26 de dezembro de 2024

Dia da Mulher: conheça as histórias de sete cearenses que se destacam em suas áreas

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o g1 listou algumas cearenses que fazem trabalhos transformadores na vida (e nas redes sociais). Sete mulheres cearenses para você conhecer e apoiar o trabalho
Na música, na política, na literatura, nas artes visuais: as mulheres cearenses estão em diversos espaços.
Celebrado neste 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é marcado por homenagens, reflexões, desabafos e o compromisso de pensar diariamente: ‘como podemos transformar este mundo em um espaço melhor e mais seguro para elas?’.
O g1 reuniu sete mulheres cearenses inspiradoras para você conhecer e apoiar o trabalho. Confira!
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Conheça sete mulheres cearenses para você acompanhar o trabalho.
Reprodução
Socorro Acioli
Socorro Acioli em sua casa. Ela aprendeu com Gabriel García Márquez a planejar as histórias
Jarbas Oliveira/ÉPOCA
Escritora cearense, é autora de sucessos como ‘A cabeça do santo’, ‘Oração para desaparecer’, entre outros. Perdeu o pai cedo, e teve pouco contato com a mãe. Cresceu com a força da figura de uma das avós.
O primeiro personagem da escritora veio ao mundo quando ela tinha sete anos, era um pipoqueiro. Nessa época, já gostava de escrever, mas ao longo da formação encarou desafios para se dedicar à literatura.
Além de escritora, é também professora e premiada. Socorro levou o Jabuti 2013 na categoria infantil, o prêmio de literatura mais importante do Brasil, com o livro ‘Ela tem olhos de Céu’.
Confira a entrevista completa de Socorro Acioli para o Fantástico em 2023:
‘Mulheres Fantásticas’: as histórias de Chiquinha Gonzaga e Socorro Acioli
Izabel Accioly
Conheça Izabel Accioly, mulher cearense antropóloga e consultora de diversidade.
A mestra em Antropologia Izabel Accioly fala sobre antirracismo, branquitude e outros assuntos em palestras, sala de aula, cursos, e leva também o trabalho para as redes sociais.
Mulher negra, ela tem desmistificado a ideia do que é ser uma pessoa negra no Brasil, em especial no Ceará. Tem mais de 60 mil seguidores no Instagram.
Organiza encontros de mulheres negras cearenses. Izabel é mestra em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Relações de Poder, Conflitos e Socialidades da USP/UFScar.
Para tornar este mundo mais seguro para as mulheres, a especialista disse que é preciso garantir o direito ao bem viver, à educação, trabalho, salário digno e, principalmente, ter os corpos respeitados.
“Precisamos reconhecer nossas diferenças não para nos separar, mas para garantir que todas nós vamos ter dignidade”
É @afroantropologa nas redes sociais!
Conheça o trabalho de Izabel Accioly, cearense antropóloga.
Arquivo pessoal
Alexia Ferreira
Conheça Alexia Ferreira, artista visual cearense.
Alexia Ferreira cresceu no Bairro Barroso, em Fortaleza. É dona da página ‘Colagem Negra’ no instagram, onde publica suas artes. Como o nome do projeto entrega, Alexia se dedica às colagens para expressar sua visão de mundo sobre si mesma e sobre o mundo.
É artista visual que também explora outros recursos, como a fotografia e lambe-lambe. Até o dia 10 de março, expõe na CAIXA Cultural Fortaleza com “Carolinas”, exposição que faz homenagem à Carolina Maria de Jesus, escritora negra.
Em suas obras, discute raça, gênero e a representação de pessoas negras em meios midiáticos. Alexia fala também sobre afeto, música, expressões culturais do Ceará, entre outros.
Ao g1, disse que a comunicação é uma base importante para a equidade de gênero:
“Quando a gente fala e é escutado pelo outro, significa que a gente está em um lugar seguro. Estar segura é quando a gente pode falar, quando pode comunicar, quando a gente pode ser livre”
É @colagemnegra nas redes sociais.
Alexia Ferreira é natural de Fortaleza. Conheça!
