24 de setembro de 2024

Em 1º passeio após alta hospitalar, triatleta Luisa Baptista vai a jogo de Bia Haddad e é homenageada no Ginásio do Ibirapuera

‘Muito feliz de estar saindo, por estar vendo a rua de novo, em breve, espero voltar’, celebrou a atleta de 29 anos. Medalhista panamericana ficou gravemente ferida em um atropelamento na região de São Carlos, no interior do estado. Com a alta, ela seguirá em processo de reabilitação e afirma já mirar nos jogos Pan-Americanos de 2027, no Peru. Em primeiro passeio após alta hospitalar, triatleta Luisa Baptista vai a jogo de Bia Haddad e é homenageada no Ginásio do Ibirapuera
Reprodução/Instagram
Pela primeira vez desde que recebeu alta hospitalar, a triatleta Luisa Baptista saiu de casa para um passeio em família. Neste sábado (13), mais de 100 dias depois de sofrer um grave acidente no interior de São Paulo, a atleta de 29 anos acompanhou um jogo da tenista Bia Haddad no Ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul da capital.
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“Tô muito feliz de estar saindo. Hoje é o primeiro dia que estou tendo alta terapêutica. Eu tô muito feliz por estar vendo a rua de novo. Em breve, espero voltar”, celebrou Luísa.
“Primeira vez vendo a luz do sol”, completou a mãe, Jaqueline Baptista.
Dentro do ginásio, Luisa foi homenageada e recebeu aplausos de toda torcida presente. “Nossa guerreira”, disse o apresentador do evento.
Luisa Baptista em jogo de Bia Haddad
Reprodução/Instagram
A Confederação Brasileira de Triathlon também comemorou a conquista de Luisa Baptista. Em publicação no Instagram, o órgão disse:
“Quem está preparado para se emocionar?
Luisa Baptista em seu primeiro passeio pós-internação, assistindo aos melhores atletas brasileiros de tênis na Billie Jean King Cup, com a queridíssima Mariana Mello!
Obrigado pelo registro, Mari!
Ganhamos o dia ❤️
Superação com responsabilidade!”
Alta após 100 dias internada
Luisa recebeu alta hospitalar no dia 1º de abril deste ano, exatos 100 dias após ter sido atropelada. Ela teve ferimentos em quase todo o lado direito do corpo, perfurações no pulmão e fraturas expostas na mão e na perna.
A atletla deu entrada no hospital em choque hemorrágico grave, o coração chegou a parar por oito minutos. Apesar disso e dos dois meses que passou em coma, Luisa não sofreu danos neurológicos.
No domingo de Páscoa, em entrevista ao Fantástico, a atleta, que segue em recuperação, afirmou que voltará com tudo para o esporte, mirando os Jogos Pan-Americanos de 2027, no Peru.
“Eu não vejo a hora de voltar. Vou voltar com força, com toda a certeza do mundo”, afirmou. “Me vejo nas olimpíadas daqui a quatro anos, sei que Paris tá muito cedo ainda, e quem sabe em Lima eu consiga ser bicampeã panamericana. Essa é a meta pra mim”.
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Depois de passar pela Santa Casa de São Carlos e pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), a atleta foi transferida para o Hospital São Luiz – Itaim, na Zona Sul da capital paulista, onde permaneceu por mais de dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), até a alta.
Em 17 de março, Luisa compartilhou nas redes sociais um vídeo no qual aparece dando os primeiros passos após o acidente, com o auxílio de um andador e dois profissionais de saúde.
Liberada do hospital, a triatleta seguirá o processo de reabilitação em uma clínica na Vila Mariana, também na Zona Sul de São Paulo. Deverá ainda passar por outro procedimento cirúrgico, no qual colocará uma prótese no quadril.
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Atropelamento
Luisa foi atigida por um motociclista quando treinava de bicicleta na Estrada Água Vermelha, no distrito Santa Eudóxia, em São Carlos. O condutor da moto, que não tinha habilitação, foi a uma festa com bebida à vontade na noite anterior.
Nayn José Sales afirmou ao Fantástico não ter ingerido bebida alcoólica no evento e disse que o acidente ocorreu quando estava a caminho do trabalho, mas não se lembra do momento da colisão. Ele disse que torce pela recuperação de Luísa e ora por ela.
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Segundo o delegado responsável pelo caso, Caio Iberê, o rapaz confessou ter o hábito de dirigir rápido. No dia do atropelamento, ele estaria acima da velocidade permitida na via por estar atrasado para o serviço.
O motociclista é investigado por lesão corporal na direção de veículo automotor, mas o delegado afirma que a tipificação do caso pode mudar para tentativa de homicídio por dolo eventual.
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Gaspar Nóbrega/COB

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