16 de janeiro de 2025

Eleições 2024: confira raio-X dos principais pré-candidatos à Prefeitura de SP

Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Kim Kataguiri (União Brasil), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), entre outros, pretendem disputar corrida eleitoral em outubro. Principais pré-candidatos à prefeitura de SP
Montagem
Apesar de convenções partidárias – que acontecem entre 20 de julho e 5 de agosto – serem a data para o lançamento das candidaturas oficiais para a prefeitura de São Paulo, as movimentações dos pré-candidatos já tiveram início.
Entre alfinetadas, campanha antecipada e mudança de partido, os principais nomes da corrida já possuem alianças, bandeiras e polêmicas.
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Confira, a seguir, o raio-x dos primeiros colocados segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha:
Guilherme Boulos (PSOL)
Guilherme Boulos durante evento na sede do PT
YURI MURAKAMI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
É a segunda vez que o deputado federal Guilherme Boulos (PDOL) concorre ao cargo de prefeito da cidade de São Paulo. Em 2020, ele chegou ao segundo turno, mas perdeu para Bruno Covas (PSDB).
Em 2024, segundo a última pesquisa Datafolha, Boulos possui a maior porcentagem de votos, com 24%, e está tecnicamente empatado com Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital.
Alianças: PSOL, PT, Rede, PCdoB, PV, PDT e PMB
Vice-prefeita: Marta Suplicy
Bandeiras defendidas: ligado à esquerda, Boulos coloca a luta pela moradia como a proposta da sua carreira. Ele é parte do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Em sabatina do portal MyNews, Boulos também revelou suas preocupações com o meio ambiente e a Cracolândia – informou que pretende ter postos de atendimento móveis e chegou a defender a internação compulsória em casos extemos.
Polêmicas:
Campanha antecipada
O pré-candidato do PSOL é aliado do Partido dos Trabalhadores (PT) e do presidente Lula (PT) que até responde a um processo por campanha antecipada após um discurso no 1º de maio.
A ação foi movida pela também pré-candidata Marina Helena (Novo). No pedido, a defesa do Partido Novo solicita uma concessão da liminar para determinar que “os Representados se abstenham de realizar qualquer ato de campanha eleitoral antecipada e divulguem os mesmos em suas redes sociais”, além da aplicação de multa, que pode variar de R$ 5.000 a R$ 25 mil.
Em 4 de junho, a Justiça Eleitoral determinou que o PT parasse de distribuir panfletos informativos favoráveis ao candidato do PSOL e contra o atual prefeito. A ação foi solicitada pelo partido de Ricardo Nunes, o MDB.
Rachadinha de Janones
Como deputado federal – o mais votado de São Paulo em 2022 – Boulos foi o relator das investigações contra André Janones (Avante-MG) na Câmara dos Deputados. Janones estaria envolvido em um possível esquema de “rachadinha”.
O processo foi arquivado em 5 de junho por 12 votos a 5, seguindo o parecer do pré-candidato. “Não há justa causa, pois não há decoro parlamentar, se não havia mandato à época — o que foge do escopo, portanto, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar — o mesmo caso visto agora”, escreveu Boulos.
Durante a sessão que determinou o arquivamento, Boulos e Pablo Marçal(PRTB), que também pretende concorrer à prefeitura paulistana, discutiram. O deputado do PSOL alfinetou o empresário, chamando-o de coach e dizendo que gostaria de enfrentá-lo nas urnas.
Divulgação irregular de pesquisa eleitoral
Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo multou Boulos em R$ 53,2 mil por divulgação irregular de pesquisa eleitoral em uma publicação nas redes sociais. A condenação ocorreu em resposta a uma ação movida pelo MDB e pelo PSB, da pré-candidata Tabata Amaral.
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O post em questão foi divulgado nas redes sociais de Boulos afirmando que ele liderava “contra qualquer bolsonarista”. A pesquisa teria sido realizada pela empresa RealTime Big Data e mostrava Boulos com 34%, Nunes com 29%, Salles com 12% e Pontes com 11%. A pesquisa existe e foi encomendada pelo Portal R7, em parceria com a TV Record, e realizada entre os dias 1º e 2 de março. Porém, não houve um cenário avaliado apenas com os candidatos citados por Boulos.
