Somente no primeiro trimestre deste ano, foram apreendidas 1.028 unidades contrabandeadas. No dia 19 de abril, Anvisa decidiu, por unanimidade, manter a proibição de vapes no Brasil. Foto mostra mulher fumando cigarro eletrônico em Nova York em setembro de 2018
Brendan McDermid/Reuters
De janeiro a março de 2024, a Receita Federal triplicou a quantidade de cigarros eletrônicos apreendidos registrada nos últimos cinco anos na região de Campinas (SP), segundo levantamento realizado a pedido da EPTV, afiliada da TV Globo.
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🚬 Somente no primeiro trimestre deste ano, foram apreendidas 1.028 unidades de cigarros eletrônicos contrabandeados na unidade da Receita que corresponde à região. Somando o período de 2019 a 2023, foram 281 itens apreendidos.
💰 No que diz respeito ao valor das apreensões, o órgão totalizou R$ 37.413,17 interceptados nos últimos cinco anos. A maior apreensão foi em 2021, quando o valor contabilizado pela Receita foi de R$ 37.274,32, correspondendo a 99% da quantia de todo o período.
📈 Considerando apenas os três primeiros meses de 2024, a soma dos valores interceptados chegou a R$ 20.501,80, ou seja, 54,79% de todas as apreensões entre 2019 e 2023. Veja no gráfico abaixo.
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Proibição mantida
No dia 19 de abril, a Anvisa decidiu, por unanimidade, manter a proibição da importação, fabricação e comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. A decisão foi tomada depois de consulta pública e alerta dos médicos para os severos riscos à saúde.
Desde 2009, por decisão da Anvisa, o Brasil proíbe comercializar, importar, fabricar ou fazer propaganda de qualquer dispositivo eletrônico para fumar.
Mesmo assim, é fácil encontrar pessoas usando os chamados vapes, pods e cigarros eletrônicos. A maioria jovens. Os dados mais recentes mostram que já são quase 3 milhões de usuários no país.
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Depois da decisão, a Associação Brasileira da Indústria do Fumo afirmou, em nota, que “a proibição dos cigarros eletrônicos não protegeu os consumidores brasileiros do descontrole do mercado ilegal”.
A Associação Médica Brasileira ressaltou que é fundamental que a população seja esclarecida dos riscos para a saúde.
“É proibir e conscientizar que não se use. Só a proibição não adianta. Então, nós temos, realmente, que ter uma campanha de educação, conscientização na juventude para que não se inicie no cigarro eletrônico e que deixem de fumar”, afirma Ricardo Meirelles, da Associação Médica Brasileira.
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