19 de outubro de 2024

Dia do Piauí: Clóvis Moura, Dirceu Arcoverde, Evangelina Rosa… Saiba quem dá nome às ruas, bairros, hospitais e universidades do estado

No Dia do Piauí, comemorado neste sábado (19), o g1 separou os nomes e elencou os feitos de figuras que moldaram a história do nosso estado. Imagem aérea do Centro de Teresina, Piauí, em 16 de agosto de 2021
Magno Bonfim/ TV Clube
Você já parou para pensar quem foram as pessoas que dão nome às principais ruas, avenidas, bairros e até hospitais e universidades do nosso estado? No Dia do Piauí, comemorado neste sábado (19), o g1 separou alguns destes nomes e elencou os feitos de figuras que moldaram a história piauiense.
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Nesta reportagem, você vai conhecer as histórias de:
Clóvis Moura;
Dirceu Arcoverde;
Frei Serafim;
Miguel Rosa;
Lindolfo Monteiro;
Areolino de Abreu;
Petrônio Portella;
Evangelina Rosa;
Clóvis Moura
O jornalista, sociólogo, historiador e escritor Clóvis Moura nasceu em 10 de julho de 1925, em Amarante, a 161 km de Teresina. Ele dá nome ao campus da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) no bairro Itararé, na Zona Sudeste de Teresina.
Sua obra mais conhecida, Rebeliões da Senzala, publicada em 1959, desafiou a ideia de que os negros teriam aceitado serem escravizados de forma pacífica, sem resistir.
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Em Sociologia do Negro Brasileiro, de 1988, o escritor também argumentou que a exclusão social da população negra persistiu após a abolição da escravidão.
Clóvis faleceu em 23 de dezembro de 2003, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Ele é um dos autores mais importantes nos estudos sobre a escravidão e a resistência dos negros no Brasil.
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Dirceu Arcoverde
O médico e político Dirceu Arcoverde nasceu em 7 de setembro de 1925, em Amarante. Ele dá nome a dois bairros de Teresina, um de Parnaíba, ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em Parnaíba e à cidade de Dirceu Arcoverde, a 570 km da capital.
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ocupou o cargo de secretário de Saúde do Piauí durante o primeiro governo de Alberto Silva (1971-1975).
Por indicação do ex-governador Petrônio Portella, foi eleito indiretamente governador do Piauí em 1974, sob a gestão do presidente Ernesto Geisel, durante a ditadura militar. Ele permaneceu no governo até 1978, quando renunciou para concorrer ao Senado.
Dirceu chegou a assumir o mandato de senador, mas faleceu dois meses depois, em 16 de março de 1979, em Brasília, dias após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
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Frei Serafim
O missionário capuchinho Frei Serafim de Catânia nasceu em 1811, na Itália, e chegou a Teresina em 10 de maio de 1874, com 63 anos. Ele dá nome à avenida que circunda a Igreja São Benedito, fundada por ele, no Centro da capital.
O frade foi enviado para reconstruir a Igreja Nossa Senhora das Dores, mas a função ficou a cargo do Barão de Gurguéia. Em uma época que o estado era castigado pela seca e varíola, Frei Serafim coordenou comissões do governo para fornecer alimentos, roupas, alojamentos e remédios à população mais vulnerável.
Sua maior contribuição ao Piauí, no entanto, foi a construção da Igreja São Benedito. O frade teve a ideia de construir um tempo religioso no local conhecido como Alto da Jurubeba, onde pessoas pobres e negras veneravam um santo também negro – justamente São Benedito.
Após 12 anos de construção, a igreja foi finalizada em 1886, mesmo ano que Frei Serafim retornou para a Itália.
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Miguel Rosa
O juiz, professor e jornalista Miguel Rosa nasceu em 15 de dezembro de 1876, em Teresina. Ele dá nome a uma avenida da capital.
Graduado na Faculdade de Direito do Recife, exerceu a função de juiz distrital em Jurema, União, Teresina e Floriano. Também deu aulas de História do Brasil no Liceu Piauiense e foi o primeiro diretor da Escola Normal do Piauí.
Nas eleições estaduais de 1912, recebeu o apoio do então governador Antonino Freire e venceu a disputa pelo governo. Seu mandato foi marcado pelo início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, e por uma grave seca no ano seguinte. Ele deixou a gestão estadual em 1916.
