13 de janeiro de 2025

Dólar abre em alta com mercado de olho em novos dados de atividade econômica no Brasil, EUA e China


Na última sexta, a moeda norte-americana avançou 1%, cotada a R$ 6,1017. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, recuou 0,77%, aos 118.856 pontos. Dólar
freepik
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (13), iniciando mais uma semana com o mercado de olho na divulgação de alguns dos últimos dados econômicos referentes ao ano de 2024 no Brasil e lá fora.
Por aqui, destaque fica com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado uma prévia do número fechado do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O indicador será divulgado na quinta-feira (16), com os números de novembro.
Também no cenário interno, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do Boletim Focus, relatório que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.
Os especialistas voltaram a elevar suas projeções para a inflação nacional em 2025 e esperam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 5%. Isso colocaria a inflação brasileira, mais uma vez, acima do teto da meta. A meta é de 3% para este ano, e será considerada cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Já no exterior, investidores aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (14), sai a inflação ao produtor, enquanto na quarta-feira (15), será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor.
Os dois dados são de dezembro e mostrarão como ficou a inflação americana ao longo de 2024. Esses números serão observados com atenção, pois trazem pistas sobre como o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode conduzir sua política de juros em 2025.
Uma inflação mais controlada e perto da meta do Fed, de 2% ao ano, pode contribuir para que a instituição promova novos cortes em suas taxas de juros. Juros menores nos EUA reduzem a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, e contribuem para uma desvalorização do dólar frente a moedas de outros países.
Já uma inflação acelerada pode ter o efeito contrário, dando mais força ao dólar, principalmente com a eleição de Donald Trump. O novo presidente promete taxar os produtos importados que chegam aos EUA, o que pode encarecer esses produtos e elevar a inflação no país.
Ainda no exterior, o mercado repercute os números da balança comercial da China. Em dezembro, o país teve um superávit comercial — ou seja, exportou mais do que importou — de US$ 104,84 bilhões, acima das expectativas e mostrando um aumento em relação aos números registrados em novembro.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
SAIBA MAIS:
ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumula alta 27% no ano; Ibovespa tem recuo de 10%
DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar neste fim do ano
O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda
Dólar acumula alta de quase 28% em 2024
Dólar
Às 09h10, o dólar subia 0,16%, cotado a R$ 6,1117. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (10), a moeda fechou em alta de 1%, cotada a R$ 6,1017.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,28% na semana;
recuo de 1,26% no mês e no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na sexta, o índice encerrou em alta de 0,77%, aos 118.856 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,27% na semana;
perdas de 1,19% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?

Mais Notícias