19 de outubro de 2024

Depois da execução do chefe do Hamas, grupo terrorista volta a ameaçar Israel

Teste de DNA confirmou a identidade de Yahya Sinwar, conhecido como o ‘açougueiro de Khan Younis’. Hamas volta a ameaçar Israel depois de morte de chefe do grupo
A execução do chefe do Hamas voltou a ser assunto de líderes mundiais nesta sexta-feira (18). Mais uma vez, houve conclamações por um cessar-fogo e pela libertação das pessoas que o grupo terrorista sequestrou. O Hamas fez novas ameaças a Israel.
As Forças de Israel divulgaram nesta sexta-feira (18) mais detalhes sobre a operação que terminou com a morte do chefe do Hamas, Yahya Sinwar. Na quarta-feira (17), soldados israelenses realizavam buscas em Rafah. Eles trocaram tiros com três terroristas do Hamas. Um deles se escondeu em um prédio e voltou a atirar. Os israelenses, então, usaram um drone para investigar o prédio e viram um homem ferido em uma cadeira, com o rosto coberto. Era o chefe do Hamas. Ele ainda jogou um pedaço de madeira para tentar atingir o drone.
Israel divulgou nesta sexta-feira (18) um vídeo do momento em que um tanque dispara contra o prédio. Os soldados colheram uma amostra de DNA, e a confirmação da identidade dele veio na manhã de quinta-feira (17). A necrópsia mostrou vários ferimentos, incluindo um tiro na cabeça. O corpo dele está sendo mantido em lugar sigiloso em Israel.
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Em Khan Younis, na Faixa de Gaza, palestinos fizeram um funeral simbólico para Sinwar.
O Hamas confirmou nesta sexta-feira (18) a morte do chefe do grupo. O vice-chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, disse que o grupo continuará a lutar contra Israel e afirmou que os reféns não voltarão para casa até que a guerra termine, os militares israelenses se retirem da Faixa de Gaza e que os militantes presos em Israel sejam soltos.
O Hamas ainda não anunciou o sucessor de Sinwar. Um dos possíveis nomes seria o de seu irmão, Mohammed. Em imagens de dezembro de 2023, ele aparece à direita dentro de um carro que anda em um dos túneis escavados pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Depois da execução do chefe do Hamas, grupo terrorista volta a ameaçar Israel
Jornal Nacional/ Reprodução
No Ocidente, sem o chefe conhecido como “açougueiro de Khan Younis”, líderes mundiais veem uma esperança de acordo. Quatro deles se encontraram nesta sexta-feira (18) na Alemanha. O anfitrião, primeiro-ministro Olaf Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Todos concordaram que a morte de Sinwar representa um ponto de virada, com a possibilidade de um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns. Starmer e Macron defenderam a solução de dois Estados – um israelense e outro palestino – como a única maneira de proporcionar paz e segurança a longo prazo.
O presidente americano lembrou também da oportunidade de trabalhar por um cessar-fogo entre Israel e o grupo libanês Hezbollah. Mas no Líbano, o Hezbollah avisou que, depois da morte de Sinwar, a guerra entra em uma nova e agravada escalada.
Um comentário significativo veio do primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, que pediu ao Irã que não interfira mais nas questões do país. Além do Hamas, o Irã apoia e financia também o grupo Hezbollah.
Nesta sexta-feira (18), a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, esteve no Líbano. Ela é a primeira líder ocidental a chegar ao território libanês depois do agravamento da guerra. No encontro com o premier libanês, Giorgia Meloni ouviu dele uma declaração de distância em relação aos extremistas do Hezbollah.
Meloni visitou também os soldados italianos das forças de paz da ONU no Líbano, que voltaram a se queixar de ataques pelas tropas de Israel. A premier da Itália anunciou que quer conversar agora com o chefe do governo israelense, Benjamin Netanyahu – um aliado com quem vive um período de forte tensão diplomática.
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