Miguel foi nomeado procurador regional da República no Piauí em 1924 e, cinco anos depois, faleceu na capital, em 9 de junho de 1929.
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Lindolfo Monteiro
O médico e político Lindolfo Monteiro nasceu em 31 de janeiro de 1896, em Teresina. Ele dá nome ao estádio municipal no Centro da capital, fundado em 1944.
Graduado na Faculdade de Medicina de Bahia, foi nomeado prefeito de Teresina em 1936 pelo interventor federal Leônidas de Castro Mello, que supervisionava o Piauí na época do Estado Novo, regime ditatorial comandado pelo presidente Getúlio Vargas.
Após a deposição de Getúlio, o novo interventor federal, coronel Antônio Leôncio Pereira, destituiu Lindolfo do cargo de prefeito em 1945.
Lindolfo faleceu em 1974, também em Teresina. O estádio batizado com seu nome recebe jogos de clubes de futebol da cidade, como River-PI, Flamengo-PI, Piauí e Fluminense-PI.
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Areolino de Abreu
O médico psiquiatra, político, jornalista e escritor Areolino de Abreu nasceu em 8 de agosto de 1865, em Teresina. Ele dá nome ao hospital psiquiátrico na Zona Norte da capital.
Graduado na Faculdade de Medicina de Bahia, governou o Piauí entre 1907 e 1908. Foi o primeiro presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), criado em 1893.
Como intelectual, ocupou a cadeira nº 5 da Academia Piauiense de Letras (APL), da qual se tornou patrono.
Areolino faleceu em 31 de maio de 1908, em União, a 65 km de Teresina. No ano anterior, em 1907, ele fundou uma casa de acolhimento a pessoas com transtornos mentais, que se transformou em um hospital e recebeu seu nome em 1961.
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Petrônio Portella
O advogado e político Petrônio Portella nasceu em 12 de outubro de 1925, em Valença do Piauí, a 214 km de Teresina. Ele dá nome ao campus da UFPI na capital. Foi uma figura importante de projeção nacional da segunda metade do século XX.
Petrônio se formou pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (RJ). Ainda no Rio de Janeiro, entrou para o partido União Democrática Nacional (UDN). Ele era o sexto irmão de 12 filhos.
Seu pai, Eustáquio Portella Nunes, foi prefeito de Valença do Piauí por dois mandatos. Um de seus irmãos mais velhos, o médico Lucídio Portella Nunes, foi governador do Piauí de 1979 a 1983. O Terminal Rodoviário de Teresina é oficialmente “Terminal Rodoviário Governador Lucídio Portela” e uma escola da rede estadual de ensino localizada na referida cidade também leva o seu nome.
Voltando a trajetória política de Petrônio, ele foi deputado estadual, de 1954 a 1958, Prefeito de Teresina em 1959 a 1963, Governador do Piauí de 1963 a 1966, Senador em 1966 e Ministro da Justiça um ano antes da sua morte, em 1980.
Durante sua gestão como Governador do Piauí ele criou o Banco do Estado do Piauí, as Centrais Elétricas do Piauí (Cepisa) e a Companhia de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa). Promoveu ainda os estudos que posteriormente dariam origem à Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Ele foi casado com Iracema Almendra Freitas, com quem teve três filhos. Faleceu no dia 6 de janeiro de 1980, em Brasília.
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Evangelina Rosa
Evangelina Rosa da Silva nasceu em Amarante, a 151 km de Teresina. Ela dá nome a principal maternidade do Piauí.
Ela foi estudar num colégio interno de freiras alemãs e lá aprendeu francês, falava alemão, e estudou piano clássico. Em uma de suas apresentações conheceu seu futuro marido João Tavares de Carvalho e Silva, com quem teve 11 filhos.
Seu filho mais novo era Alberto Tavares Silva, futuro governador do Piauí e um dos principais políticos do Brasil no estado.
Ela faleceu em 1949. Foi no governo do seu filho que a Maternidade Dona Evangelina Rosa foi idealizada e construída, sendo inaugurada em 1974.
O primeiro prédio onde a unidade funcionou foi fechado quase 50 anos depois, em 1º de dezembro de 2023, e o funcionamento foi transferido para a nova sede, na Zona Leste de Teresina.
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