3 de março de 2025

Empresário preso após matar morador de rua para simular a própria morte em SC: o que se sabe e o que falta saber


Em outra tentativa de forjar o próprio assassinato, Edilson Peter armou ser torturado até a morte, segundo a Polícia Civil. Defesa informou que aguarda acesso ao inquérito policial para se manifestar. Homem amputou o próprio dedo ao forjar ser torturado até a morte em SC
Polícia Civil/ Divulgação
Um empresário de São Cristóvão do Sul, na Serra de Santa Catarina, foi preso na sexta-feira (28) suspeito de armar o próprio desaparecimento e, depois, tentar forjar sua morte duas vezes, segundo a Polícia Civil.
Para simular o próprio homicídio, Edilson Peter, 41 anos, e um cúmplice, 38, primeiro teriam assassinado um homem em situação de rua.
Ao verem que o plano não funcionaria, o empresário simulou e gravou em vídeo, em seguida, uma sessão de tortura contra si mesmo – que terminou com parte do próprio dedo amputado e dois dentes arrancados.
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⬇️ Confira abaixo o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o caso.
Quem são os presos?
Por que o empresário quis forjar a própria morte?
Como ele simulou sua morte na primeira vez?
Como foi a segunda simulação?
Como a Polícia Civil descobriu que tudo era forjado?
Do que é a empresa do investigado?
O que diz a defesa do empresário?
1. Quem são os presos?
Segundo a Polícia Civil, os presos são o empresário Edilson Peter, 41 anos, que queria simular a própria morte, e o cúmplice dele, de 38 anos. Ele não teve o nome divulgado, mas já cumpriu pena por homicídios, conforme a investigação.
Pessoas chegaram a divulgar sobre o suposto desaparecimento do empresário na web
Redes sociais/ Reprodução
2. Por que o empresário quis forjar a própria morte?
O delegado Fabiano Toniazzo informou que o homem é investigado por estelionato em outro inquérito policial e teria aplicado golpes em clientes de sua empresa de placas de energia solar.
Segundo o investigador, ele tentou forjar o próprio homicídio por questões financeiras.
Polícia fala sobre prisão de empresário suspeito de forjar própria morte em SC
3. Como ele simulou sua morte na primeira vez?
Em 12 de fevereiro, o suposto desaparecimento do empresário foi comunicado, e as investigações começaram.
Nesse contexto, em 15 de fevereiro, a caminhonete do empresário foi localizada queimada, com um corpo totalmente carbonizado em seu interior. A investigação aponta, no entanto, que a dupla matou um homem em situação de rua para levar as autoridades a crer que o cadáver era de Edilson Peter.
4. Como foi a segunda simulação?
Antes mesmo de a Polícia Civil identificar de quem era o corpo, o empresário simulou novamente sua morte, acreditando que a primeira tentativa não funcionaria, conforme o delegado Toniazzo. A mudança ocorreu porque Edilson percebeu que o cadáver passaria por exame de DNA.
Por isso, ele passou a disseminar um vídeo em que aparecia sendo supostamente torturado até a morte.
Os supostos sequestradores fizeram contato com familiares do empresário e com portais de notícias locais enviando a eles imagens da simulação de tortura contra Edilson.
Nas imagens, segundo o delegado, parte de um dedo do empresário aparece sendo amputado. Na mesma noite da divulgação dos vídeos, uma garrafa com o dedo, além de dois dentes, foi arremessada contra a casa da namorada do empresário.
5. Como a Polícia Civil descobriu que tudo era forjado?
As suspeitas de que o corpo encontrado na caminhonete não seria do empresário, segundo a Polícia Civil, se confirmaram no momento em que os vídeos da suposta tortura se disseminaram.
Com isso, agentes da DIC passaram a buscar por desaparecidos na região, e chegaram à conclusão de que o cadáver era do morador de rua Vanderlei Weschenfelder, de 59 anos, cujo desaparecimento foi comunicado por familiares no mesmo período.
Paralelamente a isso, a polícia identificou a unidade de saúde que o empresário buscou atendimento para suturar o dedo amputado, sendo reconhecido por testemunhas do local.
6. Do que é a empresa do investigado?
O homem tem uma empresa de placas de energia solar.
“A empresa dele vendia placas solares. E ele não pagava os fornecedores, os fabricantes das placas solares, e vendia aquelas fazendas de energia solar. Ele vendia e também não entregava para os clientes que pagavam as placas”, disse o delegado.
7. O que diz a defesa do empresário?
A defesa do empresário, feita pelos advogados Larissa Pereira De Pin e Paulo Henrique De Pin Ramos, enviou uma nota, em que diz que não teve acesso ao inquérito.
“Tomamos ciência hoje das investigações e ainda não tivemos acesso ao inquérito policial. Por esse motivo, aguardaremos o acesso aos documentos e diligências realizadas, bem como a conclusão do inquérito, para nos manifestarmos. Reforçamos a importância de uma abordagem responsável do caso, com respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência”, disse a defesa em nota.
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