24 de setembro de 2024

Do caçula à tataravó: família reúne quase 100 anos de história ao juntar seis gerações em vídeo

Em vídeo que viralizou na internet, idosa de 98 anos conheceu o tataraneto de 8 meses. Médico geriatra destaca a tendência de envelhecimento da população brasileira e o desafio de se envelhecer com qualidade. Vídeo registra encontro de seis gerações da mesma família
A família Miyazaki, de Londrina, no norte do Paraná, conseguiu reunir seis gerações de uma vez só. Foi a oportunidade em que Tieko Sakamoto, de 98 anos, conheceu o tataraneto, Mateo, de 8 meses. Assista ao vídeo acima.
O encontro ocorreu em março deste ano, em Curitiba, onde Tieko mora. A bisneta dela, Débora Miyazaki Garcia, que é a avó do Mateo, fez um vídeo de todos juntos e postou nas redes sociais.
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A gravação viralizou e passou de 1,5 milhão de visualizações. Débora afirmou que não esperava tanto sucesso.
“Quando a minha nora engravidou, a gente pensou: ‘Nossa, seis gerações!’. A gente viu a importância de gravar pra, em um futuro, o Mateo ver todas as gerações juntas. É algo bem raro, que poucas famílias têm a oportunidade de fazer.
Depois que postei o vídeo, recebi muitas mensagens de pessoas emocionadas, que se sentiram felizes de ter visto este encontro. A gente realmente não esperava essa repercussão”.
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Tataravó, trisavó, bisavô… Quem é quem na família
No início do vídeo, o Mateo aparece e a narração indica que os espectadores vão conhecer as gerações antes dele. Na sequência, cada membro da família Miyazaki diz o nome e o grau de parentesco com o bebê. Veja quem é quem:
Pedro Henrique Miyazaki Garcia, pai do Mateo
Débora Miyazaki Garcia, mãe do Pedro e avó do Mateo
Kenji Miyazaki, pai da Débora, avô do Pedro e bisavô do Mateo
Taiko Miyazaki, mãe do Kenji, avó da Débora, bisavó do Pedro e trisavó do Mateo
Tieko Sakamoto, mãe de Taiko, avó do Kenji, bisavó da Débora, trisavó do Pedro e tataravó do Mateo
Vídeo de encontro de seis gerações da mesma família de Londrina (PR) fez sucesso na internet
Reprodução/Débora Miyazaki Garcia
Kenji Miyazaki, de 81 anos, falou que é gratificante poder pegar o bisneto nos braços.
“Ele é muito ativo, uma criança linda. Para nós, é uma felicidade enorme. E poder ter esse contato com ele, e ainda mais permitir o contato do Mateo com a tataravó dele. Não tem nada que pague essa satisfação”.
Família conta como surgiu a ideia de fazer o video do encontro
A emoção da mais velha
Tieko Sakamoto, 98 anos, fala sobre como foi conhecer o tetraneto
E a integrante mais velha da família contou que se sente feliz em poder conhecer o tataraneto Mateo.
“Eu agradeço aos pais do Mateo por ter trazido o menino para o primeiro encontro com a tataravó. Fiquei contente e feliz de, com quase 99 anos, ver o meu tataraneto. Ele é um menino muito bonito e saudável. Deus abençoe e proteja sempre”.
População idosa aumentou no Brasil
O Censo 2022 mostra a tendência de envelhecimento da população brasileira – o número de pessoas com 65 anos ou mais aumentou 57% no Brasil em relação ao levantamento de 2010, e a expectativa de vida média chegou aos 75 anos.
Segundo o Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado, o número de pessoas com 65 anos ou mais chegou 22.169.101, o que representa 10% do total da população brasileira.
Em comparação ao Censo 2010, a quantidade de idosos aumentou 57%. Em 1980, 4% da população tinha 65 anos ou mais no Brasil.
Esse cenário também influenciou no aumento da expectativa de vida entre os brasileiros. De acordo com o Censo, uma pessoa nascida em 2022 tinha expectativa de viver, em média, até os 75 anos.
Em 2021, esse índice era de 72 anos e 74 anos em 2020.
Os efeitos do envelhecimento
Para o geriatra Marcos Cabrera, o fato de as pessoas envelhecerem mais também deve ser visto pelo lado positivo, como o encontro do membro mais novo com o mais velho da família Miyazaki.
“Na medida em que se vive muito acima dos 50 anos, podemos esperar que essa pessoa tem direito ao lazer, ao trabalho, oportunidade de formação, enfim, que seja um cidadão. Será que a sociedade está preparada para isso?”, questionou.
Segundo Cabrera, o crescimento de idosos será uma tendência para o futuro.
“Ele veio para ficar. O aumento da expectativa de vida acontece entre pobres e ricos. O avanço tecnológico, e, consequentemente, da medicina, fez, como eu costumo dizer, que chegássemos mais tarde ao cemitério. O que precisamos fazer, para os próximos anos, não é focar somente na extensão da vida, mas na qualidade dela”, concluiu.
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