro, que cuida da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;
setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;
núcleo de liderança, que coordena e controla as atividades.
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