Ricardo Nunes (MDB)
Prefeito Ricardo Nunes em evento na prefeitura
Aline Freitas/g1
Atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB) vai disputar a reeleição. Ele assumiu o cargo após a morte de Bruno Covas, em 2021. Segundo pesquisa do Datafolha, 26% da população da capital aprova o seu governo e 25% o reprova.
Ainda segundo o instituto, Nunes tem 23% de intenções de voto em São Paulo e está empatado tecnicamente com Boulos (PSOL).
Alianças: MDB, PL, PP, PSD, Republicanos, Solidariedade, Avante, Podemos, PRD e Mobiliza
Vice-prefeito: não definido
Bandeiras defendidas: Nunes, que se classifica como um candidato centrista, se vê hoje mais voltado para a direita, diante da polarização com Boulos. “A gente representa o que a maioria da cidade é e gosta: uma posição de centro, de direita, que olha por todos”, disse em sabatina no canal MyNews.
O atual prefeito chegou a dizer que pretende contar com o apoio da extrema-direita, desde que esta defenda a democracia. Durante as eleições de 2022, apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro e tem se mantido próximo a Bolsonaro, que deve indicar o vice de Nunes.
Polêmicas:
Violência contra mulher
Em 2011, Nunes foi foi acusado pela esposa de violência doméstica, ameaça e injúria. Em 2020, a história veio à tona em uma reportagem da Folha de S.Paulo diante da campanha de Bruno Covas à pefeitura que tinha o atual prefeito como vice.
De acordo com a reportagem da Folha, o então vereador fazia ameaças à mulher e a ofendia com palavrões. Publicações em redes sociais, feitas nove anos atrás, relatavam brigas por pensão alimentícia, e ela afirmava que tinha provas que sofreu agressões. O vereador também negou ter agredido a esposa. O casal disse que os boletins foram registrados em um período de mágoas e exaltação.
Três meses após o registro do boletim de ocorrência, Nunes também registrou um BO por lesão corporal contra a mulher.
Covas, na época, afirmou estar “tranquilo” quanto ao aliado. “Esse é um caso a ser respondido tanto pelo Ricardo quanto pela esposa dele, o que vi hoje foram a gravação de alguns vídeos e manifestações dizendo que nada aconteceu a não ser um desentendimento do casal, então, fico tranquilo em relação a isso”, declarou.
Ausência na Parada do Orgulho LGBT+ e do Dia do Trabalho
A presença do prefeito foi cobrada nos dois eventos realizados na capital.
No Dia do Trabalho (1º de Maio), Nunes não foi ao evento realizado no estacionamento da Arena Corinthians, com a presença de Boulos e Lula. O governador de SP, Tarcício de Freitas (Republicanos), também não compareceu. Foi durante este evento que Lula foi acusado de realizar campanha antecipada para o pré-candidato do PSOL, como citado anteriormente.
Já na Parada do Orgulho LGBT+, Boulos e Tabata Amaral estavam presentes e criticaram a ausência do atual gestor. Além de Nunes, quando prefeito, João Doria (sem partido) também não foi ao evento organizado pela comunidade LGBT+.
O prefeito, no entento, foi à Marcha para Jesus, na quinta-feira (30) anterior à Parada e revelou no evento que não iria à Avenida Paulista no domingo (2) em virtude de um retorno médico de exames de endoscopia e colonoscopia, marcados para um domingo.
Em fevereiro, o prefeito compareceu a um ato convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista. Na ocsaião, o ex-presidente defendeu a anistia dos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
Problemas recentes ligados à sua gestão
Em março, o Tribunal de Contas do Município (TCM) divulgou que analisava um suposto conluio em contratos de 223 obras emergenciais na capital paulista durante a gestão de Nunes.
A informação foi divulgada pelo UOL em reportagem que detalha que ao menos 223 dos 307 contratos para obras emergenciais sem licitação realizadas na gestão Nunes trazem indícios de combinação de preços entre as empresas que entraram em concorrência.
De acordo com a matéria, foram mais de R$ 4,3 bilhões gastos nas obras de encostas, intervenções em margens de rios, córregos e galerias pluviais, recuperação de passarelas, pontes ou viadutos.
Em outro escândalo, desta vez envolvendo a ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a Transwolff – empresa de ônibus que presta serviços à prfeitura -, a gestão de Nunes é acusada de omissão pelo promotor do caso, Lincon Gakiya.
Entre os sócios das duas empresas havia foragidos da Justiça e envolvidos em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro do PCC. Em entrevista ao Fantástico, Gakiya afirmou que o processo de concessão das linhas de ônibus para essas empresas poderia ter sido mais criterioso por parte das autoridades municipais.
