25 de outubro de 2024

Delegado Rivaldo Barbosa depõe pelo segundo dia no STF sobre caso Marielle

Novas perguntas ao delegado voltam a ser feitas nesta sexta-feira (25). Após depoimento do delegado será a vez de outro réu, o assessor de Domingos Brazão no STF, Robson Calixto, conhecido como Peixe. Delegado Rivaldo Barbosa em depoimento no STF nesta quinta-feira (24)
Reprodução
O delegado Rivaldo Barbosa, um dos réus no processo que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, volta a depor nesta sexta-feira (26).
Rivaldo responde a perguntas das assistentes de acusação que representam as famílias de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além dos advogados dos outros 4 réus.
Nesta quinta-feira (24), o delegado respondeu a perguntas do desembargador Airton Vieira, que conduz as audiências, e do promotor Olavo Pezzotti, que representa a Procuradoria Geral da República.
Em pouco mais de 5h de audiência, o delegado tentou esclarecer as acusações e apontou Cristiano Girão como o possível mandante do crime e não o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Interrogados pelo STF
Os depoimentos começaram na segunda-feira (21). O primeiro a ser ouvido foi o seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido).
Como o irmão, Domingos se emocionou logo no início do relato ao STF ao lembrar da família. O deputado Chiquinho acompanhava o depoimento de Domingos, por videoconferência, e também foi às lágrimas ao ver o irmão em prantos.
No primeiro dia de relato ao falar da família, Chiquinho Brazão chorou. No segundo dia contou que nunca se interessou em receber denúncias contra facções criminosas. Ele respondeu às perguntas dos assistentes de acusação e dos advogados de defesa dele e dos outros réus.
Papel do delegado no crime, segundo a PF
Após a delação do ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do assassinato, a Polícia Federal concluiu que Rivaldo já tinha uma “relação indevida” com os mandantes – segundo a corporação os irmãos Brazão – antes mesmo do crime.
De acordo com a ordem de prisão, “se verifica claramente que o crime foi idealizado pelos dois irmãos e meticulosamente planejado por Rivaldo”.
“E aqui se justifica a qualificação de Rivaldo como autor do delito, uma vez que, apesar de não ter o idealizado, ele foi o responsável por ter o controle do domínio final do fato, ao ter total ingerência sobre as mazelas inerentes à marcha da execução, sobretudo, com a imposição de condições e exigências”, diz o relatório da PF.
Segundo a investigação, Rivaldo exigiu que Marielle não fosse morta entrando ou saindo da Câmara. “Tal exigência tem fundamento na necessidade de se afastar outros órgãos, sobretudo federais, da persecução do crime”, diz a PF.
A polícia concluiu também que, durante o tempo em que chefiou a polícia, o delegado buscava “desviar o foco da investigação daqueles que são os verdadeiros mandantes”.
Esta reportagem está em atualização

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