3 de janeiro de 2025

Entenda o motivo da alta no preço do arroz na região e como o Procon está fiscalizando a venda do alimento

O arroz teve alta de quase 5% em maio no Vale do Paraíba, segundo o NUPES. No ano, a alta é de 14,5%. Preço do arroz subiu 4,99% no mês de maio
O preço do arroz teve uma alta de quase 5% no Vale do Paraíba em maio, segundo o levantamento divulgado pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté (Nupes), nesta segunda-feira (3).
Ainda segundo o levantamento, no ano a alta é do preço do arroz é de 14,5% e no acumulado dos últimos 12 meses chega a 24,26%.
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De acordo com o economista Edson Trajano, do Nupes, as incertezas relativas aos estoques do arroz no maior estado produtor do país, que é o Rio Grande do Sul, junto com especulações no mercado por causa da situação, com pessoas estocando o alimento, puxaram o aumento.
“Claro, no mês de maio nós tivemos influência do Rio Grande do Sul, mas muito menos em função da redução da oferta de arroz, do que da especulação de que iria faltar arroz no mercado brasileiro. O que nós observamos? Não faltou arroz em supermercado algum, inclusive muitos estabelecimentos retiraram a placa da quantidade de compra do produto”, disse
“Ou seja, não falta arroz no mercado, mas o que aconteceu foi que muitas pessoas compraram arroz para estocar e isso provocou um desequilíbrio de curto prazo e por isso esse aumento de 5%”, explicou Edson.
Pilha de arroz
Reprodução/EPTV
Ainda segundo o economista, como a alta ainda é tímida, a tendência é de estabilidade à medida em que a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) formaliza a importação do arroz de outros países.
O professor destacou que o aumento de quase 25% nos últimos 12 meses tem relação com a redução da plantação do arroz no país, para priorizar outros tipos de alimentos mais rentáveis para o produtor.
“Ao longo dos últimos 12 meses, esses quase 25% de reajuste no preço do arroz é consequência da redução da área plantada no Brasil, principalmente no estado do Mato Grosso, onde ocorreu uma boa rentabilidade no plantio de soja e milho, principalmente em 2021/2022, e parte da área teve uma substituição reduzindo a área plantada de arroz e aumentou a de soja e milho”, analisou.
Supermercado começa a racionar arroz.
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Vistoria do Procon
Para fiscalizar a alta do arroz e barrar aumentos abusivos, o Procon de São Paulo está monitorando o preço do produto.
Segundo o Procon, os mercados têm liberdade para limitar a quantidade de arroz que cada cliente pode comprar por vez, caso haja justificativa. Ainda segundo o órgão, não há necessidade de estocar o alimento, pois essa ação pode prejudicar outros consumidores.
“Não adianta as pessoas irem lá e comprarem 100 quilos de arroz, ela não vai conseguir consumir os 100 quilos de arroz e ela vai perder o arroz que ela comprou porque ele vai estragar. Além do que, quando uma pessoa compra 100 quilos, outra pessoa deixa de comprar um. Então é importante que as pessoas tenham essa consciência”, ponderou Maria Augusta Pontes Cardoso, coordenadora regional do Procon .
“Não é a hora de ninguém ir abastecer. Na questão do preço, a orientação é para que as pessoas pesquisem os preços e verifiquem onde o preço está melhor”, indicou.
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