Construtora Engeform Engenharia LTDA é sócia da Consolare, que administra os cemitérios da Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana. Imagem aérea do cemitério de Vila Formosa, zona leste da cidade de São Paulo.
MARCELLO ZAMBRANA/ESTADÃO CONTEÚDO
A construtora Engeform Engenharia LTDA vai fazer parte de mais um consórcio que administra serviço públicos em São Paulo a partir desta terça-feira (9).
A empresa faz parte do ‘Consórcio Novas Escolas Oeste SP’, que venceu o leilão de construção de 17 escolas públicas do estado, promovido pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além da Engeform Engenharia LTDA, as empresas TTL Holding 09 S.A e a Engeform Infra I Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura Responsabilidade Limitada compõe o consórcio vencedor.
O consórcio ‘Novas Escolas Oeste SP’ arrematou o novo serviço por R$ 3,38 bilhões. E entre os sócios do novo negócio está justamente a Engeform, que também é sócia da Consolare, conjunto de empresa que administra sete cemitérios privatizados na capital paulista (Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana).
A Consolare assumiu os setes cemitérios do lote oeste da cidade de SP em março de 2023. Ela é alvo de investigação do Tribunal de Contas do Município (TCM) por não fazer os investimentos necessários em unidades como o Cemitério da Consolação, um ano depois de ter assumido a administração do serviço funerário na região.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acompanha o leilão do primeiro lote da parceria público-privada para escolas estaduais de São Paulo, na sede da B3, na área central de São Paulo, na manhã desta terça-feira (29).
MARCELO ESTEVãO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Outra reclamação contra a Consolare é a cobrança de estacionamento no maior cemitério da América Latina, o Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo. A cobrança começou em 27 de maio deste ano e gerou revolta nos frequentadores pela diária de R$20 ou a primeira hora de R$ 12 (veja vídeo abaixo).
Após a privatização pela gestão Ricardo Nunes (MDB), as quatro empresas que assumiram os 22 cemitérios municipais e o crematório público da Vila Alpina viraram alvo de muita reclamação por aumentos abusivos de preços dos serviços e má prestação de serviço.
Além disso, a mesma empresa fundou ao lado da construtura Telar, a TEEN Imobiliário, que ganhou dois lotes de uma Parceria-Público-Privada (PPP) da Habitação em 2018 nos bairros Mooca e Ipiranga, na Zona Leste e Zona Sul de São Paulo, respectivamente.
Cobrança de estacionamento em cemitérios de São Paulo
‘Novas Escolas Oeste SP’
O ‘Consórcio Novas Escolas Oeste SP’ venceu nesta terça-feira (29) o leilão de privatização do 1° lote de construção e manutenção de 17 escolas públicas estaduais em São Paulo, por R$ 3,38 bilhões.
Por mês, o governo deverá pagar para a empresa R$ 11,9 milhões para construir e administrar essas escolas. A empresa ofereceu o maior desconto (21,43%) em relação ao valor de referência do leilão, que era de R$ 15,8 milhões mensais.
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Com isso, os R$ 11,9 milhões será o valor que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai repassar todos os meses para a empresa vencedora construir esse 1° lote de escolas no interior do estado e depois administrá-las por 25 anos. No total, serão construídas 462 salas de aula para 17.160 vagas para estudantes em cidades do interior de São Paulo.
Consórcio Novas Escolas Oeste SP vence leilão da PPP das escolas, lote Oeste
Após a construção, o consórcio ficará responsável ficará encarregado de criar centros educativos com ambientes integrados, tecnologia, espaços de inovação e de estudo individual.
A empresa também será responsável pela merenda, internet, segurança, infraestrutura e limpeza das escolas. O pagamento aos parceiros privados pode variar por unidade escolar, dependendo do alcance (ou não) de parâmetros como frequência e matrículas, por exemplo, diz o governo Tarcísio.
Apenas serviços não-pedagógicos serão negociados, ou seja: as atividades pedagógicas seguem sob responsabilidade da Secretaria da Educação.
As 17 novas escolas serão erguidas nas cidades de Araras, Bebedouro, Campinas, Itatiba, Jardinópolis, Lins, Marília, Olímpia, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Sertãozinho e Taquaritinga. Um novo lote deve ser leiloado no dia 4 de novembro.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na sede da B3, no Centro de SP, após leilão de construção de escolas do estado.
Reprodução/TV Globo
“Tudo que a escola particular tem, a da pública tem que ter. Então, a gente constrói toda a parte pedagógica e a gente tem agora a área privada ajudando a gente na manutenção na parte predial, na alimentação, laboratórios”, disse o secretário de Educação, Renato Feder.
Privatização de escolas públicas
O leilão desta terça-feira (29) abre uma nota etapa dos planos de privatização do governo Tarcísio de Freitas. Depois de privatizar a EMAE e a Sabesp, o governo de SP agora se lança nos leilões para a parceria público-privada para a construção e manutenção de escolas no estado.
O projeto Novas Escolas prevê 33 unidades, divididas em dois lotes, e cada concessionária ficará com um lote. Elas vão atender 35 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio.
O parceiro privado ficará encarregado de criar centros educativos com ambientes integrados, tecnologia, espaços de inovação e de estudo individual, por exemplo.