1 de fevereiro de 2025

Em discurso, Alcolumbre defenderá parlamento forte e sem interferência de outros poderes

Há meses negociando apoios do PT ao PL , Alcolumbre já é conhecido internamente como ‘defensor’ dos parlamentares. Quando era presidente do Congresso, já criticou STF por autorizar buscas da PF no Senado em 2019 Um dos eixos da gestão de Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado também explica porque ele teve apoios do PT ao PL: ele vai atuar como grande defensor dos senadores e contra interferência de outros poderes. No discurso de hoje, Alcolumbre dirá que quer um ‘parlamento forte’ e sem ‘excessos’ – um recado ao Supremo Tribunal Federal.
Senadores entendem – e com o apoio de Alcolumbre – que há temas legislativos que não devem ser decididos pelo STF, como tem ocorrido. Além disso, os senadores confiam na ‘firmeza’ de Alcolumbre, até porque ,em 2019, quando foi presidente do Senado pela 1ª vez, reagiu ao STF.
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Alcolumbre criticou buscas no gabinete do senador Fernando Bezerra Coelho. As buscas foram feitas dentro da legalidade, a pedido da Polícia Federal e com autorização do Supremo Tribunal Federal, do ministro Luis Roberto Barroso. Alcolumbre não gostou e à época chamou de “drástica interferência”.
Apesar de deixar clara a soberania de cada poder, Alcolumbre também defenderá a pacificação. Boa parte do seu discurso será dedicada a democracia e a defesa que tem que ser feita nesse tema. Ele também pedirá mais diálogo na política e diálogo permanente entre os poderes. Alcolumbre tem bom transito no STF e também no palácio do planalto e com o próprio presidente Lula.
A agenda econômica também será um eixo do discurso, com um Senado voltado a pautas econômicas e a desburocratização.

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