7 de novembro de 2024

Dez dicas para aumentar a segurança financeira das mulheres


Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos, o maior medo apontado por elas é viver além das suas reservas Educação financeira pode garantir relação responsável com dinheiro
No seminário anual promovido pelo Instituto das Mulheres para uma Aposentadoria Segura (Women’s Institute for a Secure Retirement, conhecido como WISER), que acompanhei on-line, ficou claro não somente que a educação financeira é crucial para administrar bem o orçamento, evitar erros e tomar as melhores decisões, mas também que a desigualdade de gênero é um obstáculo para atingir esse objetivo. Mesmo nos EUA, 49% das mulheres entre os 18 e 64 anos (um contingente de cerca de 27 milhões) não têm acesso a um plano de previdência privado de seus empregadores.
Mulheres fazendo artesanato: insegurança financeira acompanha a maior parte da população feminina
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=57373177
“Quando ajustamos a lente para minorias, 64% das hispânicas e 53% das negras estão nessa situação”, afirmou Catherine Collinson, CEO da Transamerica Institute, que realizou pesquisa com 57 mil trabalhadores. “Não podemos perder de vista que é a mulher que deixa o emprego para cuidar de filhos e pais idosos. Além de viver mais, elas não conseguem poupar tanto quanto os homens”, completou.
O levantamento mostra que as mulheres avaliam sua situação financeira com ansiedade: apenas 16% se dizem confiantes de que conseguirão se aposentar e manter um padrão de vida confortável e 39% estimam que só deixarão de trabalhar depois dos 70 anos, ou nem consideram mais essa hipótese. Outro motivo de angústia é a perspectiva de se tornar uma cuidadora – uma tendência em ascensão, por causa do envelhecimento da população.
O maior medo apontado no trabalho: viver além das suas reservas financeiras é uma preocupação de 44% das mulheres e de 38% dos homens. Na sequência, vêm o temor de que o sistema de previdência seja reduzido ou deixe de existir no futuro; problemas de saúde que demandem cuidados de longo prazo; não ter condições de atender às necessidades básicas da família; custo da moradia; declínio cognitivo; e demência.
Sugestões da equipe da WISER:
Criar um orçamento detalhado que inclua as receitas esperadas, despesas fixas e variáveis, potencial impacto da inflação e objetivos financeiros, como criar uma reserva para emergências e poupar para a aposentadoria.
Nos EUA é mais comum do que aqui, mas fique de olho em empregos que ofereçam planos privados de aposentadoria, que certamente alavancarão suas economias a longo prazo.
Poupe, mesmo que pouco. O tempo funciona a favor de quem começa cedo, ainda que seja um valor modesto. Não deixe para economizar o que sobrar no fim do mês (porque, para a maioria das pessoas, nunca sobra). Separe uma parte antes.
Evite empréstimos e retiradas da poupança.
Previna-se contra golpes, ficando atenta a mensagens suspeitas, que só aumentarão com a utilização da inteligência artificial.
Se tiver que lidar com o desafio de se tornar uma cuidadora, busque opções de trabalho que permitam uma jornada menor.
Mantenha-se atualizada profissionalmente para garantir sua empregabilidade pelo maior tempo possível. Alimente sua rede de contatos.
Aprenda pelo menos o básico sobre finanças. Discuta o assunto com amigos e familiares, com seu parceiro ou parceira.
Crie um plano de emergência para eventos inesperados, como divórcio, viuvez ou ter que sair do mercado de trabalho precocemente.
Cuide da saúde física e mental.Tenha uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade, exercite-se, tente administrar o estresse e se submeta regularmente a exames de rotina.

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