18 de novembro de 2024

Eleições 2024: confira propostas dos candidatos à prefeitura do Recife para as mulheres

O g1 fez um levantamento com base nos planos de governo disponibilizados no Tribunal Superior Eleitoral. Imagem de arquivo mostram mulheres reunidas durante evento
Reprodução/TV Globo
Nas oito candidaturas à prefeitura do Recife, há sete mulheres, sendo três como cabeças de chapa e quatro como vice. No eleitorado, elas são maioria e respondem por 55,26% dos 1.219.917 eleitores que fazem da capital o maior colégio eleitoral de Pernambuco. O g1 fez um levantamento das propostas para mulheres nos programas de governo no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Entre as propostas dos candidatos à prefeitura do Recife, estão desde o atendimento às vítimas de violência sexual e/ou doméstica e capacitação, além de cotas para mulheres transexuais e travestis em programas voltados à mulher.
Veja propostas dos candidatos à prefeitura do Recife para pessoas com deficiência
Veja, abaixo, as principais propostas dos candidatos Dani Portela (PSOL), Daniel Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB), Ludmila (UP), Simone Fontana (PSTU), Tecio Teles (Novo) e Victor Assis (PCO).
Dani Portela (PSOL)
No programa de governo de Dani Portela, a palavra mulher aparece 63 vezes; gênero, 16 vezes; mãe, 10 vezes; aborto, duas vezes, feminicídio e gênero, uma vez, cada uma. Entre as propostas específicas para as mulheres, estão:
Capacitar profissionais de saúde para o atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e/ou doméstica nas unidades de saúde e implantar a notificação compulsória, assegurando que os dados sejam registrados para o acompanhamento e o monitoramento pelos municípios;
Assegurar a inclusão e o reenchimento pelos profissionais dos quesitos identidade de gênero e orientação sexual nos prontuários clínicos e nos demais documentos de identificação e notificação do Sistema Único de Saúde (SUS);
Ampliar as políticas públicas de qualificação, emprego e geração de renda para mulheres;
Criar equipamentos com equipes multidisciplinares, que ofereçam atendimento psicossocial e jurídico para mulheres vítimas de violência, promovendo fortalecimento e assegurando o acesso a direitos para essas mulheres;
Priorizar mulheres, especialmente mulheres negras, no acesso a programas de habitação, trabalho, emprego e renda e de acesso ao ensino superior;
Fortalecer a implantação do atendimento ao aborto legal nos hospitais municipais, incluindo a formação dos profissionais e ampliando a assistência humanizada e de qualidade para os casos de aborto inseguro;
Implementar políticas que garantam as condições necessárias para jovens mães voltarem a estudar, sobretudo as mães atípicas e as mães solo;
Incluir os quesitos de identidade de gênero, nome social e orientação sexual, em todos os formulários para acesso a políticas e serviços municipais.
Daniel Coelho (PSD)
No plano de governo de Daniel Coelho, a palavra mulher consta 15 vezes; e gênero, sete vezes. Os termos feminicídio, mãe e maternidade não aparecem no programa do candidato. As propostas dele para as mulheres são:
Criar um programa de inclusão feminina para estimular a inclusão de mulheres nas áreas de ciências, tecnologia, engenharias e matemática em parceria com o sistema S e universidades locais, com foco na inserção de mulheres em áreas de trabalho com maior renda;
Implementar políticas específicas para o empoderamento econômico de mulheres, garantindo igualdade de oportunidades e acesso a recursos (microcréditos).
Estabelecer centros de referência para mulheres em bairros estratégicos e desassistidos de serviços públicos dignos, para oferecer apoio psicológico, jurídico e social a vítimas de violência;
Promover programas de capacitação profissional e empreendedorismo feminino;
Implementar campanhas contínuas de conscientização sobre igualdade de gênero e combate à violência contra a mulher, nas escolas municipais e em parceria com escolas privadas, empresas e organizações da sociedade civil;
Ampliar e melhorar os serviços de saúde voltados para as mulheres, com foco em saúde reprodutiva, pré-natal, prevenção de câncer e saúde mental, disponibilizando unidades móveis de saúde para atender áreas periféricas e comunidades específicas do Recife.
Gilson Machado (PL)
No programa de governo de Gilson Machado, a palavra mulher aparece 28 vezes; e mãe, 12 vezes. Os termos gênero, feminicídio e maternidade não foram utilizados. Entre as propostas do candidato voltadas às mulheres, estão:
Capacitar todos os profissionais de segurança para promover o combate à violência contra mulheres, além de oferecer o atendimento adequado às vítimas;
Projeto De Mãe para Mãe: criar uma rede de mães voluntárias e capacitá-las para o acolhimento e atendimento a gestantes e mães com filhos na primeira infância, com o objetivo de promover o fortalecimento de vínculos familiares, a saúde e a cidadania das mães e crianças assistidas.
João Campos (PSB)
O programa de governo de João Campos tem duas ocorrências da palavra mulher e uma de gênero. Os termos mãe e feminicídio não aparecem. Além de citar ações para as mulheres realizadas durante a gestão, o candidato propõe “seguir avançando com o amplo conjunto de políticas públicas e programas sociais para reduzir toda e qualquer forma de desigualdade”.
Ludmila (UP)
O programa de governo de Ludmila traz 18 vezes a palavra mulher e uma vez os termos gênero e mãe. Já feminicídio não aparece. As propostas da candidata para as mulheres incluem:
Fortalecer a presença das mulheres nas diversas etapas dos processos democráticos;
Criar o Centro de Qualificação e Inclusão Produtiva para a Mulher com oferecimento de cursos, palestras, encaminhamentos de trabalho e de geração de renda;
Reduzir os índices de violência contra as mulheres exigindo o cumprimento efetivo da Lei Maria da Penha;
Criar centros de referência para atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade e violência;
Realizar um levantamento das vagas existentes nas creches públicas municipais e uma ampliação de acordo com a necessidade de cada região, além de ampliar funcionamento para contemplar o horário de trabalho da mãe ou responsável por levar e buscar a criança.
Simone Fontana (PSTU)
A palavra mulher aparece 32 vezes no plano de governo de Simone Fontana; gênero e aborto surgem três vezes, enquanto feminicídio e mãe não constam. As propostas da candidata para as mulheres são:
Criar centros de referência de qualidade às mulheres vítimas de violência;
Garantir emprego e salários dignos para as mulheres;
Lançar programa de moradia para as mulheres;
Revogar as contrareformas sociais que atingem, em especial, as mulheres;
Defender campanhas educativas sobre orientação sexual e identidade de gênero na sociedade com prioridade de atenção nas escolas municipais.
Tecio Teles (Novo)
Enquanto as palavras feminicídio e mãe não aparecem no plano de governo de Tecio Teles, o termo mulher é usado cinco vezes; e gênero, uma vez. Para as mulheres, o candidato propõe:
Abrir centros de apoio e proteção para mulheres vítimas de violência;
Criar programas de educação e sensibilização sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres;
Ampliar o atendimento ginecológico e obstétrico nas unidades de saúde, garantindo acesso fácil e rápido para todas as mulheres;
Implementar serviços de apoio psicológico e psiquiátrico para mulheres, especialmente para aquelas que enfrentam violência doméstica ou outros traumas.
Victor Assis (PCO)
Não há menção das palavras mulher, gênero, mãe e feminicídio no programa de governo de Victor Assis, que não conta com projeto voltado para as mulheres.
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