“Poderiam ter investigado quem são os sócios [dessas empresas]… Tem capacidade financeira para arcar com esse serviço que o estado está concedendo? Então, talvez uma pesquisa rápida no Google pudesse esclarecer que alguns deles eram criminosos foragidos, inclusive. Houve uma negligência, houve omissão. Não só da gestão atual, mas também das gestões passadas”, declarou.
À acusação, Nunes respondeu que “não se faz licitação dando um Google”.
“Não dá para aceitar em hipótese alguma o Ministério Público querer jogar uma responsabilidade sua e da Polícia Civil na Prefeitura de SP. Quem tem que ir atrás de criminosos é a Polícia Civil e o Ministério Público”, afirmou o prefeito.
O caso foi usado em “alfinetada” que Boulos deu em Nunes na sabatina dos pré-candidatos para o canal do youtube do portal MyNews. Quando questionado sobre três ações que teria como prefeito de São Paulo, o deputado do PSOL respondeu que uma delas seria transparência. “Me preocupa muitíssimo o nível de controle que o crime organizado está tendo nos contratos públicos da prefeitura”, afirmou.
José Luiz Datena (PSDB)
O apresentador José Luiz Datena deixa o PSB e se filia ao PSDB em evento em SP
Reprodução/TV Globo
José Luiz Datena é jornalista, ex-radialista e atual apresentador de programas policiais no canal da Rede Bandeirantes. Na política, já se filiou a 12 partidos desde 1992 e, nos últimos anos, desistiu quatro vezes da corrida eleitoral para cargos eletivos em São Paulo.
Alianças: Por ora, apenas seu partido, o PSDB
Vice-prefeito: não definido
Bandeiras defendidas: Seu ingresso na política se deu em 1992, quando entrou no PT, partido identificado com a esquerda, onde ficou por 23 anos. Em 2015, migrou para o Partido Progressista (PP), mais voltado para a centro-direita.
Dali em diante, Datena flutuou entre a centro-direita e a centro-esquerda até que se filiou ao PSDB para as eleições deste ano. Em suas redes sociais e em seu programa na TV aberta, o apresentador se mostra preocupado, majoritariamente, com questões de segurança pública.
Polêmicas:
Quase vice de Tabata Amaral
Em dezembro do ano passado, Datena se filiou ao PSB – partido da pré-candidata Tabata Amaral – o que deu início ao burburinho de que seria vice da deputada federal na corrida eleitoral.
Em abril deste ano, entretanto, o apresentador mudou de ideia e se filiou ao PSDB. Um mês depois, Datena informou ao g1 que seria cabeça da chapa do partido.
“Há 15 dias tivemos um jantar com o Datena e ele se disse desejoso e encorajado a encarar essa eleição. Nós ficamos felizes porque ele é uma grande liderança popular e já começamos as conversas internas para tentar viabilizar isso e construir uma robusta chapa de candidatos a vereador na cidade até final de julho”, disse José Aníbal, presidente municipal da sigla, ao g1.
Sugestão a Boulos
Em abril do ano passado, um vídeo de um encontro do apresentador com Guilherme Boulos vazou nas redes sociais e causou dor de cabeça para o futuro candidato do PSOL. No registro, Datena aparecia propondo uma aliança a Boulos, caso o político desse um ultimato ao PT.
“Se você falar para o Lula: ‘Lula, eu quero o Datena como vice e sinto muito’. Nós podemos sair porque nosso acordo… Política é como nuvem, cada hora está num lugar. A política mudou. ‘Se você quer ser meu aliado, pô, eu amo você, o Datena ama você, mas nós achamos que a gente pode se eleger em São Paulo'”, diz o apresentador.
Na época do vazamento, Boulos usou as redes sociais para explicar o ocorrido. Segundo ele, era um encontro informal entre torcedores do Corinthians. Além disso, como apurou Andréia Sadi, o pré-candidato teria procurado as lideranças do PT para reafirmar sua aliança com a sigla.
Datena desmentiu, ao vivo, que teria pedido para integrar a chapa do deputado federal. “Primeiro, eu não pedi para o Boulos para ser vice dele coisa nenhuma. Segundo: o vídeo, de 2 minutos e pouco, é contexto de uma conversa de quase 4 horas em que, inclusive, o Boulos já divulgou, o Neto estava lá comigo em boa parte dessa conversa. Já é sabido, dito e notório que, desde as últimas eleições municipais, o Boulos já tinha me convidado para ser vice dele”, afirmou.
