16 de novembro de 2024

Em Interlagos, na Zona Sul, Boulos fala de proposta para esporte, sobe em skate e brinca: ‘Não me chamam de radical?’

O candidato a prefeito de SP pelo PSOL conversou com moradores da região sobre a importância dos esportes e brincou: ‘Não me chamam de radical?’. Candidato a prefeito de SP, Boulos sobe em skate em agenda na Zona Sul
O candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) participou de um evento em uma praça de skate de Interlagos, na Zona Sul da capital no fim da tarde desta quinta-feira (22). Em meio a gritos e com um rap tocando ao fundo, ele foi recebido no local por moradores e participantes do coletivo Casa Dois, projeto que promove o skate na praça.
Boulos circulou pela praça, cumprimentando e tirando fotos com apoiadores. Em um momento de descontração, foi convidado pelos participantes do projeto a tirar uma foto em cima de um skate. Com capacete na cabeça, brincou: “Não me chamam de radical?” A pista estava cheia de crianças e adolescentes fazendo manobras, que ganharam aplausos e vibrações do candidato.
De cima de um contêiner onde os skates do projeto são guardados, Boulos conversou com seu público. Ele ressaltou o papel do esporte como uma porta para mudança de vidas e disse que considera a formação de base, como a do coletivo, essencial para incentivar a atividade física na cidade.
Guilherme Boulos, candidato a prefeito de SP pelo PSOL, durante agenda de campanha na Zona Sul
Mel Trench/g1
Como proposta para essa área, o candidato afirmou que seu programa de governo irá implementar a ideia do Ponto do Esporte. “Não sei se vocês conheceram o Ponto da Cultura que o Lula fez lá atrás. Era um programa federal, que quem já fazia cultura, tinha lá grupo de hip hop, a meninada que fazia o projeto de teatro na quebrada, recebia um dinheiro, um apoio do governo federal, transformava aquilo num ponto de cultura e permitia que esse projeto chegasse mais longe. A nossa ideia é fazer a mesma coisa com projeto de esporte”, explicou Boulos.
Boulos voltou a falar do Poupatempo da Saúde, proposta que considera a principal de sua campanha e que promete desafogar o sistema de saúde municipal. Ele criticou o tempo de espera das UPAs da cidade e o agendamento de exames que não dá preferência à região onde o paciente mora.
O candidato destacou seu alinhamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chamá-lo por “melhor presidente da história desse país”. Em tom de crítica, afirmou que seus adversários Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) não têm proposta para a cidade e só atacam os adversários.
Ao final, Boulos comentou seu desempenho na última pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22). Ele se manteve estável, com 23%, no mesmo patamar do levantamento do início de agosto, quando tinha 22%, dividindo agora a liderança com Marçal e Nunes.
“Para mim é uma satisfação, reconhecimento do trabalho que a gente tem feito, diálogo com todas as regiões de São Paulo. Estamos hoje desde cedinho no Grajaú, Cidade Dutra, conversando com a população, assumindo o compromisso, ouvindo os problemas. Assim que se governa uma cidade, uma metrópole tão grande como São Paulo. Não é fazendo gritaria, palhaçada, trabalhando com mentira. O reconhecimento está aí, a gente liderando a pesquisa, e a nossa candidatura é aquela que tem condições de derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo.”

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