Além da paixão por videogames, Luiz Galli considera que a coleção significa manter a história dos aparelhos viva. Apesar de se divertir com os jogos, o engenheiro manuseia como peças de museu. Luiz já gastou mais de R$ 50 mil na coleção
Reprodução/ Arquivo Pessoal
Tudo começou com uma ideia incomum em 2019: “por quê não ter um fliperama daqueles antigos na sala de casa?” Quatro anos depois, o engenheiro agrônomo Luiz Henrique Galli Vargas, de 40 anos, ostenta uma coleção de 29 videogames, mais de 400 jogos de jogos e dezenas de acessórios.
Morando em Palmas há nove anos, o gaúcho conta que começou a coleção justamente com fliperama. “Sempre imaginei tendo um daqueles [fliperama] na sala da minha casa. Mas foi em 2020, na pandemia que comecei a colecionar de forma mais intensa”.
Fliperama que começou a coleção
Reprodução/ Arquivo pessoal
Apesar da ideia surgir da nostalgia da infância, Luiz Henrique tem o sentimento de estar participando da história dos games. “A razão é pela paixão em videogames principalmente aqueles que marcaram minha infância e adolescência e também para manter, mesmo que com uma contribuição pequena, a história desses equipamentos viva”.
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A coleção é variada, tendo exemplares do primeiro Xbox, console da Microsoft lançado em 2001 e que já usava CD, e do TK-90X, computador com processamento de 8 bits e usa fita K7 lançado de 1985 – este Luiz ganhou quando criança do próprio pai.
Outro aparelhos famosos como Playstation 1 da Sony de 2001 e um Mega Drive, da Sega, empresa que hoje em dia não fabrica mais consoles, de 1985 fazem parte da coleção, além de mais de 400 jogos de diferentes plataformas.
Além dos vídeogames a coleção conta mais de 400 jogos
Reprodução/Arquivo Pessoal
A peça mais cara que o colecionador tem é de 1998 e custa mais de R$ 1.500.
“Um videogame chamado Dreamcast de 1998 que está completo com caixa, manual e acessórios. Vale cerca de US$ 326 [R$ 1.682 mil]. Existe um site especializado que calcula o valor médio de cada item nessa área desconsiderando nostalgia”.
Alguns consoles tem quase 40 anos e todos funcionam e são utilizados constantemente. “Não tenho muito tempo, meus horários são bem restritos, mas todos os itens da coleção eu uso com frequência, no mínimo para manter funcionando”, explicou colecionador.
Alguns dos videogames da coleção de Luiz
Reprodução/Arquivo pessoal
Paixão além do dinheiro
Mesmo com os preços altos, Luiz Galli afirma que nunca vendeu nada e nem tem intenção. Já recebeu propostas, mas nem pensou em aceitar. “Sempre que alguém oferece valores agradeço, mas não é meu objetivo a venda. O máximo que faço é alguma troca de algo que tenho repetido por algum item de meu interesse. A intenção é nunca vender nada”.
Além dos videogames e acessórios, a coleção conta com bonecos de personagens dos jogos e outras peças
Reprodução/ Arquivo pessoal
Luiz é ciumento com a coleção e justifica que é pela idade das peças, mas ainda sim não esquece que a função dos videogames é a diversão. “Tenho bastante [ciúmes], alguns itens tem quase 40 anos e são bem sensíveis, exigem certo cuidado ao manusear. Claro que a intenção sempre é se divertir, mas levo também como peças de museu, então tem que ter um acesso mais restrito”, respondeu.
Mesmo tendo ciúmes, o engenheiro pensa em transformar a paixão em tradição de família. “Como não tenho filhos, nenhuma criança tem acesso a coleção no momento. Mas se tiver a oportunidade será um prazer mostrar como as coisas eram antigamente”.
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*Artur Girão é integrante do programa de estágio entre o Grupo Jaime Câmara e Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Patrício Reis.