1 de outubro de 2024

Diagnóstico precoce de câncer infantojuvenil pode aumentar chances de sucesso no tratamento

Esse tipo de câncer tem origem genética. A campanha Setembro Dourado vem para alertar sobre o câncer infantojuvenil, segunda maior causa de óbitos em crianças e adolescentes no Brasil, e a primeira considerando apenas mortes por doenças. Essa modalidade de câncer, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), pode afetar quase 7.930 mil crianças e adolescentes por ano em todo o país, considerando o triênio 2023-2025.
De acordo com o Ministério da Saúde, os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Ainda de acordo com o órgão, o diagnóstico tardio e a precariedade de dados são alguns dos principais desafios em relação à doença.
Por ser, em sua maioria, de natureza embrionária, ou seja, por se tratar de uma alteração no código genético da criança, esse tipo de câncer pode ser melhor tratado quando descoberto precocemente, o que reforça a importância da conscientização dos familiares e da busca por acompanhamento médico, como aponta a oncopediatra Elisiane Tosta (CRM/PI 9623 RQE 4819), do Grupo Med Imagem.
“A grande maioria dos casos é decorrente de uma predisposição genética da própria criança. Por isso, é muito importante o trabalho de conscientização dos familiares, educadores, cuidadores e profissionais de saúde para que saibam reconhecer e encaminhar o mais rápido ao especialista. Assim, temos maiores chances de cura e menores custos e sequelas sociais e econômicas”, destacou a especialista.
Elisiane aponta que muitos dos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil se assemelham aos de outras doenças. Dentre os sinais de alerta destacados pela profissional estão os listados abaixo:
• Febre por mais de sete dias sem causa aparente;
• Dor óssea, com aumento progressivo e duração por mais de um mês;
• Petéquias, equimose (manchas arroxeadas na pele) e palidez;
• Leucocoria (reflexo branco na pupila do olho quando exposta à luz), estrabismo e protusão ocular (olho saltado);
• Distúrbios visuais, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação;
• Linfonodos aumentados (gânglios aumentados);
• Dor de cabeça persistente e progressiva, primariamente noturna, que acorda a criança ou aparece quando ela se levanta de manhã, acompanhada de vômito ou de sinais neurológicos.
• Perda de peso sem motivo aparente.
“A partir do momento que os pais ou cuidadores identificam esses sintomas, eles devem levar a criança ou adolescente para a avaliação clínica de um pediatra e, se necessário, o médico encaminhará o paciente para um especialista. O importante é não negligenciar os sintomas e procurar orientação médica o mais rápido possível”, concluiu a oncopediatra.

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