17 de janeiro de 2025

Descendente de Santos Dumont visita casa do Pai da Aviação, em Petrópolis, e relembra feito do inventor


Alberto Dodsworth Wanderley é sobrinho-bisneto de Santos-Dumont e filho do brigadeiro Nelson Freire Lavenère-Wanderley. Visita ocorreu nesta quinta-feira (15). Na foto, da esquerda para a direita, Terrence McCoy (jornalista do The Washington Post, que acompanhou a visita), o secretário de Cultura de Petrópolis, Adenilson Honorato, e Alberto Dodsworth Wanderley, sobrinho-bisneto de Santos Dumont
Divulgação Prefeitura de Petrópolis
A “Encantada”, museu que já foi a casa de verão do pai da aviação, recebeu a visita do sobrinho-bisneto de Santos Dumont nesta quinta-feira (15) em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Alberto Dodsworth Wanderley foi recebido no imóvel, que fica na Rua do Encanto, pelo secretário de Cultura de Petrópolis, Adalberto Honorato. Na ocasião, ele lembrou da polêmica que envolve o pioneirismo sobre o primeiro avião.
O Museu Casa Santos Dumont, em Petrópolis
Prefeitura de Petrópolis/Divulgação
“Os irmãos Wright estavam atrás de uma patente. Não é julgamento, é um direito de quem quer inventar algo e ter a propriedade sobre aquilo. Santos Dumont não estava preocupado com patente. Essa nave (14 Bis) foi publicada todo o esquema de construção dela em uma revista norte-americana. Para quem quisesse construir, o fizesse”, lembra o descendente: “O enfoque de Santos Dumont era a conquista sobre o ar”.
Monumento do 14 Bis em Petrópolis, no RJ
Isabel Bull
Independentemente da polêmica, Alberto ressalta que pertence a Santos Dumont o feito pioneiro de transformar o 14 Bis no primeiro avião mais pesado que o ar, elevado com os próprios meios, a percorrer determinada distância e pousar.
“Essa, na época, era a prova para quem inventou o prêmio e que julgou, que era a definitiva para que o homem voasse. Santos Dumont foi reconhecido como inventor do avião e isso está publicado nos jornais da época”, esclarece Alberto.
Alberto pôde revisitar as memórias do inventor, que além do avião, é pai de outras criações como o relógio de pulso, dirigíveis com motor à gasolina e chuveiro de água quente, por exemplo.
“A Casa de Santos Dumont e toda a memória desse grande personagem da nossa história, é patrimônio da nossa cidade de Petrópolis, nosso Brasil, uma atração muito procurada por turistas do mundo todo. Hoje foi especial a visita do Alberto, que tem o mesmo nome de Alberto Santos Dumont, que nos proporcionou esse momento de discutir essas histórias envolvendo o pai da aviação e de aprender muito mais sobre ele”, ressalta o secretário de Cultura de Petrópolis.
Museu reformado
Recentemente, o Museu Casa de Santos Dumont foi totalmente reformado pela Prefeitura de Petrópolis, com o objetivo de garantir acessibilidade e conforto aos visitantes.
As obras contemplaram a fachada, incluindo o telhado, e a parte interna da Casa de Santos Dumont, além do Centro Cultural 14-Bis.
Todo o projeto foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O acervo do museu também ganhou peças novas, como a bandeira original que Santos Dumont hasteava, mobiliário, quadro com a família, carta com o pedido da terra para a construção da casa, entre outros. A carta foi doada pela Companhia Imobiliária de Petrópolis e é uma contribuição importante para o acervo.
A Encantada foi construída em 1918, projetada pelo próprio Santos Dumont. Após sua morte, em 23 de julho de 1932, a família doou a casa para a Prefeitura de Petrópolis para que fosse transformada em museu, em 1956, e assim guardasse para sempre as memórias do Pai da Aviação.
Visitação
Cerca de 10 mil pessoas visitam o local todos os meses. As escadas da casa chamam a atenção, na entrada e no interior do imóvel. Elas foram construídas com degraus em forma de raquete. Para subir, é preciso usar, primeiro, o pé direito.
A visitação do Museu Casa de Santos Dumont acontece de quarta a segunda-feira, das 10h às 17h, na Rua do Encanto, 22, no Centro.

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