Arquivo pessoal
Ellen Lima
Conheça Ellen Lima, cearense com deficiência que fala sobre autocuidado nas redes sociais.
Ruthiellen Pereira de Lima ganhou o público ao lado da irmã, Ruth, após narrarem a rotina como gêmeas siamesas que se separaram ainda crianças.
O g1 chegou a fazer uma série de reportagens contando a histórias das duas.
Ellen, conhecida como a influencer da dupla, já tem mais de 190 mil seguidores nas redes sociais. Ela costuma falar sobre superação, autocuidado e detalhes do seu dia a dia vivendo como uma mulher com deficiência.
Mas ela não é só isso: foi Ellen quem teve a iniciativa de contar a história das duas na internet. A dupla nasceu ligada pelo abdome, mas foram separadas ainda pequenas, com um ano de idade.
Ellen quer viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas e lugares, dar palestras sobre a rotina das irmãs. É casada e também desmistifica alguns preconceitos que sofre.
Hoje tem 22 anos e trabalha em casa fazendo lives e como influencer digital. De acordo com Ellen, respeito é um pilar essencial para garantir a segurança de mulheres no Ceará e restante do Brasil.
“Seria muito melhor se nós não tivéssemos medo de andar no meio da rua sozinha e ser assediada. É muito difícil ser respeitada. Respeito e segurança para nós mulheres seria muito bom”.
É @eellensol nas redes sociais!
Ellen fala sobre superação, autocuidado e autoimagem de forma positiva.
Arquivo pessoal
Ana Miranda
A cearense Ana Miranda é um nome de destaque na literatura brasileira.
BBC
Escritora nascida em Fortaleza, Ana Miranda se aproximou da literatura ainda criança. Escrevia poesias, cadernos de sonhos, diários ficcionais, e desenhava’, conforme biografia do seu site oficial.
No Rio de Janeiro, cursou o Centro de Artes de Ivan Serpa e Bruno Tausz, e a Escola de Artes Visuais.
O primeiro romance publicado, “Boca do Inferno”, teve repercussão positiva em todo o Brasil e também no exterior. “O livro foi saudado como o iniciador do novo romance histórico brasileiro.”
Ana também escreve artigos para jornais ou revistas, além de atuar na preparação de originais, pesquisa e organização de publicações.
Fernanda Estanislau
Conheça Fernanda, advogada cearense especialista em direitos raciais.
Fernanda Estanislau é advogada, mestra e pesquisadora. É autora do livro “Direito Antirracista” e também usa as redes sociais para conversar com o público sobre o tema.
Hoje, atua como assessora Técnica na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), é coordenadora de Igualdade Racial da Academia Cearense de Direito (ACED), mestra em Direito Constitucional com foco em Direito e Relações Raciais pela Universidade Federal do Ceará (UFC), pós-graduanda em Gestão e Governança Pública e mais.
Nas horas vagas, se dedica às aulas de dança – atividade que descobriu como paixão. É também palestrante e está ministrando o curso “Atuando em crimes de racismo”.
“Para que a gente consiga entender a pluralidade, multiplicidade e a força que nós temos enquanto mulheres. Que nós possamos entender a valorizar as nossas diferenças”.
Está nas redes sociais como @feestanislau.
Conheça também o trabalho de Fernanda, advogada cearense.
Arquivo pessoal
Carú Lina
Conheça Carú Lina, cantora, composita e MC cearense.
Cria da Comunidade do Dendê, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, Carú iniciou na carreira musical com 10 anos de idade. Passou por grupos de forró, samba e música popular brasileira (MPB).
Aos 15, conheceu o movimento Hip Hop, e já se apresentou com nomes como Criolo, Racionais e Emicida. Já atuou também como arte educadora e em 2016 lançou o single Mais Valia na Suécia e o EP Multicultural em Pernambuco.
O trabalho mais recente se chama Música Periférica Brasileira. O projeto trabalha urbanidades e regionalidades da música brasileira oriundas da periferia.
Está nas redes como @carulinampb!
Carú é cantora, compositora e MC cearense.
Divulgação
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