Mensagens são enviadas por WhatsApp exclusivamente para atendidos na rede SUS Municipal, e orienta morador a retornar ao serviço de saúde dependendo da resposta. Cidade tem 18,3 mil casos e 3 mortes. Sistema de mensagem por inteligência artificial monitora e orienta pacientes com sintomas de dengue em Campinas (SP)
Rogério Capela/Prefeitura de Campinas
Com o avanço da dengue e a projeção de que Campinas (SP) registre até 100 mil casos ao final de maio, a Secretaria de Saúde adotou o uso de inteligência artifical para monitorar e orientar pacientes com sintomas da doença. A metrópole tem 18.371 infectados e três mortes até esta quinta-feira (14).
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O sistema que funciona com o envio de mensagens via WhatsApp para verificar se há algum sinal de alerta na evolução dos sintomas entrou em operação nesta semana, e é direcionado exclusivamente aos moradores atendidos na rede SUS municipal, tanto nos postos de saúde como nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde.
Pelo ChatBot, a pasta identifica se o paciente apresenta algum sinal que mostre a necessidade de retorno ao sistema de saúde. Dos 3.142 comunicados disparados na terça (12), primeiro dia do serviço, 1.146 usuários retornaram e 413 deles foram orientados a retornar ao serviço de saúde.
Pelas mensagens, a inteligência artificial faz duas perguntas:
A primeira se o paciente consegue se hidratar conforme a orientação em atendimento;
A segunda sobre possíveis sinais de alerta, como tontura, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos, irritabilidade, nervosismo ou fraqueza.
“Caso o paciente esteja em um destes quadros, ele é orientado a procurar imediatamente por um serviço de saúde. Ao mesmo tempo, com objetivo de ampliar a atenção sobre o caso, os centros de saúde de referência são comunicados para intensificar o monitoramento destes pacientes”, destaca a pasta, em nota.
O número usado pelo sistema é (19) 9-9604-3012, e a identificação se dá pela assistente virtual ANA – Acesso Fácil – Saúde Campinas.
Importância do monitoramento
Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben destaca que a maior parcela dos pacientes com dengue evolui para manejo de baixa complexidade, que envolve a hidratação adequada, prescita de acordo com o peso, a administração de remédios para diminuir a dor do corpo e a febre.
“Porém, esse paciente pode, no curso da doença, ter algum agravamento e os agravamentos ocorrem por dois motivos, ou porque ele não ingeriu a quantidade de líquido adequado ou porque ele teve um agravamento mesmo e começou a ter alguns sinais que a gente chama de alarme, como vômitos persistentes, sangramento, sensação de desmaio ou desmaio”, explica Andrea.
A diretora do Devisa destaca a importância do telemonitoramento para atender aos pacientes que precisam desses cuidados mais intensos, com a necessidade de internação, por exemplo.
“A gente monitora para fazer uma boa orientação. A grande maioria dos pacientes nesse monitoramento vai ficar bem, vai deixar de ter febre e ficar bem, mas alguns podem precisar de hidratação venosa. Por isso, a gente perguntar todo dia para o paciente até que passe a fase crítica. É um grande instrumento que pode significar muito em diminuir gravidade e diminuir, inclusive, o risco de morte”, defende.
🔻Orientações à população
Como saber se você está com dengue e se é grave
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
🏥 A orientação da Secretaria de Saúde para pacientes com sintomas da dengue é a busca pelos centros de saúde. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da pasta.
Veja algumas das medidas de prevenção:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
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Rogério Capela/Divulgação
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