25 de dezembro de 2024

Eleições 2024: confira as propostas dos candidatos à prefeitura do Recife na área da educação

O levantamento foi feito pelo g1 com base nas informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Crianças em sala de aula
Davi Ribeiro
O g1 fez um levantamento das propostas para a área da educação dos candidatos à prefeitura do Recife nas Eleições 2024, com base nos programas de governo no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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De 2020 para cá, o Recife teve um aumento de 7.858 vagas de creche, para crianças com idades de 0 a 3 anos, com um salto de 6.439 para 14.297 vagas. Mesmo com esse aumento, ainda há cerca de 3.800 crianças que aguardam uma vaga em uma creche do Recife, segundo a gestão atual.
Na pré-escola (4 e 5 anos), eram 13.224 vagas em 2020, e foram geradas, desde então, 4.168 vagas, o que totaliza 17.392 vagas na pré-escola.
Já na educação infantil, a rede municipal cresceu de 19.663 vagas, em 2020, para 31.689 vagas atualmente, com uma geração de 19.663 vagas, segundo a prefeitura do Recife .
Confira, abaixo, as principais propostas dos candidatos Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB), Ludmila (UP), Simone Fontana (PSTU), Tecio Teles (Novo) e Victor Assis (PCO).
Dani Portela (PSOL)
No plano de governo de Dani Portela, a palavra educação aparece 32 vezes; escola, quatro vezes; estudante, duas vezes; creche, nove vezes. Entre as propostas para educação, estão:
“Desenvolver uma política pública que integre as áreas de educação e saúde, focando na promoção da saúde preventiva, incluindo mapeamento das necessidades de saúde específicas da população, melhoria da qualidade e quantidade da merenda escolar, e garantia de acesso rápido a laudos para Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e outras particularidades que demandem suporte especializado para crianças e adolescentes”;
“Incluir os temas racismo e saúde da população negra nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social na saúde”;
“Ampliar o número de vagas em creches (rede própria) e na pré-escola até a universalização da oferta de vagas em toda a Educação Infantil e, após atingir a universalização de vagas, promover a substituição progressiva das vagas em creches conveniadas por creches próprias da prefeitura”;
“Efetivar o cumprimento da lei que estabelece presença de assistentes sociais e psicólogos nas escolas”;
“Criar uma Rede de Proteção para as mães das crianças atendidas em creche, com capacitação profissional, prioridade no atendimento à saúde e inclusão nos cursos de EJA”.
Daniel Coelho (PSD)
Na proposta de governo de Daniel Coelho, a palavra educação aparece 47 vezes; escola, 41 vezes; estudante, quatro vezes; creche, três vezes. Entre as propostas para educação, estão:
“Educação para a Cidadania: implementar programas de educação para a cidadania nas escolas municipais, abordando temas como direitos humanos, igualdade de gênero, diversidade e participação política. Projetos extracurriculares serão desenvolvidos para engajar os jovens na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”;
“Expansão das Creches e Pré-Escolas: ampliar a oferta de vagas em creches e pré-escolas, especialmente nas áreas periféricas e comunidades vulneráveis, garantindo o acesso universal à educação infantil. Novas unidades serão construídas e as existentes serão ampliadas para atender à demanda crescente”;
“Educação em Saúde: desenvolver programas de educação em saúde nas escolas municipais, abordando temas como nutrição, higiene, prevenção de doenças e saúde mental. Projetos extracurriculares serão desenvolvidos para engajar os jovens na promoção da saúde e do bem-estar”;
“Programas de Apoio Escolar: implementar programas de apoio escolar, como reforço escolar, tutoria e monitoria, para alunos com dificuldades de aprendizagem”;
“Reforma e Ampliação das Escolas: realizar a reforma e ampliação das escolas municipais, incluindo creches, pré-escolas, ensino fundamental (anos iniciais e finais), EJA e ensino profissionalizantes. As reformas incluirão a melhoria da infraestrutura física, acessibilidade, segurança e conforto dos ambientes escolares sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Recife”.
Gilson Machado (PL)
A palavra educação consta oito vezes no plano de governo de Gilson Machado; escola, 16 vezes; estudante e creche aparecem uma vez cada. Entre as propostas para educação, estão:
“Vamos implantar escolas cívico-militares na cidade, proporcionando educação reconhecidamente de excelência para as nossas crianças e jovens, priorizando as áreas de maior déficit escolar”;
“Os profissionais da educação receberão capacitação continuada de qualidade, promoção de encontros de intercâmbios de vivências entre os profissionais da rede, como também incentivo a auto qualificação e reforço no quadro para garantir as aulas todos os dias letivos”;
“Criaremos o programa Escola Acolhedora, qualificando os profissionais de educação e adaptando as escolas para receber e acolher os alunos com Autismo e TDAH, garantindo seus direitos, além de um ambiente saudável para o convívio e o aprendizado”;
“As escolas serão utilizadas nos horários ociosos, para a realização de aulas extracurriculares, como desenvolvimento de soluções tecnológicas, educação financeira e vida prática, negociação e solução de problemas, como também a prática de esportes, com realização de calendário de competições, olimpíadas e paraolimpíadas, incluindo a participação dos pais, para promover a integração entre as escolas e as famílias”;
“Ampliar o atendimento das crianças em idade de creche visando garantir que as mães possam ter um local seguro e de qualidade para deixar seus filhos enquanto trabalham, com a contratação de vagas em instituições privadas e construção de novos espaços, priorizando as áreas mais populosas e com maior índice de desemprego”;
João Campos (PSB)
No plano de governo de João Campos, a palavra educação aparece seis vezes; escola, três vezes; estudante e creche aparecem duas vezes cada. Entre as propostas para educação, estão:
“Para o futuro, propõe-se manter o foco na rede de educação infantil e também na alfabetização como diretriz para os anos iniciais do ensino fundamental – com a continuidade do Programa Primeiras Letras. A continuidade do Embarque Digital e do Recife no Mundo são pilares decisivos para o eixo de educação”;
“Além da manutenção do Embarque Digital, o objetivo é reforçar o programa com novas parcerias com o setor privado, que já vem apostando na iniciativa e ampliando o seu alcance, bem como a mão de obra especializada do Recife. Nossa estratégia para expansão do tempo integral passa, ainda, pela criação de novos espaços de aprendizagem. A partir esse conjunto de transformações, já iniciadas, pretende-se avançar com novos resultados na educação”;
“Para o futuro, foi possível avançar com a desapropriação dos prédios Edifício Trianon e do Cine Art-Palácio para a construção 24 do novo campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)”;
“Ampliamos o número de estudantes do ensino fundamental nos anos finais matriculados em escolas em tempo integral e já iniciaremos o ano letivo de 2025 com 50% das vagas de anos finais no ensino fundamental com aulas em período integral”.