Tabata Amaral (PSB)
Deputada Tabata Amaral (PSB – SP) no plenário, em 06 de março de 2024
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Tabata Amaral é formada em ciências políticas pelo Departamento de Governo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e é deputada federal pelo PSB.
Em 2018, quando era filiada ao PDT, recebeu 264 mil votos, sendo a sexta deputada federal mais votada daquela eleição. Em 2022, foi reeleita deputada federal pelo PSB com mais apoio: 337.873 votos.
Alianças: Apenas seu partido, o PSB
Vice-prefeito: não definido
Bandeiras defendidas: Tabata entrou na política para defender a educação, muito baseada em sua trajetória como bolsista em um colégio de elite e estudante de Harvard, nos Estados Unidos, considerada uma das melhores universidades do mundo.
Os dois partidos aos quais já foi filiada – PDT e PSB – se denominam como centro-esquerda. A deputada, contudo, já foi contrária a ideias mais identificados com a esquerda durante a votação da reforma da Previdência e, por isso, foi criticada por eleitores e outros políticos (confira abaixo).
Polêmicas:
Reforma da Previdência
O PDT – partido da deputada federal em 2019, durante a votação da reforma da Previdência – havia decidido que votaria contra o projeto. Tabata, porém, votou a favor da reforma.
Cerca de dois anos depois, a deputada se desfiliou do partido no meio do mandato, através de um recurso aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a visão do tribunal, o tratamento recebido pela deputada após seu voto configurou justa causa para a mudança de legenda.
Pablo Marçal (PRTB)
Pré-candidato Pablo Marçal durante Coletiva
Ton Molina/Estadão Conteúdo
Pablo Marçal é produtor de conteúdo e empresário e esta é segunda vez que tenta se candidatar. Em 2022, ainda pelo PROS, ele tentou concorrer à Presidência da República, mas, devido a disputas políticas dentro do partido, pelo comando da legenda, ele não conseguiu levar a candidatura adiante e se lançou deputado federal pelo estado de SP.
Na época, o empresário obteve 243.037 votos e chegou a ser eleito para uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas ele concorreu ao cargo sub judice, porque se inscreveu para o pleito já fora do período e com falta de documentos estipulados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP).
Bandeiras defendidas: Pablo Marçal se coloca alinhado às ideias do ex-prefeito e ex-governador João Doria, identificadas mais com a centro-direita. Em sabatina ao canal MyNews, Marçal afirmou que a sua diferença para o ex-político e empresário é o fato de sua calça não ser “apertada”, apelido dado a Doria por bolsonaristas durante a pandemia devido ao estilo do então governador.
Ainda na agenda, o criador de conteúdo defendeu a geração de empregos e a transformação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em um modelo parecido com os “xerifes” norte-americanos.
O PRTB – partido ao qual é filiado – possui ideias mais voltadas para a direita, baseadas no conservadorismo.
Vice-prefeito: não definido
Polêmicas:
Candidatura recusada
Apesar de ter conseguido os votos suficientes para ser eleito como deputado federal em 2022, Marçal não pôde assumir o mandato porque houve falta de apresentação de documentos na sua candidatura e o TRE-SP rejeitou o pedido de registro. Em seu lugar, o cargo foi ocupado por Paulo Teixeira (PT).
Alvo de operação contra crimes eleitorais
Em julho do ano passado, o criador de conteúdo digital foi alvo de uma operação que investigava crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro ocorridas durante as eleições de 2022.
Nas redes sociais, ele alegou sofrer perseguição política, disse que a Polícia Federal fez buscas em sua casa, e os agentes “não acharam nenhuma irregularidade”.
“Não fui acordado pela PF hoje, porque às 3h45 eu já estava acordado colocando pressão no sol. Fizeram busca e apreensão na minha casa com este documento e não acharam nenhuma irregularidade. Fizeram buscas em 7 endereços (3 empresas, 2 sócios, 1 advogado e levaram apenas celular e notebook, como de praxe)”, disse, em publicação.
Seguidores em risco no Pico dos Marins
Em 2022, Marçal levou um grupo de 31 seguidores para acampar no Pico dos Marins, no interior paulista. No meio do passeio, eles foram surpreendidos por chuva forte com ventania e precisaram ser resgatados pelos bombeiros. Entre o início das buscas, por volta das 4h30, e o resgate do grupo, às 13h40, foram cerca de nove horas de operação.
