11 de janeiro de 2025

Em tratamento contra leucemia, garota de dez anos se torna embaixadora mirim do Rodeio de Americana: ‘Doses de energia’

Mãe da garota conversou com o g1 e contou sobre a relação dela com a Festa do Peão, que começa nesta sexta-feira. Embaixadora mirim da Festa do Peão de Americana
Acervo pessoal
Com um sorriso no rosto e muita determinação, Jhenyfer Duran Pelissari, de dez anos, se tornou parte da Festa do Peão de Americana. Apaixonada pelo universo country, o que a aproximou do ambiente e lhe deu o título da embaixadora mirim do evento, a jovem trava uma batalha contra a leucemia desde 2018 e desfila superação ao fazer do rodeio o lugar onde mais gosta de estar.
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A ligação de Jhenyfer com a Festa do Peão começou em 2021, quando ela foi convidada para ser a rainha mirim do rodeio, após uma campanha beneficente para o hospital onde se tratava. Desde então, a festa se tornou uma parte essencial de sua vida, proporcionando alegria em meio aos desafios do tratamento.
A mãe de Jhenyfer, Angélica Duran Pelissari, contou sobre a trajetória da filha no mundo dos concursos e também na luta contra a doença.
“Ela ama fazer parte da Festa do Peão. Se pudesse, ela iria todos os anos. É o mundo dela. Nesse momento difícil, isso tem ajudado muito, porque ela prefere ir para o rodeio do que para qualquer outro lugar”, relatou Angélica.
Além de ser a rainha mirim, Jhenyfer também foi nomeada embaixadora mirim da Festa do Peão de Americana, um título que carrega com muito orgulho.
“Ela se sente muito especial sendo embaixadora mirim. Isso dá a ela uma força extra para continuar lutando. Cada sorriso que ela dá no rodeio, cada abraço que recebe, são como doses de energia para enfrentar o tratamento”, explicou a mãe.
Longo caminho até o diagnóstico
Os primeiros sinais da doença apareceram em dezembro de 2018, quando Jhenyfer começou a apresentar manchas roxas pelo corpo e palidez intensa. Após diversos diagnósticos equivocados, como dengue e lúpus, a família finalmente descobriu que se tratava de leucemia. Desde então, ela passou por três anos de tratamento intensivo no Centro Boldrini, em Campinas (SP), referência internacional no tratamento de câncer infantil.
“A Jhenyfer terminou o tratamento e ficou dois anos livre do câncer, mas em março deste ano, a doença voltou. O impacto foi grande, talvez até maior do que da primeira vez, porque já sabíamos o que estava por vir. Mas, ao mesmo tempo, estamos mais preparados”, contou Angélica.
O futuro é logo ali
Jhenyfer sonha alto e não deixa a doença abalar seus objetivos. O maior desejo é participar do concurso Miss Universo, e a família faz o possível para realizar esse sonho, sempre em coordenação com os médicos.
“Ela fala que quer desfilar careca, porque ela se acha linda de qualquer jeito. E é verdade, a Jhenyfer é linda e forte, com ou sem cabelo. O que importa é a alegria dela e manter a autoestima alta. Ela está sempre pronta para ajudar os outros, mesmo enquanto enfrenta essa batalha. A determinação dela é impressionante”, disse a mãe.
A Festa do Peão de Americana não é apenas um evento para Jhenyfer. É um espaço de felicidade e esperança, onde ela pode esquecer, ainda que por algumas horas, os desafios do tratamento, segundo a mãe.
Doação de sangue
Para apoiar Jhenyfer e outras crianças em tratamento contra o câncer, Angélica destaca a importância da doação de sangue. Durante o mês de junho, mês de conscientização sobre ação e, é possível doar no Hemocentro da Unicamp, em Campinas, e mencionar o nome de Jhenyfer para ajudar todas as crianças do hospital Boldrini.
“Queremos deixar uma mensagem de fé, força e amor para todas as famílias que passam por isso. Nunca desistam dos seus sonhos e sempre façam o possível para tornar o tratamento mais leve e feliz para as crianças”, disse Angélica.
Andreia Marinho, que integra a organização da Festa do Peão de Americana, explicou sobre a relação com Jhenyfer e como a aproximação com a menina os ajudou a entender mais sobre a doação.
“As vezes não é o preconceito, é a falta de informação que faz com que as pessoas não entendam que, uma pessoa doando, podem existir quatro pessoas salvas e é sobre isso que queremos falar nessa edição da festa”, destaca.
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