16 de novembro de 2024

Denúncia sobre alunas que tiveram bocas tapadas com fita adesiva por ‘falarem demais’ em escola é investigada pelo MPSC

Boletim de ocorrência foi registrado, e Polícia Civil pediu informações à unidade. Secretaria de Estado da Educação informou que a profissional será afastada. Pai relata que filha teve boca tapada com fita adesiva por falar demais em escola de SC
Redes sociais/ Reprodução
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que investiga a denúncia de que duas alunas, de 6 e 7 anos, tiveram as bocas tapadas com fita adesiva por uma professora auxiliar por “falarem demais”. O caso ocorreu em uma escola estadual de Biguaçu, na Grande Florianópolis.
Segundo o órgão, a ocorrência é apurada, em procedimento próprio, pela 4ª Promotoria de Justiça da cidade. O processo corre em sigilo. A Secretaria de Estado da Educação (SED) informou que a profissional será afastada (veja mais abaixo).
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Em uma rede social, Mario Junior, pai de uma delas, disse que as crianças passaram uma aula inteira com a fita na boca na segunda-feira (19) (veja o relato acima). Elas são primas.
“[A professora] se sentiu no direito de colocar uma fita (isso mesmo) na boca dela e de uma outra criança, alegando que ela também não parava de falar e deixou ambas uma aula inteira com a fita na boca”, escreveu o pai.
Um boletim de ocorrência foi registrado por uma das mães, e a Polícia Civil informou, na quarta-feira (21), que pediu informações à unidade, de forma preliminar.
O g1 voltou a entrar em contato com a polícia nesta quinta-feira (22), mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
O caso
Segundo Maria Vitória Cunha, mãe de uma das meninas, a professora alegou que “fez a brincadeira do silêncio” quando questionada.
Ela relatou que soube do caso por uma vizinha, que também tem uma filha na escola. Em seguida disse que se encontrou com a equipe da escola.
“Depois que a menina contou pra gente, a gente foi perguntar para ela [a filha], e ela confirmou. A outra menina [a prima] também confirmou. Realmente foi o que aconteceu. E outros colegas da sala tiveram a mesma fala”, comentou.
Ao g1, a SED informou que o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) vai atender as estudantes.
Liliane Cristina Pedro, mãe da outra criança, registrou um boletim de ocorrência relatando que a filha “sofreu uma agressão” na unidade.
“Botaram uma fita adesiva no colégio por falarem demais. Elas são primas e são muito unidas, sempre estão brincando juntas”, afirma.
Professora é afastada após crianças terem boca tapada com fita
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