4 de janeiro de 2025

Engenheira agrônoma presa após briga em posto desacatou PMs dentro de viatura: ‘Aproveita da farda, né?’

Ana Paula Junqueira bateu em carro parado, agrediu casal, ofendeu funcionários e policiais militares e ainda tentou subornar agentes para caso não ser registrado em Ribeirão Preto, SP. Engenheira agrônoma desacata PMs dentro de viatura em Ribeirão Preto, SP
A engenheira agrônoma Ana Paula Junqueira, presa em Ribeirão Preto (SP) , após se envolver em uma briga em um posto de combustíveis, desacatou policiais militares enquanto era levada em uma viatura à delegacia da Polícia Civil (assista acima).
Em um vídeo gravado dentro da viatura por um dos agentes na noite de sábado (16), Ana Paula proferiu xingamentos. “Você [policial masculino] tem medo dos bandidos, dos grandes, imbecil. Você e essa vaca aí do seu lado [policial feminina] que se acha aí. Tranqueira, aproveita da farda, né, aproveita da farda, desgraçados, malditos. Gente que não presta vocês”, disse.
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Segundo o boletim de ocorrência, os policiais disseram que ela se ofereceu para pagar de R$ 50 mil a R$ 500 mil para que eles não registrassem o caso na Polícia Civil.
Além dos crimes de desacato e tentativa de corrupção ativa, Ana Paula acabou presa por dano, embriaguez ao volante, lesão corporal e abandono de incapaz. A filha dela, de 9 anos, foi achada sozinha em um apartamento, de acordo com o boletim de ocorrência, e contou ao pai que tinha sido deixada pela mãe, que saiu para beber.
Acidente e agressões
Ana Paula se envolveu em uma confusão na noite de sábado, em um posto de combustíveis na Rua Camilo de Mattos, no Jardim Paulista, zona Leste da cidade.
Engenheira agrônoma agride casal após batida em estacionamento de posto de combustíveis em Ribeirão Preto, SP
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O vídeo de uma câmera de segurança do estabelecimento (assista abaixo) registrou quando a engenheira saiu da loja de conveniência, entrou no carro dela e começou a dar ré. Ela foi alertada por um cliente da proximidade do veículo dela com um parado ao lado, mas seguiu a manobra.
A imagem não mostra, mas Ana Paula acabou atingindo o veículo onde estava uma auxiliar administrativo com a filha bebê no banco traseiro. A mulher desceu do carro e foi em direção a Ana Paula. O marido da dona do carro deixou a loja de conveniência, os três conversaram e o casal voltou para o automóvel.
Mas Ana Paula manobrou de novo e bateu pela segunda vez. A auxiliar administrativo foi em direção ao veículo da engenheira e bateu com as mãos no capô. As duas discutiram até que Ana Paula desceu e começaram as agressões físicas.
Vídeo mostra confusão em posto que terminou com engenheira presa em Ribeirão Preto, SP
A sequência das imagens mostra Ana Paula puxando os cabelos da auxiliar, enquanto o marido, que tentava defendê-la, recebeu vários socos dados na cabeça dados pela engenheira.
Ofensas
Outros vídeos, feitos dentro da loja de conveniência, mostram Ana Paula ofendendo uma funcionária do estabelecimento enquanto policiais militares atendiam a ocorrência.
“Você tem alguma coisa? Você não tem nada. Fica aí chorando com inveja dos outros, ridícula. Eu estou toda sangrando por causa de uma tranqueira que fez eu ficar numa situação dessa. Vai trabalhar porque você precisa e muito para não morrer de fome. Eu não preciso disso não, eu tenho fazenda. Tenho fazenda, tenho cascalho. Você tem o quê? Sacode a barriga aí”, disse.
Após se envolver em briga e acidente, Ana Paula Junqueira ofende funcionários de posto de combustíveis em Ribeirão Preto, SP
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Prisão
Por causa do estado alterado, os policiais solicitaram à engenheira que fizesse o teste do bafômetro, mas ela se recusou. Levada à delegacia, Ana Paula foi examinada por um médico legista que atestou a embriaguez.
Ela foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça. Um defensor público foi designado para acompanhar Ana Paula durante a audiência de custódia.
Segundo o professor de direito Daniel Pacheco, em caso de condenação, somadas, as penas podem chegar a 20 anos de reclusão. Entre os crimes praticados por Ana Paula, o abandono de incapaz e a tentativa de corrupção ativa são os mais graves.
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