15 de novembro de 2024

Dona de casa morta com golpes de espada pelo marido era mãe dedicada e sonhava em ser psicóloga, diz família

Natural de Caldas Novas, Luana Meirelles deixa três filhos, duas meninas, de 12 e 6 anos, e um menino de 10. Renan dos Santos confessou ter matado a esposa após discussão, diz delegado. Luana Meirelles, de 28 anos, assassinada em Edéia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
A dona de casa Luana Meirelles, de 28 anos, morta a golpes de espada, era uma mãe dedicada e sonhava em ser psicóloga, segundo Gisane Alves, prima dela. Segundo o delegado Daniel Moura, Renan dos Santos, de 23 anos, confessou ter matado a esposa após uma discussão por ciúmes em Edéia, no sul de Goiás.
“Ela era muito trabalhadora, amava demais os filhos. Não tinha tempo ruim para ela, era difícil vê-la triste”, desabafou Gisane.
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Por dificuldades financeiras, Luana não conseguiu realizar o sonho de cursar psicologia, conforme contou a prima. Natural de Caldas Novas, ela deixa três filhos — duas meninas, de 12 e 6 anos, e um menino de 10 —, frutos de relacionamentos anteriores.
“Ela falava com os filhos todos os dias. Ela me disse que estava com tanta saudade dos meninos. Eles estavam aqui nas férias escolares”, explicou a prima.
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Ao g1, Gisane explicou que os filhos de Luana chegaram a morar com ela em Edéia, mas atualmente viviam com os pais. Em busca de uma nova vida, Luana havia se mudado para a cidade há um ano e nove meses.
“A gente não consegue acreditar ainda que ele foi capaz de fazer isso. Eu e ela éramos muito próximas, tínhamos apelido carinhoso, tínhamos até uma tatuagem juntas”, lamentou Gisane.
Tatuagem de Gisane Alves e Luana Pereira em Edéia, Goiás
Arquivo Pessoal/Gisane Alves
Paixões
Outra prima, Laiza Felix, de 21 anos, lembra de Luana como uma pessoa simpática, cheia de alegria e muito dedicada aos filhos.
“Era uma ótima filha, uma ótima sobrinha, uma ótima neta. Não merecia passar nem 1% do que ela passou com aquele cara. Foi uma fatalidade que ficará marcada para o resto das nossas vidas”, desabafou.
Em sua biografia nas redes sociais, Luana expressava seu amor pela pedagogia, curso que chegou a iniciar, mas não concluiu. Ela também mencionava seu relacionamento com o jovem que confessou o crime, além de destacar a frase: “Viva o momento.”
Luana Meirelles, de 28 anos, assassinada em Edéia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
O crime
Renan dos Santos confessou com frieza que matou a esposa e a ex-namorada, segundo o delegado Daniel Moura. Luana foi assassinada em casa. Ana Júlia Ribeiro, a ex, foi socorrida e internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas não resistiu.
“Ele golpeou a companheira com uma arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão, e também a golpeou diversas vezes”, explicou o delegado.
A Justiça manteve a prisão de Renan após audiência de custódia na última sexta-feira (20). Imagens divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) mostraram quando Renan invadiu o trabalho da ex e deu diversos golpes de espada nela (assista abaixo).
VÍDEO: Jovem invade trabalho da ex para tentar matá-la
O que diz a defesa do rapaz?
Em nota, o advogado Paulo Sérgio, que atua na defesa de Renan, informou que acompanha o inquérito policial instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina (leia nota completa no fim da reportagem).
Prisão
Os fatos aconteceram no início da tarde da última quinta-feira (19). Os policiais civis de Edéia prenderam em flagrante Renan e ele foi autuado por feminicídio consumado e feminicídio tentado. O jovem segue preso e está à disposição da Justiça.
Segundo o delegado, o autor do crime, que trabalha com serviços gerais, tinha a espada há alguns anos. A polícia não tem informações de como ele adquiriu o objeto.
Nota defesa Renan dos Santos
Renan ontem passou por audiência de custódia e foi decretada a sua prisão preventiva.
A defesa, nesse momento, acompanha o inquérito policial que foi instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina.
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