20 de fevereiro de 2025

Empresário enviou áudio para filho antes de desaparecer em Maceió: ‘Vem dormir com o papai hoje’

Corpo de Alex Menezes Barbosa, de 43 anos, foi encontrado seis dias após seu desaparecimento. Empresário enviou áudio para o filho antes de desaparecer em Maceió
O empresário Alex Menezes Barbosa, que foi encontrado morto em uma área de mata na Serraria, em Maceió, nesta segunda-feira (17), enviou um áudio para um dos filhos antes de desaparecer na terça-feira (11).
No áudio enviado pelo celular, Alex Menezes pediu para o filho dormir com ele naquela noite.
“Filho, vem dormir com o papai hoje. O pai tá numa carência […] de ver você, ver seus irmãos. Vem dormir com o papai. A gente dorme num hotel por aí. Eu tô dormindo em hotel, eu separei lá. Essa semana eu tô em hotel, viu?”, disse Alex no áudio.
Dono de restaurante, pai, recém-separado
Alex Menezes Barbosa, de 43 anos, era proprietário do restaurante Macc Bode culinária regional, centro de Maceió. Ele estava separado da mãe dos filhos há três meses. Elaine Andrade chegou muito abalada ao local em que o corpo do ex-marido foi encontrado.
“A última vez que ele falou com o meu filho por áudio, por ligação, informou que não estava sabendo superar a nossa separação e o pior era estar distante dos filhos. Ele não estava superando a nossa separação. Veio as crises de ansiedade. A gente não esperava. Tinha muita fé de que ele ia estar com vida”, disse Elaine.
Corpo encontrado após seis dias de desaparecimento
Corpo de empresário que estava desaparecido é encontrado em mata na Serraria, em Maceió
O carro do empresário foi encontrado abandonado no dia em que ele desapareceu. Segundo testemunhas, Alex Menezes bateu o carro em um tapume de proteção de um prédio em construção na Serraria, desceu do veículo assustado e entrou na área de mata que tinha uma ribanceira.
O corpo dele foi encontrado em estado avançado de decomposição na mata, a cerca de 200 metros da área habitada.
O delegado João Marcello disse que não foi possível identificar sinais de violência no corpo do empresário devido ao grau avançado de decomposição.
“Não foi possível verificar sinais de violência, como provável homicídio ou suicídio ou falecimento decorrente daquela dele, que é área de grota aqui”, afirmou.
O delegado afirmou que somente o laudo do IML e a perícia vão apontar se o caso se tratou de homicídio ou suicídio.
“Ele já vinha passando por um quadro depressivo. Ele vinha morando em pousadas e tinha algumas comunicações com a família, mas a gente não pode adentrar nessa seara ainda para dizer se foi motivo de suicídio ou não. Vamos esperar o laudo do IML para definir a causa da morte”, disse.
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