11 de outubro de 2024

Dois novos empregadores do Sul de Minas são incluídos na ‘lista suja’ do trabalho escravo

De acordo com o Ministério do Trabalho, sete trabalhadores resgatados foram incluídos na nova atualização divulgada na segunda-feira (7). A “lista suja” do trabalho escravo, atualizada na última segunda-feira (7) pelo Ministério do Trabalho, tem dois novos empregadores do Sul de Minas que submeteram pessoas a condições análogas à de escravidão. No total, sete trabalhadores resgatados foram incluídos na nova atualização.
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No município de Alfenas (MG), um trabalhador foi resgatado em uma fazenda. Já em Campestre (MG), um empregador foi adicionado após o resgate de seis trabalhadores.
Dois novos empregadores do Sul de Minas estão na ‘Lista suja’ do trabalho escravo
Divulgação / Ministério do Trabalho
Popularmente conhecida como “lista suja”, o documento é o principal instrumento de políticas públicas para o combate ao trabalho escravo. Por meio dela, é possível verificar e combater o problema.
A atualização da lista acontece em abril e outubro de cada ano. Em todo Brasil, a relação conta com 727 nomes, que podem ser conferidos no site do governo federal ou na tabela abaixo:
Confira os empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão
Veja de onde são os empregadores incluídos na nova lista:
Alfenas: 1 trabalhador em uma fazenda
Campestre: 6 trabalhadores em uma fazenda
Com a nova atualização do governo federal, 156 trabalhadores foram resgatados em 20 propriedades do Sul de Minas neste ano.
Em 2023, trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão em colheita de laranja em Ibiraci (MG)
Divulgação/PRF
Ano após ano
A região tem mostrado crescimento no número de propriedades incluídas na Lista Suja. Isso porque, em 2022 eram 7 empregadores. Em 2023 foram incluídos novos 17 durante todo o ano. Em abril de 2024, 18 empregadores foram adicionados na lista. Já agora, na nova atualização, mais dois.
2024
Alfenas: 1 empregador
Boa Esperança: 2 empregadores
Bueno Brandão: 1 empregador
Campanha: 1 empregador
Campestre: 3 empregadores
Campo do Meio: 1 empregador
Delfinópolis: 1 empregador
Espírito Santo do Dourado: 1 empregador
Estiva: 1 empregador
Ilicínea: 2 empregadores
Itamogi: 1 empregador
Muzambinho: 1 empregador
Poço Fundo: 1 empregador
São Pedro da União: 2 empregadores
Varginha: 1 empregador
2023:
Ilicínea: 3 empregadores
Cabo Verde: 1 empregador
São Sebastião da Bela Vista: 1 empregador
Machado: 1 empregador
Serranos: 1 empregador
Bom Jesus da Penha: 1 empregador
Jacuí: 1 empregador
Machado/Paraguaçu: 1 empregador
Poço Fundo: 1 empregador
Heliodora: 1 empregador
São Sebastião do Paraíso: 1 empregador
Andradas: 2 empregador
Albertina: 1 empregador
Monte Belo: 1 empregador
2022
Espírito Santo do Dourado: 1 empregador
Carmo do Rio Claro: 1 empregador
Conceição da Aparecida: 1 empregador
Carvalhópolis: 1 empregador
Caldas: 1 empregador
Campestre: 1 empregador
Ibiraci: 1 empregador
A Lista Suja
Iniciada em 2004, com publicação semestral, a lista suja sofreu impasses nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
A divulgação chegou a ser suspensa de 2014 a 2016, até que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a constitucionalidade da lista.
Conforme o MTE, a inclusão de pessoas físicas ou jurídicas no Cadastro de Empregadores só ocorre quando há a conclusão do processo administrativo que julgou o caso de trabalho escravo, no qual a decisão não cabe mais recurso.
Após inserção no cadastro, o nome de cada empregador permanecerá publicado pelo período de dois anos.
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