29 de setembro de 2024

Em entrevista ao MG1, Wanderson Rocha propõe municipalização dos ônibus, abrigos para vítimas de violência e conselhos populares

Edição deste sábado (28) exibiu uma série de entrevistas gravadas com os cinco candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte que tiveram as menores intenções de voto na última pesquisa Datafolha. Wanderson Rocha (PSTU) em entrevista gravada para o MG1
Reprodução/TV Globo
O MG1 deste sábado (28) exibiu uma série de entrevistas gravadas com os cinco candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte que tiveram as menores intenções de voto na última pesquisa Datafolha. São eles: Carlos Viana (Podemos), Gabriel (MDB), Lourdes Francisco (PCO), Wanderson Rocha (PSTU) e Indira Xavier (UP).
Todos tiveram dois minutos para responder perguntas sobre programas de governo e temas que marcam as candidaturas. Wanderson Rocha (PSTU) falou de propostas para municipalização do transporte coletivo, enfretamento da violência contra mulher e criação de conselhos populares (leia abaixo).
Já os cinco nomes mais bem colocados no levantamento — Mauro Tramonte (Republicanos), Fuad Noman (PSD), Bruno Engler (PL), Duda Salabert (PDT) e Rogerio Correia (PT) — foram entrevistados ao vivo durante a semana.
Veja o que disse Wanderson Rocha (PSTU):
Transporte público
Wanderson Rocha foi questionado sobre o que pretende fazer para suprir a falta de demanda no transporte público, sobretudo no horário noturno. Ele criticou as empresas de ônibus e afirmou que, se eleito, vai municipalizar o serviço na capital.
“Primeiro, o transporte está privatizado há mais de 30 anos em nossa cidade. Além do lucro com as passagens, os consórcios hoje recebem dinheiro público — se for pegar 2019 a 2024, mais de R$ 1 bilhão. Então, nós, do PSTU, defendemos municipalizar esse transporte. Com isso, vamos absorver tanto os trabalhadores quanto os ônibus, criar um conselho popular que vai ter a participação de usuários e profissionais da área para nos ajudar a pensar a mobilidade”, disse.
Violência contra mulher
O candidato também foi perguntado sobre o que pretende fazer para reforçar o atendimento e a proteção às mulheres que sofreram violência em BH. Rocha disse que a prefeitura pode discutir o assunto em escolas, incentivar a independência financeira das vítimas e garantir abrigo às pessoas violentadas.
“Primeiro ter políticas que vão do processo de conscientização, de aproveitar as escolas, que vão ter um papel fundamental nesse processo de conscientização, além de políticas que levem a usar a imprensa para fazer essa divulgação, além de casas abrigo, no caso de situação de mulheres em violência, espaços que possam ser adequados para essas mulheres que tanto vêm sofrendo”, afirmou.
Conselhos populares
Sobre a proposta de criação de conselhos populares em órgãos da administração pública, Wanderson Rocha defendeu que a medida é baseada na participação popular e inverte a lógica das decisões na cidade.
“Desde a redemocratização, as pessoas votam achando que uma pessoa vai resolver os seus problemas. A gente imagina que isso não vai se resolver na atual realidade desse sistema que a gente vive, por isso que nós estamos apostando muito nos conselhos populares. É uma forma de descentralizar as decisões e de colocar um orçamento, de previsão de R$ 20 bilhões, à disposição da população para essa decisão”, explicou.

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