Dirigido pelo jornalista e geógrafo Maurício Hermann de Souza, documentário busca compreender o racismo como estrutura, as perspectivas do presente e a construção futura da luta antirracista do ponto de vista politico-social em um determinado território. Bastidores do documentário “Nego Dito- Negritude e Itapetininga”
Reprodução
Foram seis meses de trabalho costurando a pesquisa histórica, construção de roteiro, captação de entrevistas e edição do documentário “Nego Dito – Negritude e Itapetininga”, que conta a história da formação da comunidade afro-brasileira no município.
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O diretor Maurício Hermann de Souza, que é jornalista e geógrafo, contou ao g1 que a ideia de resgatar a história da negritude em Itapetininga (SP) surgiu da necessidade de discutir a questão racial também em um ponto local.
“A gente olha muito em um ponto global, mas e no local? Como que as pessoas observam isso? Eu acredito que a negritude, ao olhar aqueles que estão mais próximos e verem as diferentes experiências negativas que cada um tem sobre o racismo, a chance de você construir, de você romper com o racismo estrutural, você fortalecer a identidade é muito maior.”
Diretor do documentário é o jornalista e geógrafo Maurício Hermann de Souza
Carla Monteiro/g1
A obra traz testemunhos de atores sociais pretos e pretas, e apresenta singularidades que buscam compreender o mito da democracia racial. De acordo com o diretor, as narrativas ainda fortalecem a identidade e o pertencimento dentro do conceito “aquilombar”.
De acordo com o professor de história Luiz Fernando Valle, um dos entrevistados do documentário, é importante resgatar a história: “Quando você começa a invisibilizar algumas pessoas, elas passam a deixar de existir”.
Obra traz testemunhos de atores sociais pretos e pretas de Itapetininga (SP)
Reprodução
‘Nego Dito’
O diretor do documentário contou ainda que o nome da obra é carregado de simbologia, uma delas é que ‘Nêgo Dito’ era a forma como o avô dele era chamado.
“Mas também faço uma referência à primeira vez na minha infância que eu escutei a palavra ‘nego’, que foi dentro de uma atmosfera de afeto”, explica.
O documentário será lançado em novembro, mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, e foi produzido com o incentivo da Lei Aldir Blanc.
Documentário ‘Nego Dito – Negritude e Itapetininga’ conta a história da formação da comunidade afro-brasileira no município
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