15 de novembro de 2024

Em NY, Lula defende revisão da Carta das Nações Unidas e reforma do Conselho de Segurança

Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, presidente disse que entidade está ‘cada vez mais esvaziada e paralisada’. Petista também ressaltou que o cargo de secretário-geral nunca foi ocupado por uma mulher. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (24) uma revisão da Carta das Nações Unidas e voltou a cobrar uma reforma do Conselho de Segurança da ONU.
Para Lula, a Organização das Nações Unidas está “cada vez mais esvaziada e paralisada”.
O petista deu as declarações durante discurso na 79ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Por tradição, o presidente do Brasil é o primeiro chefe de Estado a discursar no evento.
Na avaliação de Lula, a versão em vigor da Carta das Nações Unidas não trata dos desafios de hoje da humanidade.
“Prestes a completar 80 anos, a Carta das Nações Unidas nunca passou por uma reforma abrangente. Apenas quatro emendas foram aprovadas, todas elas entre 1965 e 1973. A versão atual da Carta não trata de alguns dos desafios mais prementes da humanidade”, declarou.
O petista destacou que, quando a ONU foi fundada, eram 51 países-membros. E, atualmente, são 193.
Entre as mudanças que quer ver na organização, Lula enfatizou a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da entidade.
“A reforma do Conselho de Segurança, com foco em sua composição, métodos de trabalho e direito de veto, de modo a torná-lo mais eficaz e representativo das realidades contemporâneas. A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial”, declarou Lula.
O presidente brasileiro também ressaltou que o cargo de secretário-geral da ONU nunca foi ocupado por uma mulher. “Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções”.

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