Na época, os bombeiros classificaram a ação como irresponsável. “Ele foi totalmente irresponsável. Subir com um grupo de pessoas despreparadas e sem equipamento é colocá-las sob risco de morte. Essa foi a pior ação que a gente viu no Pico dos Marins”, afirma Paulo Roberto Reis, capitão dos bombeiros e chefe da operação de resgate.
Marçal se defendeu dizendo que não mandou ninguém subir.
Marina Helena (Novo)
Marina Helena, pré-candidata do Novo à Prefeitura de SP
Reprodução/TV Globo
Economista com mestrado pela Universidade de Brasília (UNB), Marina Helena foi diretora de Desestatização do Ministério da Economia a convite do então ministro Paulo Guedes, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Em 2022, ela recebeu 50.073 votos para deputada federal e é primeira-suplente por São Paulo. Marina Helena também já foi dirigente nacional do Partido Novo.
Vice-prefeito: não definido
Bandeiras defendidas: Ela se classfica como sendo de direita, é a favor de privatizações e é aliada de Bolsonaro. Entre seus objetivos à frente da Prefeitura de São Paulo, caso seja eleita, está o de aumentar o orçamento da segurança pública na capital em 300% e dobrar o número de agentes da GCM.
Polêmicas:
Ocultação de dados
A pré-candidata do Novo solicitou à Justiça Eleitoral que ocultasse seus dados pessoais e de patrimônio da DivulgaCand – plataforma que promove a transparência das informações dos candidatos. A informação é da Folha de S.Paulo.
Ao jornal, a economista informou que o endereço de sua casa foi divulgado nos comentários de uma entrevista e ela solicitou a retirada de seus dados para a proteção própria e da família.
Dados da pré-candidata Marina Helena foram retirados da plataforma DivulgaCand a pedido da política
Reprodução/DivulgaCand
Kim Kataguiri (União Brasil)
Kim Kataguiri dicursa no plenário da Câmara, em imagem de arquivo
Cleia Viana/ Câmara dos Deputados
Kim Kataguiri é um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) e deputado federal reeleito em 2022. Além da carreira política, ele escreveu três livros: “Manual de Debate Político: Como Vencer Discussões Políticas na Mesa do Bar”; “Puxa Conversa Política: 100 perguntas para falar de sociedade, poder e governo”; e “Como um grupo de desajustados derrubou a presidente: MBL: A origem”.
Vice-prefeito: não definido
Bandeiras defendidas: Através do MBL e do partido União Brasil, Kataguiri se configura à direita do diagrama político. Em geral, defende ideias e propostas voltadas ao liberalismo econômico, à privatização e à redução de impostos. O MBL também é a favor do voto não obrigatório.
Polêmicas:
Mensalidade nas faculdades públicas
Em 2022, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa o pagamento de mensalidade em universidades públicas brasileiras tramitava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O relator do projeto era Kataguiri, que se mostrava favorável á proposta.
“Sim, sou a favor de que os ricos paguem mensalidade de universidades públicas (mantendo a gratuidade para os pobres). Ou você acha justo que os pobres, que não estão na faculdade e que são os que mais pagam impostos no Brasil, continuem pagando a faculdade dos mais ricos?”, escreveu o deputado em um post nas redes sociais. No final, a PEC 206 acabou não sendo debatida pela pel CCJ graças a um acordo entre governistas e a oposição.
Bate-boca com Haddad
Diante da “taxação das blusinhas” – fim do imposto zero para compras internacionais de até US$ 50 -, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Kataguiri discutiram na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, no fim de maio.
O deputado do União Brasil questionou a linha do PT de aumentar a arrecadação por meio de alta de tributos, e afirmou que teria havido uma briga entre deputados do PT e o governo sobre o assunto. O parlamentar perguntou a Haddad qual a posição oficial do Ministério da Fazenda sobre a retomada da taxação federal.
Em resposta, o ministro da Fazenda afirmou que é preciso mais tempo para o governo tomar uma posição sobre a retomada do imposto federal, e afirmou que a decisão dos governadores de aumentar o ICMS estadual foi “correta”.
Taxa nas importações de até US$ 50 gera bate-boca entre Haddad e deputado
*Sob supervisão de Livia Machado e Paula Lago

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