Rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, dispararam um míssil contra a região central de Israel, mas sem causar vítimas. Edifícios destruídos são vistos dentro da Faixa de Gaza a partir do sul de Israel, na segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Ariel Schalit/AP
Ataques israelenses na Faixa de Gaza mataram ao menos 18 pessoas, incluindo seis mulheres e quatro crianças, de acordo com informações de autoridades de saúde do território palestino divulgadas nesta terça-feira (14) pela agência de notícias Associated Press (AP).
Os bombardeios aconteceram em meio às negociações avançadas por um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Autoridades têm expressado otimismo para chegar ao acordo nos próximos dias.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Segundo a agência, dois ataques na cidade central de Gaza, Deir al-Balah, mataram duas mulheres e seus quatro filhos, com idades variando de 1 mês a 9 anos. Uma das mulheres estava grávida, e o bebê não sobreviveu, segundo o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, que recebeu os corpos.
Outras 12 pessoas foram mortas em dois ataques na cidade de Khan Younis, no sul, de acordo com o Hospital Europeu. Não houve retorno por parte do exército israelense, que foi procurado pela AP.
Israel afirma que apenas ataca militantes e os acusa de se esconderem entre civis em abrigos e campos de tendas para os deslocados.
Enquanto isso, os rebeldes Houthis, do Iêmen, que são apoiados pelo Irã, dispararam um míssil contra o centro de Israel, acionando sirenes e fazendo com que as pessoas corressem para os abrigos, sem causar vítimas.
A polícia informou que várias casas foram danificadas nos arredores de Jerusalém e divulgou uma foto de uma cápsula de míssil que havia caído no telhado.
Leia também:
Em golpe para o Hezbollah, Nawaf Salam será primeiro-ministro do Líbano
Irã e Rússia anunciam acordo que inclui áreas de defesa e segurança
Brasileiro entra na lista de terroristas dos EUA acusado de liderar grupo supremacista branco
Israel e Hamas estão sob pressão para encerrar o conflito antes da posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, em 20 de janeiro. O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, recentemente se juntou a mediadores dos EUA, Egito e Catar em Doha.
O acordo dividido em fases seria baseado em um quadro proposto pelo presidente Joe Biden em maio e endossado pelo Conselho de Segurança da ONU.
Conflito em Gaza
A etapa mais recente do conflito entre Israel e Hamas começou depois que terroristas liderados pelo Hamas mataram cerca de 1,2 mil pessoas no ataque de 7 de outubro e sequestraram outras 250. Cerca de 100 reféns ainda estão sendo mantidos dentro de Gaza. O exército israelense acredita que pelo menos um terço e até metade deles estão mortos.
A ofensiva em retaliação por parte de Israel matou mais de 46 mil palestinos, mais da metade deles mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não informa quantos dos mortos eram combatentes. O exército israelense afirma ter matado mais de 17 mil combatentes, sem fornecer evidências.
A ofensiva reduziu grandes áreas do território a escombros e deslocou cerca de 90% da população de Gaza, que é de 2,3 milhões, com centenas de milhares amontoados em campos de refugiados ao longo da costa, onde a fome é generalizada.