Alê Custódio explicou que obra celebra a importância de acreditar em si mesmo. Escritor Alexandre Custódio, de Presidente Prudente (SP)
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Contar histórias é a arte de refletir sobre a vida através de fábulas ou crônicas cotidianas, muitas vezes, baseadas em experiências pessoais. Assim como o poeta Mário Quintana (1906-1994), que disse nunca ter escrito uma vírgula que não fosse uma confissão, o escritor Alê Custódio, de Presidente Prudente (SP), explicou ao g1 que seu primeiro livro infantil, intitulado “Ermelinda, a noventa e novepeia” (Asinha), foi escrito durante uma das muitas noites em que contava histórias para os filhos dormirem.
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O profissional de tecnologia da informação Alexandre Ricardo Custódio de Souza, com pseudônimo de “Alê Custódio”, também acrescentou que, de algum modo, pode dizer que os dois filhos são coautores do livro.
Com 44 páginas, a obra é uma fábula infantil que celebra a aceitação, a diversidade e a importância de acreditar em si mesmo.
Ermelinda, a personagem principal, é uma centopeia que nasceu apenas com 99 pés. Sentindo-se diferente e isolada, ela decide partir em uma jornada pela floresta em busca de sua perna faltante. Ao longo do caminho, ela descobre um destino inesperado e aprende que suas diferenças são, na verdade, sua maior força.
O autor ainda completou ao g1 que se trata de uma história sobre “aventura, determinação, superação e surpresas”.
A partir do enredo do livro, Alê Custódio explicou que espera, assim como Ermelinda, que as crianças aprendam que as diferenças são o que as tornam únicas.
“As crianças podem aprender que ser diferente pode ser o motivo para que elas conquistem coisas muito melhores, do que se lamentar pelo que não tem”, pontuou ao g1.
Para Custódio, o hábito de leitura é fundamental e precisa ser estimulado desde a infância.
“Os educadores costumam dizer que as crianças são como esponjas. Ensine a elas coisas boas e elas replicarão isso no futuro. Uma criança que encontra nos pais o hábito da leitura, provavelmente, irá levar isto para os seus filhos”, afirmou.
Capa do livro ‘Ermelinda, a noventa e novepeia’, escrito por Alê Custódio, em Presidente Prudente (SP)
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Inventor de histórias 📚
Alê Custódio afirmou que, desde a infância, sempre gostou de escrever e contar histórias.
“Alguns amigos e minha mãe dizem que eu conversava bastante, e que adorava inventar histórias e até músicas”, contou o autor.
Conforme crescia, na adolescência, passou a ser os livros da série Vagalume e até chegou a escrever um romance, que acabou se perdendo durante uma mudança.
Ao g1, o autor ressalta que seu lado criativo para histórias infantis sugiu com o nascimento dos filhos.
“Tudo começou quando eu contava histórias para minhas crianças dormirem, então, foi quando meu lado criativo infantil despertou”, completou.
Além disso, ele explicou que já havia escrito o livro há alguns anos, porém, em 2023, foi contatado pela editora e, em 2024, trabalhou na edição e no desenvolvimento da obra.
“Todo o processo de revisão, diagramação e ilustração passou pela minha aprovação. A ilustração foi feita de acordo com as características que eu descrevi para os personagens, para que os desenhos retratassem fielmente a história da Ermelinda”, contextualizou Custódio.
Ele também ressaltou que, para um autor, a grande dificuldade é ter a aprovação de uma editora e que se sente feliz com o resultado do livro.
“Por várias vezes, as portas foram fechadas para mim, seja por crise no setor, ou por não ser o perfil de uma determinada editora. O valor financeiro em algum momento também dificultou também. Mas, agora, tudo se encaixou como um perfeito quebra-cabeças e aí está o resultado!”, afirmou o escritor ao g1.
Alê Custódio avaliou o processo como desafiador e, ao mesmo tempo, como uma experiência enriquecedora.
“É um processo desafiador, prazeroso e enriquecedor. Todas as etapas demandam cuidado e dedicação para que se possa transmitir a mensagem que se pretende, e tocar os corações das crianças”, explicou.
“Inicialmente, eu apenas queria lançar ‘Ermelinda, a noventa e novepéia’ para permitir que outras crianças desfrutassem da experiência que meus filhos tiveram com essa fascinante história. Porém, já penso em publicar uma trilogia da Ermelinda. Se isso irá acontecer? O tempo mostrará!”, completou Custódio ao g1.
O autor também espera, com a publicação do livro, levar adiante o nome da cidade de Presidente Prudente para que as futuras gerações possam se inspirar e realizem mais trabalhos como esse.
“É uma alegria imensa poder compartilhar esse momento com outras famílias, pais, mães e crianças, de uma maneira que as crianças possam compreender, com uma linguagem adequada a elas, e se emocionarem”, finalizou ao g1.
Como adquirir o exemplar 📖
O livro físico pode ser adquirido no valor de R$ 49,90 em livrarias e sites de e-commerce.
A distribuição é trabalhada pela editora junto às livrarias e instituições de ensino de todo o Brasil.
Além disso, durante o ano serão realizadas ações nas plataformas digitais da editora.
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