Estudantes coletam óleo usado nas residências e levam para o laboratório do colégio, onde fazem a filtragem para confecção dos produtos e devolvem o material para os endereços de onde fizeram a coleta. Os alunos confeccionam velas aromáticas com óleo de cozinha usado em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal
Inspirados na famosa frase do personagem da PIXAR Buzz Lightyear, alunos de uma escola particular de Itapetininga (SP) desenvolvem um projeto sustentável chamado de “Ao Infinito e Além”, que filtra óleo usado e transforma em velas aromáticas e produtos de limpeza.
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Garrafas PET que normalmente são descartadas no lixo, são usadas como “garrafas coletoras” pelos estudantes, que visitam diversos endereços pelo município para recolher o óleo que já foi usado para desenvolver o projeto.
Os alunos batem em portas pelo município e coletam óleo de cozinha usado em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal
Ao g1, o professor Valter Júnior, explicou que durante as visitas, ele e os estudantes compartilham informações importantes com a população sobre o descarte adequado do óleo de cozinha e os impactos prejudiciais que o descarte irresponsável pode causar ao meio ambiente. Em seguida, o grupo também demonstra como utilizar as garrafas PET para realizar o descarte correto.
O processo de filtração do óleo é realizado no laboratório da escola, primeiramente com a decantação, que separa o que é sólido do que é líquido e em seguida, o material passa pelos filtros disponibilizados pela instituição.
“Fazemos a coleta de óleo usado nas residências de Itapetininga com garrafas coletoras, levamos para o laboratório do colégio, fazemos a filtragem e transformamos em velas e produtos de limpeza, depois disso, devolvemos esses produtos à população”, explica Valter.
Velas, detergentes e sabão são produzidos pelos participantes do projeto da escola de Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal
Após a produção das velas aromáticas, detergentes, sabão líquido ou sabão de pedra, os estudantes são orientados a retornar para os endereços de onde coletaram o óleo, para retornar o material, porém, com produtos transformados. Os itens que sobram são distribuímos para outros moradores.
Todas as etapas deste projeto, desde a coleta, a filtragem e distribuição é conduzido pelos alunos do ensino médio, sob a orientação do professor Valter Júnior.
“Foi uma experiencia muito legal, a gente saiu um pouco da nossa realidade, fomos para aérea sustentável e ambiental, para tentar fazer a diferença, mesmo que pequena, para o mundo”, relata Letícia Valho, aluna participante do projeto.
A aluna Letícia Valho, de Itapetininga (SP), participou do projeto “Ao Infinito e Além”
Arquivo pesoal
O professor ainda salienta que o projeto é de extrema importância para ressignificar um material que normalmente é descartado, além de conscientizar a população e a atual geração.
“Um item que seria descartado pode ser reutilizado de maneira significativa e sustentável, este ciclo de transformação completa é conduzido com cuidado e dedicação, visando não apenas a conscientização ambiental, mas também ações práticas para minimizar o impacto negativo no meio ambiente”, finaliza Valter.
O óleo recolhido na comunidade é transformado no laboratório da escola em produtos de limpeza.
Divulgação
Selo de Escolas pelo Clima
Estes projetos educacionais e sustentáveis renderam à escola particular do município o recebimento de um selo de Escolas pelo Clima, em junho.
O selo é disponibilizado por uma comunidade exclusiva de escolas que tem a questão climática como pauta nas suas ações.
*Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
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