Conselho Nacional Eleitoral informou nesta segunda (29) que Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais com 51,2% dos votos com 80% das urnas apuradas. Países que contestaram resultado pedem liberação dos resultados completos das urnas e respeito da vontade popular. O presidente Nicolás Maduro se dirige a apoiadores reunidos em frente ao palácio presidencial de Miraflores
AP Photo/Fernando Vergara
Nove países da América Latina pediram uma reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA) nesta segunda-feira (29) após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar o presidente Nicolás Maduro vencedor da eleição presidencial da Venezuela. O conselho é presidido por Elvis Amoroso, aliado de Maduro.
A oposição diz ter vencido as eleições.
No documento, publicado em conjunto por Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, os países “manifestam profunda preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais” na Venezuela e exigem uma “revisão completa dos resultados com presença de observadores eleitorais independentes que assegurem o respeito à vontade do povo venezuelano que participou de forma massiva e pacífica”.
“A contagem de votos deve ser transparente e os resultados não devem gerar dúvidas. Nossos governos solicitarão uma reunião urgente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular, em conformidade com a Carta Democrática e os princípios fundamentais da democracia em nossa região”, disseram os países na nota.
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A OEA não respondeu ao pedido até a última atualização desta reportagem.
O Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela (CNE) informou nesta segunda que, com 80% dos votos apurados, Maduro venceu o pleito com 51,2% dos votos. A oposição contesta os números e diz que Edmundo González foi o vencedor com cerca de 70% dos votos.
A última atualização dos números do CNE foi na madrugada de segunda, quando o site do CNE saiu do ar –segundo o órgão, seu site sofreu um ataque hacker. Maduro, que é alinhado com o Conselho, também disse que o CNE foi atacado.
Com o impasse eleitoral, diversos presidentes dos países e autoridades internacionais se manifestaram –alguns contestaram o resultado, como os EUA e a União Europeia, e outros parabenizaram Maduro, como a Rússia e a China.
O governo brasileiro adota cautela com relação ao resultado das eleições e, apesar de não ter contestado explicitamente como os acima, observa “com atenção” e também aguarda a publicação das atas, que é “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
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