As informações vão ser usadas em laudos que devem ficar prontos em até duas semanas. Com esse documento, os municípios poderão pedir ajuda ao governo federal. Engenheiros fazem vistoria em casas atingidas pela enchente
Engenheiros voluntários visitaram neste sábado (1º) locais afetados pela inundação, no Vale do Taquari, para verificar as condições das casas.
Mais de 30 voluntários foram até o distrito de Mariante, em Venâncio Aires, para vistoriar as casas atingidas pelas enchentes.
“Esses voluntários vêm na intenção de suprir a demanda. Uma demanda de município que seria impossível somente, de vez em quando um profissional laudar em um dia mais de 600 residências como nós temos hoje aqui por meio de solicitação”, diz o engenheiro Fábio Chaves, assessor da presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS).
Os voluntários fotografaram e analisaram os imóveis. As informações vão ser usadas em laudos que devem ficar prontos em até duas semanas. Com esse documento, os municípios poderão pedir ajuda ao governo federal.
Nesse cenário de destruição são poucas as construções que ficaram em pé. Olhando assim as paredes firmes resistiram. Mas só pelo lado de fora porque quando a gente vê por dentro percebe que muito pouco pode ser reaproveitado
A casa onde o João e a Lisiane moravam ficou totalmente submersa. Mas eles querem voltar pra cá.
“A vida inteira a gente mora aqui. Meu avô morou aqui, meu pai e até agora a gente morava aqui”,diz a agricultora Lisiane Cristina da Silva.
Segundo engenheiros provavelmente nessas casas assim, o forro está cheio de lama… E isso é preocupante porque o forro pode desabar e fora que condena completamente a estrutura.
Os engenheiros estiveram aqui e fizeram uma avaliação
“As casas de madeira tão todas elas praticamente condenadas. Pra moradia é complicado”, diz Marcelo Soares Saldanha, coordenador técnico do Comitê de Engenheiros Voluntários e conselheiro do CREA.
A reconstrução é difícil e que ainda vai precisar de muita ajuda.
“O Brasil precisa continuar olhando pra cá”, diz o engenheiro civil Matheus Paiva.
O João sabe que tem muita coisa pra fazer. Mas não desanima. “A gente mora perto do rio e a correnteza aqui é grande. Na verdade, eu vim em casa achei que não tinha nada. Sorte que sobrou um pouco de coisa. E vamo ver o que a gente consegue fazer”, diz o marinheiro João Francisco Félix dos Santos.