Moradores denunciam ação da Arapari Navegações, que os deixaram impedidos de acessar a via após a empresa alegar que o trecho pertence a terreno privado. Prefeitura diz que obstrução é ilegal. Moradores protestam contra o bloqueio de acesso à Vila da Barca
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Uma empresa privada de embarcação deixou moradores da Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, em Belém, sem poder trafegar na área, ao bloquear um trecho que dá acesso ao local, nesta quarta-feira (16). Na ocasião, moradores se posicionaram contra a obstrução e tentaram impedir o fechamento da via. Segundo a Prefeitura de Belém, a obstrução é ilegal.
Em denúncias feitas por moradores, a empresa em questão, a Arapari Navegações, chegou ao local com um documento que validava a interdição, alegando que a estrada trata-se de um terreno de propriedade privada. A via, que é conhecida como Passagem Praiana, é um dos pontos de acesso à Vila da Barca há mais de 20 anos.
A passagem, que possui mais de dois mil moradores nas redondezas, fica entre um um campo de futebol improvisado e um prédio abandonado, que também seriam de propriedade da empresa.
Na tentativa de fechar a rua, ainda de acordo com as denúncias, funcionários da empresa foram confrontados por moradores que buscavam saber a veracidade e a legalidade da ação. Por outro lado, representantes da Arapari Navegações apresentaram um documento oficial emitido pela Secretaria Municipal de Habitação de Belém que tornava o bloqueio legal.
Os relatos também afirmam que o bloqueio da estrada iniciou na noite de quinta-feira (15), quando responsáveis pela empresa colocaram contêineres para impedir o tráfego dos moradores.
Moradores tentaram impedir o bloqueio da Passagem Praiana
reprodução / Alma Preta Jornalismo
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Prefeitura precisou intervir
Em comunicado oficial, a Prefeitura de Belém informou que o bloqueio do local não foi permitido e realizou a desobstrução da passagem por volta das 15h30 desta quarta-feira (16), após diálogo com moradores e a empresa, uma vez que houve um início de conflito entre as partes interessadas.
Segundo a assessoria de comunicação, a empresa Arapari Navegações possui, de fato, um documento que lhe dá o domínio pela área bloqueada, mas que há um processo em tramitação pela Procuradoria Geral do Município que permite o livre acesso dos moradores, tornando, portanto, a ação ilegal.
A empresa Arapari Navegações foi procurada pelo g1 Pará e não se posicionou sobre o caso até o momento.
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