15 de outubro de 2024

Emergências climáticas precisam ser consideradas por empresas, diz chefe do TCU após apagão em SP

Ministro Bruno Dantas vê quadro gravíssimo após apagão não resolvido pela Enel. Relator do caso no tribunal, Augusto Nardes, vai se reunir com prefeitura e governo do Estado. Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União
Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou que é gravíssimo o quadro em São Paulo após o apagão e aponta demora da distribuidora Enel em restabelecer o serviço.
Ele disse ao blog que o tribunal já fez auditorias sobre a situação e acrescentou que as emergências climáticas precisam estar na pauta de concessionárias de serviços básicos, como o de fornecimento de energia.
Nesta segunda-feira (14), a concessionária Enel Distribuição SP informou que 400 mil imóveis de cidades da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica no terceiro dia de apagão.
A falta de energia ocorre após um temporal ter atingido o estado de São Paulo na última sexta-feira (11). Segundo a Defesa Civil, sete pessoas morreram na Região Metropolitana e no interior do estado
“A a equipe de auditoria do TCU fez uma análise documental, estática e tirou conclusões técnicas que merecem atenção. Entretanto, emergências climáticas dinâmicas precisam ser consideradas na operação de concessionárias, especialmente as que prestam serviços públicos essenciais, como fornecimento de energia elétrica” , declarou.
Ele disse que vai conversar com o relator do caso no TCU, ministro Augusto Nardes. “Pedirei ao relator, ministro Augusto Nardes, que examine esse quadro gravíssimo com o rigor necessário”, disse.
Nardes vai se reunir nesta segunda-feira com integrantes da prefeitura de SP e do governo estadual sobre o apagão.
3° dia do apagão: Mais um pátio da Enel repleta de carros na manhã desta segunda, na Zona Leste de SP

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