19 de setembro de 2024

Edição de 40 anos do Rock in Rio terá música sertaneja pela primeira vez

O Rock in Rio anunciou, nesta segunda-feira (29), que 21 de setembro vai ser o dia Brasil na Cidade do Rock. Só talento brasileiro em todos os palcos; encontros que nem mesmo os próprios artistas podiam imaginar. Edição de 40 anos do Rock in Rio terá música sertaneja pela primeira vez
Jornal Nacional
A edição de 40 anos do Rock in Rio terá música sertaneja pela primeira vez. O festival também anunciou outras novidades.
É samba ou é rock? É tudo ao mesmo tempo. Nos 40 anos do Rock in Rio, o rock abraça o pop, o axé abraça o funk, o pop rodopia para não perder o próximo beijo, a MPB dá uma piscadinha para o rock e o sertanejo… Sertanejo no Rock in Rio? É hora de celebrar esse novo abraço musical.
“Todo mundo tem pelo menos uma musica sertaneja na playlist. Então, acho que vai dar um match muito massa, bem legal mesmo”, comemora Ana Castela.
“Esse festival, que é o mais importante a nível mundial mesmo, para gente juntar nossa história aqui no Rock in Rio, vai ser fantástico”, afirma Xororó.
O Rock in Rio anunciou, nesta segunda-feira (29), que 21 de setembro vai ser o dia Brasil na Cidade do Rock. Só talento brasileiro em todos os palcos; encontros que nem mesmo os próprios artistas podiam imaginar.
“Acabei de ver a Ivete Sangalo ali, uma satisfação! Ela olhou para a minha cara assim, deu pra ver que ela me conhece. Aí Ivete, mó satisfação. Eu fiquei meio pá”, brinca MC Cabelinho.
É uma mistura que reflete a riqueza da nossa música, feita de séculos de encontros de povos e culturas.
“Só o Brasil é capaz disso mesmo. Só o Brasil que, além de ter essa diversidade de raças, ele tem essa diversidade de ritmos e de batuques”, exalta Alcione.
Um Brasil unido na diversidade: a música feita especialmente para esse projeto fala sobre a capacidade de superar as diferenças.
“De muitas guerras acontecendo, de muita discórdia, a gente volta para a essência do festival e para que ele foi criado, para juntar pessoas diferentes em harmonia no mesmo lugar, unidos pela música. Mostrar para os jovens essa preocupação com o Brasil junto, o Brasil aberto, tanto no social quanto na música. Acho que vai ser muiro bacana, estou muito animado”, diz Roberto Medina.
Não há estilos, nem ritmos, nem origens. O importante é juntar a voz. A Globo é parceira do projeto.
“A gente vai buscar uma conexão maior com o Brasil. Não só atraves da música, mas através do resultado dessa musica. A gente está junto com a Ação da Cidadania e com o Gerando Falcões lutando por pautas tão importantes, como o combate a fome e a desigualdade social. Para a gente é um privilégio poder estar aqui de parceiro desse projeto tão bonito”, afirma Manuel Falcão, diretor de marca e comunicação da Globo.
Daqui a pouco, eles vão cantar, mas enquanto as estrelas se preparam, é tempo de prestar atenção nas vozes que ecoam em outro lugar:
“Quanto mais unido a gente estiver, mais chance da gente conseguir conquistar algumas coisas”.
As vozes do palco e da favela estão afinadas, no mesmo tom. O encontro dos artistas vai melhorar a vida de moradores do Morro da Providência, a primeira, a mais antiga favela do Brasil.
“Os bueiros sem tampa, eu já cai várias vezes. Deficiente visual, eu tenho dificuldade de acesso”, conta uma moradora.
“A ideia é fazer junto mesmo. Então, essa tranformação externa do lugar também causa uma transformação interna”, acredita Cintia Santana, CEO do Ins. Entre o Céu e a Favela.
É para resolver situações como essa que os 60 participantes doaram os direitos autorais para a Ação da Cidadania e para a ONG Gerando Falcões. E assim as notas musicais vão se transformar em 1,5 milhão de refeições e também em projetos duradouros, como o favela 3D, que já mudou a vida da Cláudia.
Ela mora na Providência e tinha perdido a capacidade de sonhar. Graças aos cursos que fez, ganhou confiança e virou uma liderança na comunidade.
“Eu não sabia como ir a Porto de Galinhas, eu não sabia acessar a internet. Eu nunca tinha andado de avião na minha vida, e fiz, eu posso. Eles me mostraram, você pode. A força está em mim”, diz a auxiliar de serviços gerais Ana Claudia Conceição
Quantas Cláudias podem existir? É para multiplicar histórias assim que o imenso coral vai cantar.
A essência do Rock in Rio sempre foi unir talentos, mas todos juntos, na mesma hora e no mesmo lugar, é a primeira vez. E esses artistas só estão aqui hoje porque sabem que a soma de tantas vozes tem o poder de mudar a realidade.
A música brasileira inspira um país que segue em frente todos os dias e mais ainda: quando a melodia feita pra mudar vidas não vai se perder no ar.
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