Ludmila (UP)
As palavras educação e escola aparecem 24 vezes cada na proposta de governo de Ludmila; estudante, sete vezes; creche, 11 vezes. Entre as propostas para educação, estão:
“Formação de escolas 100% inclusivas para garantir o acesso à cultura e educação para todas as crianças que apresentam déficits de atenção, deficiência intelectual, crianças com transtorno do espectro autista, Síndrome de Down, entre outros. Oferecer capacitação aos profissionais que compõem o corpo escolar com cursos necessários (ex: Método Teacch, método ABA, curso de Libras, Braile)”;
“Criar o Programa Educação é um Direito Humano, proporcionando o fim do analfabetismo na cidade. Convocar estudantes universitários para realizar frente de alfabetização nos bairros e favelas. Estimular iniciativas de educação através de um mapeamento por bairro, levando em conta o aprendizado dos atuais alfabetizadores e oferecendo bolsas extras para educadores e alunos”;
“Garantia de educação sexual nas escolas. Oferecer às crianças e aos adolescentes uma educação sexual que garanta o cuidado com a saúde, o combate à pedofilia, o enfrentamento à desumanização entre as pessoas e que garanta a promoção ao respeito à diversidade sexual”;
“Construir creches e pré-escolas na cidade de acordo com a necessidade da cidade com equipamentos e preparação profissional. Garantir a qualidade no acompanhamento das crianças e segurança para pais e mães”;
“Garantir que em cada escola tenha atendimento psicológico para estudantes e para os educadores através da realização de concurso público. Possibilitar um ambiente de trabalho saudável para a produção do conhecimento”;
Simone Fontana (PSTU)
A palavra educação aparece 25 vezes no plano de governo de Simone Fontana. A palavra escola aparece 17 vezes; estudante, duas vezes; creche, nove vezes. Entre as propostas para educação, estão:
“Para garantir o acesso à educação de qualidade e valorização dos profissionais do ensino público, defendemos a ruptura de todos os contratos com empresas privadas fornecedoras de matérias pedagógicos para frear os rios de dinheiro para instituições como a Fundação Lemann e Ayrton Senna”;
“Vamos acabar com a privatização da educação, sejam contratos de fornecimento de materiais didáticos, contratos com empresas terceirizadas ou a entrega da educação infantil para as PPPs”;
“Todo o orçamento público vai para educação pública, com construção de escolas e, principalmente, creches, zerando a fila por vaga nelas. É desta maneira que é possível a universalização do ensino infantil e fundamental em Recife”;
“A reparação é lutar pela segunda abolição para garantir trabalho, saúde, educação, saneamento básico, lazer, cultura, moradia e segurança para os trabalhadores negros e negras, indígenas e quilombolas que foram jogados na violência, desemprego e miséria no pós-abolição e durante todo o período de escravidão”;
“Defendemos campanhas educativas sobre orientação sexual e identidade de gênero no conjunto da sociedade com prioridade de atenção nas escolas municipais”;
Tecio Teles (Novo)
A palavra educação consta 32 vezes no plano de governo de Tecio Teles; escola, 13 vezes; estudante, duas vezes; creche, três vezes. Entre as propostas para educação, estão:
“Parcerias Público-Privadas para Creches: estabelecer parcerias com instituições privadas locais para atender à demanda em creches, implementando um sistema de vales (vouchers) para eliminar as filas de espera”;
“Transparência nas Filas de Espera: garantir transparência nas filas de espera para creches e escolas, permitindo que os pais acompanhem a posição de seus filhos e as vagas disponíveis”;
“Diagnósticos Precoces: estabelecer parcerias com universidades públicas e privadas para realizar diagnósticos em crianças da rede pública, visando aprimorar a educação inclusiva”;
“Garantir uma estrutura de carreira aos professores que valorize e recompense os resultados no aprendizado dos alunos e o tempo dedicado à sala de aula”;
“Escolas Comunitárias: desenvolver e implementar uma política de escolas comunitárias, onde a prefeitura contratará serviços da rede privada para gerenciar e operar unidades escolares”;
Victor Assis (PCO)
No plano de governo de Victor Assis, a palavra educação aparece duas vezes; escola, uma vez. Enquanto as palavras estudante e creche não aparecem. A proposta para educação é:
“Os trabalhadores da educação e a comunidade escolar devem tomar as decisões sobre a educação”.
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